"Se exauriu o modelo PRESIDENCIALISMO de coalização, que na verdade era um presidencialismo de cooptação. O sistema político está esgotado". (FHC)

 

Como fica o congresso?

Fonte:

Michel Temer deixa presidência do PMDB

Depois de assumir a articulação política do governo, o vice-presidente Michel Temer decidiu deixar a presidência do PMDB. Em seu lugar, quem deve ficar no posto é o senador Valdir Raupp (RO), que é um dos políticos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato.

Os dois conversaram nesta quinta-feira, para acertar os detalhes da transição. Segundo a assessoria de imprensa de Temer, o vice-presidente avaliou que seria melhor deixar o comando do PMDB para não acumular as duas funções, já que atuar na coordenação política vai tomar grande parte do seu tempo.

O fato de ser um dos investigados pelo STF fez com que Raupp hesitasse em assumir o posto. Ele, no entanto, era o quadro natural, já que ocupa a primeira vice-presidência do partido. Caso não aceitasse, o nome mais cotado era o do senador Romero Jucá (RR), que também está na lista dos investigados pelos desvios na Petrobrás.

Na terça-feira, Dilma decidiu que o vice acumularia também as atribuições da Secretaria de Relações Institucionais. Antes disso, ela havia convidado o ministro Eliseu Padilha, que recusou o convite.

Fonte:

Segundo FHC, só a criação de um novo bloco, com a participação da sociedade, seria capaz de criar uma saída para crise. ...enfim

 

Turbulências à vista

Jales (RV) - Ninguém duvida que estamos atravessando momentos difíceis. Aumentam as apreensões, e se desenha pela frente um período de turbulências, que vão colocar à prova a maturidade de nossa democracia.

Tanto mais, como cidadãos herdeiros de uma lição histórica, que ainda serve de advertência, precisamos estar atentos a possíveis manobras golpistas.  Não podemos repetir a experiência de 64, que levou para a ditadura, da qual saímos a duras penas depois de vinte anos, e dela ainda restam alguns resíduos tóxicos.

 A advertência se parece com o alerta do piloto: “estamos atravessando uma área de turbulência”. E´ hora de apertar o cinto. E´ hora de balizar nosso procedimento com firmeza, na absoluta observância dos preceitos constitucionais, sem ceder a nenhuma tentação arbitrariedade..

Momentos como este têm seu lado positivo. Despertam para decisões importantes.  Sacodem letargias que acomodavam e ficavam travando soluções longamente esperadas.

Já tivemos alguns exemplos nesta semana. A mobilização dos caminhoneiros levou rapidamente à sanção da “Lei dos Caminhoneiros”, que estava engavetada há tempo.

O clamor do povo fez os presidentes da Câmara e do Senado desistirem de mais uma mordomia aos parlamentares.

Se não houvesse o alerta da crise, com certeza estas duas providências não teriam sido tomadas. Precisamos valorizar estes momentos de lucidez, para tomar outras decisões, de alcance muito maior. Como por exemplo a reforma política. Salta aos olhos, agora com muito mais nitidez, que é pela reforma política que o Brasil vai ajustar o formato jurídico que servirá de embasamento para  os cidadãos poderem participar das decisões nacionais de maneira viável e adequada.

 E seja qual foi o desenho final que resultará dos debates e das decisões que serão finalmente tomadas, está muito claro que o ponto central da reforma política é a questão do financiamento das campanhas eleitorais.

Com tantos episódios, envolvendo grandes empresas, ficou evidenciado o vínculo da corrupção com as doações de empresas para financiar campanhas eleitorais.

Afastar o processo eleitoral do poder econômico é a providência mais sensata a ser tomada pelo Congresso Nacional, se quiser estar em sintonia com o clamor do povo que pede igualdade de condições financeiras para os candidatos, como caminho indispensável para uma prática política verdadeiramente democrática.

São todas questões que precisam ser debatidas, com serenidade de ânimo, e lucidez de espírito.

Tanto mais se requer que as turbulências momentâneas, pelas quais estamos passando, sejam enfrentadas com amor à pátria e com a responsabilidade dos cidadãos.

FONTE

 

...Aqueles que, premeditadamente, sublevam desatinadamente as massas, excitando-as a tumultos, sedições e ofensas à liberdade alheia, não ajudam, sem dúvida, a mitigar a indigência do povo, mas, pelo contrário, aumentam e provocam a ruína extrema, exacerbando o ódio e interrompendo o curso das obras da vida urbana. As lutas de partidos, realmente, "foram e serão para muitos povos uma calamidade maior que a própria guerra, fome ou epidemias" ...Leia mais!