Dezembro 2014

 

Reflexão para o quarto Domingo do Advento

2014-12-20 Rádio Vaticana

Deus foi a seu socorro e o fez entender o que se passava...

 
Deus não escolheu palácios para nascer, nem aceitou ser aprisionado em templos: encarnou-se em uma pessoa e na vida das pessoas, e continuará a fazê-lo mediante os que creem e se põem a serviço do Reino.

 

 

Maria, generosamente deu o seu sim, sem exigir maiores explicações, mas apenas obedecendo a Deus e confiando em Seu amor. Ela se põe à disposição do projeto de Deus.

 

 

Segundo Isaías (32, 15), é Deus quem transforma todos os desertos em jardins e os jardins em florestas.

 

 

 

 

 

A Igreja seja mãe e não empresária. O poder faz-nos estéreis.

 

 

2014-12-20 Rádio Vaticana

A Igreja seja mãe e não empresária. O poder faz-nos estéreis. Esta a afirmação do Papa Francisco na Missa matinal na Casa de Santa Marta na sexta-feira, dia 19 de dezembro, a última deste ano de 2014. O Santo Padre desenvolveu a sua homilia a partir das Leituras do dia que narram os nascimentos miracolosos de Sansão e João Batista, filhos de duas mulheres estéreis que se tornaram fecundas. Através destes episódios bíblicos o Papa considerou que é necessário refletir sobre a humanidade estéril, pois a partir dela o Senhor é capaz de recomeçar uma nova descendência:

“Da esterilidade, o Senhor é capaz de recomeçar uma nova descendência, uma nova vida. E isto é a mensagem de hoje. Quando a humanidade está exaurida, não consegue andar mais, vem a graça e vem o Filho e vem a Salvação. E aquela Criação exaurida deixa lugar à nova criação...”

Esta é a novidade do Natal, a novidade de Deus que refaz todas as coisas – continuou o Papa Francisco. A mulher de Manoach, mãe de Sansão e Isabel têm filhos graças à ação do Espírito Santo. Esta é a mensagem destas leituras: Abrirmo-nos ao Espírito de Deus:

“Também isto me faz pensar na nossa mãe Igreja; também em tantas estirilidades que tem a nossa mãe Igreja (...) A Igreja é mãe e torna-se mãe apenas quando se abre à novidade de Deus, à força do Espírito Santo.”

 “E também hoje é um dia para rezar pela nossa mãe Igreja, por tantas esterilidades do povo de Deus. Esterilidade de egoísmos, de poder…. Quando a Igreja acredita que pode tudo, que pode tomar conta das consciências das pessoas, de percorrer o caminho dos fariseus, dos saduceus, o caminho da hipocrisia a Igreja é estéril. Rezar. Que este Natal faça a nossa Igreja aberta ao dom de Deus, que se deixe surpreender pelo Espírito Santo e seja uma Igreja que faça filhos, uma Igreja mãe. Mãe. Muitas vezes eu penso que a Igreja em alguns lugares mais do que mãe é empresária”.

“Olhando para esta história de esterilidade do povo de Deus e para tantas histórias na História da Igreja que fazem a Igreja estéril – concluiu o Papa – peçamos ao Senhor, hoje, olhando para o Presépio”, a graça “da fecundidade da Igreja. Que antes de tudo, a Igreja seja mãe, como Maria”. (RS)

 

(from Vatican Radio)

 

 

 

Perante a crise olhar para o homem, e não a burocracia - Papa aos contabilistas

 

2014-11-14 Rádio Vaticana

 

Às 12,15 horas de Roma, o Papa Francisco recebeu em audiência na Aula Paulo VI do Vaticano, os partecipantes ao congresso mundial dos contabilistas. No seu discurso o Santo Padre salientou que o Congresso constitui uma ocasião propícia e importante para enfrentar os problemas que este âmbito professional enfrenta hoje em dia, mas também para renovar a consciência do fato que esta profissão de contablista é um serviço à coletividade.
<>. São tantos, recordou o Papa Francisco, aqueles que, especialmente os imigrantes, são obrigados a trabalhar de forma ilegal e clandestina, em condições e situação em que faltam as mínimas condições jurídicas e económicas. E neste contexto, salientou o Santo Padre, há sempre a tentação de defender os próprios interesses sem se preocupar do bem comum, de cuidar dos aspectos da justiça e da legalidade.
Por isso, disse o Papa, cabe a todos, especilamente àqueles que exercem uma profissão que tem a haver com o bom funcionamento da vida económica de um país, desempenhar sempre um papel positivo, construtivo no desenvolvimento quotidiano do próprio trabalho sabendo que por detrás de cada papel, cada documento, existe uma história, existe um rosto humano concreto. Neste empenho, que requer a cooperação de todos, o professionista cristão, prosseguiu o Papa Francisco, atinge cada dia da oração e da Palavra de Deus, a força antes de mais para cumprir bem o seu dever com competência e sabedoria e também para ir além, isto é ir ao encontro das pessoas em dificuldade, exercer aquela creatividade que permite encontrar soluções em situações bloqueadas; fazer prevalecer as razões da dignidade humana perante a rigidez da burocracia.

<>.
Daí, recordou o Santo Padre, todos aqueles que operam à vários títulos na economia e nas finanças são chamados a fazer opções que favoreçam o bem-estar social e económico da humanidade inteira, oferecendo à todos, a oportunidade de realizar o próprio desenvolvimento.

Ao concluir o seu discurso, o Papa Francisco recordou aos presentes que nas suas atividades de contabilistas eles estão fequenetemente ao lado das empresas, das famílias  e das pessoas. Neste sentido encorajou-os a trabalhar sempre com responsabilidade, favorecendo as relações de lealdade, de justiça e se possível, de fraternidade enfrentando com coragem sobretudo os problemas que afligem os mais débeis, os mais pobres.
 Não basta, acrescentou o Santo Padre, dar respostas concretas aos interrogativos económicos e materiais; é necessário também suscitar  e cultivar uma ética da economia, das finaças e do trabalho, é necessário sobretudo reviver o valor da solidariedade como atitude moral, expressão da atenção ao outro em cada sua legítima exigência e aspiração. A doutrina da Igreja ensina-nos que o princípio da solidariedade se realiza em harmonia com o princípio da sussidariedade. Graças ao efeito destes dois princípios os nossos esforços podem ser orientados ao serviço do homem e fazer crescer a justiça sem a qual não pode haver paz duradoura, concluiu o Papa Francisco procedendo à benção dos presentes aos quais também entregou 
à proteção da Virgem Maria. 

 

(from Vatican Radio)

 

 

A fé transmite-se com o exemplo e não com palavras – o Papa às crianças em Santa Marta

 

2014-11-14 Rádio Vaticana

 

A fé transmite-se com o exemplo e não com palavras – esta a mensagem principal do Papa Francisco no dia 14 de novembro, sexta-feira, na eucaristia na Capela da Casa de Santa Marta na qual participaram crianças e adolescentes de uma paróquia romana. Para o Santo Padre a transmissão da fé aos jovens deve ser feita através daquilo que se vive:

“Ensinamos aquilo que ouvimos na Primeira leitura: caminhar no amor e na verdade? Ou o ensinamos com as palavras, mas a nossa vida prossegue por outro rumo? Os jovens são para nós uma responsabilidade! Um cristão deve cuidar dos adolescentes, das crianças e transmitir a fé, transmitir aquilo que vive, que está no seu coração. Nós não podemos ignorar as plantinhas que crescem!”

Para o Papa Francisco, tudo depende da assunção de uma postura justa em relação aos jovens. E “como é a minha atitude?” – questionou ainda. De irmão, de pai, de mãe, de irmã, que ajuda crescer ou é uma atitude de distância: “eles crescem, e eu sigo a minha vida…!?”:

“Todos nós temos uma responsabilidade: dar o melhor de nós, e o que temos de melhor é a fé. Temos que dar a fé, mas com o exemplo. Não com as palavras, hoje as palavras não servem. Neste mundo da imagem, todos têm um telemóvel não precisam de palavras. Que exemplo damos?”

A este ponto, o diálogo desenvolveu-se e o Papa começou a perguntar aos jovens porque estavam na Casa de Santa Marta. Depois de alguns instantes, um deles tomou coragem e admitiu: ‘Para te ver...’. O Papa retribuiu, dizendo que ele também estava feliz em vê-los, e perguntou ainda se tinham recebido a Primeira Comunhão ou o Crisma, repetindo a todos que o Batismo ‘abre as portas à vida cristã’ e que, depois, ‘começa um caminho que dura a vida toda’; o percurso descrito na Carta de João lida pouco antes: “Caminhar na verdade e no amor”.

“Mais adiante – indicou o Papa – virão outros Sacramentos, como o matrimónio, mas o importante – destacou – é saber viver este caminho como Jesus”.

“Nestes Sacramentos... a oração é um Sacramento?... Não! A oração não é um Sacramento, mas devemos rezar. Vocês não sabem a quem rezar? Pois bem... Rezar ao Senhor, rezar a Jesus, rezar a Nossa Senhora para que nos ajudem neste caminho da verdade e do amor. Entenderam? Vocês vieram questionar-me, quem de vós falou? Tu? Concordas? Ou deixamos Jesus de lado?”.

E as crianças responderam: ‘Não’.

“Agora, Jesus vem ao altar e nós o veremos todos! É Jesus! Neste momento, devemos pedir a Jesus que nos ensine a caminhar na verdade e no amor. Vamos dizer juntos? “Caminhar na verdade e no amor” (repetiram todos juntos).

(RS/BF/CM)

(from Vatican Radio)

 

2014-11-13 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) - O Reino de Deus cresce a cada dia graças a quem o testemunha sem fazer “barulho”, rezando e vivendo com fé os seus compromissos na família, no trabalho e na comunidade. Foi o que destacou o Papa Francisco na homilia desta manhã, celebrada na capela da Casa Santa Marta.

O Reino de Deus se encontra no silêncio, “talvez numa casa onde se chega ao final do mês somente com meio euro”, mas mesmo assim não se deixa de rezar e de cuidar dos próprios filhos e dos avós. Longe do clamor, porque o Reino de Deus “não chama atenção”, exatamente como acontece com a semente que cresce debaixo da terra. O Papa se deixa guiar na sua homilia pelas palavras lidas no trecho do Evangelho de Lucas, onde à pergunta dos discípulos “Quando chegará o Reino de Deus?”, Jesus responde: “não virá num dia em que lhes dirão: ‘Ei-lo ali’ ou: ‘Ei-lo aqui’; pois eis que ele está no meio de vós”. “O Reino de Deus – afirmou o Papa – não é espetáculo. O espetáculo muitas vezes é a caricatura do Reino”:

“O espetáculo! Nunca o Senhor diz que o Reino de Deus é um espetáculo. É uma festa, mas é diferente. É festa, é bela, é uma grande festa, e o Céu é uma festa, mas não um espetáculo. A nossa fraqueza humana, no entanto, prefere o espetáculo”.

 

 

 

 

2014-11-12 Rádio Vaticana

 

Cidade do Vaticano (RV) – “Temos que lutar sempre contra as tentações que nos afastam do serviço ao próximo”, advertiu Francisco na homilia da manhã desta terça-feira, 11, na Casa Santa Marta. “Como Jesus, nós devemos servir sem pedir nada”, frisou, reiterando que “não podemos nos apropriar do serviço transformando-o numa estrutura de poder”.

Jesus fala da força da fé, mas logo explica que ela deve ser enquadrada no serviço. Baseando-se no Evangelho do dia, que fala do “servo inútil”, ele explicou o que significa ‘servir’, para um cristão. Lucas narra sobre um servo que depois de trabalhar todo o dia, chega em casa e ao invés de descansar, deve ainda servir o seu senhor:

“Poderíamos aconselhar este servo a ir ao sindicato e pedir conselhos sobre o que fazer com um patrão assim, mas Jesus disse: ‘Não, o serviço é total, porque Ele fez caminho com sua atitude de serviço; Ele é o servo. Ele se apresenta como o servo, aquele que veio para servir e não para ser servido’: é o que diz, claramente. Assim, o Senhor mostra aos apóstolos o caminho daqueles que receberam a fé, a fé que faz milagres. Sim, esta fé fará milagres no caminho do serviço”.

"O cristão que recebe o dom da fé no Batismo e não leva este dom ao serviço torna-se um cristão sem força, sem fecundidade", prosseguiu o Pontífice, que advertiu: “Ele acaba sendo um cristão para si mesmo, que serve somente a si; e sua vida fica triste, pois as coisas grandes do Senhor são ‘esquecidas’”.

 

Depois, o Papa lembrou que o Senhor nos disse que “o serviço é único”, que não se pode servir dois patrões: “ou Deus, ou as riquezas”. Prosseguindo, alertou que às vezes nos afastamos deste comportamento de serviço ‘por preguiça’. E ela, afirmou, “amornece o coração; a preguiça nos torna cômodos”.

 

 

 

2014-11-11 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – “Todo cristão, qualquer que seja sua vocação, deve saber perdoar sempre e não dar escândalo, “porque os escândalos destroem a fé”. O Papa repetiu este conceito várias vezes, comentando as leituras da Missa da manhã, presidida na Capela da Casa Santa Marta. 
  “É melhor se jogar no mar com uma pedra no pescoço”. Jesus prefere uma imagem crua como essa para explicar aos discípulos o que pensa de quem dá escândalo aos outros, especialmente se indefesos. O Papa articulou a sua homilia a partir de três palavras-chave do Evangelho de Lucas: escândalo, perdão e fé. 

Em sua carta a Tito, São Paulo dá indicações explícitas sobre como deve ser o estilo de vida de um sacerdote: não-violento e sóbrio, ou seja, irrepreensível, o contrário do escândalo. “Mas isso – afirmou o Papa – vale para todos os cristãos. Escândalo é dizer e professar um estilo de vida – cristão – e depois, viver como pagão, não acreditando em nada. Isto dá escândalo porque “não tem testemunho”, enquanto a fé confessada – ressalvou Francisco – é vivida”: 

“Quando um cristão ou uma cristã que vai à igreja, em paróquia, não vive assim, escandaliza. Quantas vezes ouvimos dizer: “Eu não vou à igreja porque é melhor ser honesto em casa e não ser como aquele, ou aquela, que vão à igreja e depois fazem isso e aquilo...”. O escândalo destrói, destrói a fé!. E por isso, Jesus é tão forte: “Estejam atentos!”. Faria bem repetirmos isso hoje: “Estejam atentos a vocês mesmos. Todos somos capazes de escandalizar!”. 

 

 

 

2014-11-09 Rádio Vaticana


Cidade do Vaticano (RV) - A humanidade de hoje precisa de "pontes, não de muros", exatamente como os povos do Séc. XX não precisavam da divisão simbolizada pelo Muro de Berlim. No dia que recorda a queda, 25 anos atrás, do muro da vergonha, o Papa Francisco lançou no Angelus na Praça São Pedro, um apelo a fim de que caiam, disse, "todos os muros que ainda dividem o mundo".
Foi um auspício de paz e de fraternidade repetido também durante a alocução que precedeu a oração mariana, inspirado na festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão – sede da Diocese de Roma.
"25 anos atrás, 9 de novembro de 1989, caia o Muro de Berlim." O Santo Padre ofereceu a sua leitura do que se deu com a queda do que definiu "símbolo da divisão ideológica da Europa e do mundo inteiro":
"A queda deu-se inesperadamente, mas foi possível devido ao longo e cansativo empenho de tantas pessoas que lutaram, rezaram e sofreram por isso, até o sacrifício da vida. Entre esses, o santo Papa João Paulo II teve um papel de protagonista."
A história é mestra de vida e o Papa Francisco aproveitou a ocasião desta celebração para pedir o abatimento de todos os outros muros que ainda hoje dividem os povos com o cimento de outras formas de discriminação:
"Rezemos a fim de que, com a ajuda do Senhor e a colaboração de todos os homens de boa vontade, se difunda sempre mais uma cultura do encontro, capaz de derrubar todos os muros que ainda dividem o mundo, e não mais aconteça que pessoas inocentes sejam perseguidas e até mesmo mortas por causa de seu credo e de sua religião. Onde há um muro, há fechamento de coração! Precisamos de pontes, não de muros!"

 

 

 

2014-11-09 Rádio Vaticana


Cidade do Vaticano (RV) - Festejamos neste domingo a dedicação – consagração – da Basílica do SS. Salvador ou de São João de Latrão. Construída por volta de 314 pelo Papa Melquíades, foi definida Mãe de todas as igrejas da Cidade e do Mundo (Urbe et Orbe). Sendo o Papa o Bispo de Roma, São João de Latrão é sua Igreja Catedral, onde está sua cátedra, sua cadeira de pastor e de mestre.
Inicialmente os cristãos não possuíam lugares fixos para a celebração da Eucaristia, mas a realizavam em suas casas. Com o passar de algum tempo, mesmo na era dos Apóstolos, se tornou imperioso o encontro de algum local comum para as celebrações litúrgicas.
É o símbolo da fé dos cristãos nos primeiros séculos, onde se reuniam para celebrar a Palavra de Deus e os Sagrados Mistérios.

 

 

 

2014-11-08 Rádio Vaticana


Neste domingo, 9 de novembro, ocorrem os 25 anos da queda do Muro de Berlim. Um acontecimento fundamental da história contemporânea e que abriu um novo período das relações internacionais e dos equilíbrios geopolíticos no mundo. S. João Paulo II foi uma das personalidades mundiais que contribuiu para esse extraordinário acontecimento e à sucessiva dissolução do império soviético. O nosso colega do programa italiano, Alessandro Gisotti, ouviu o testemunho de Joaquin Navarro-Valls, que era diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé nesse ano de 1989. Eis o seu testemunho:
“Quando olhamos para trás, com a memória, talvez colhamos melhor a dimensão extraordinária daquele evento: uma dimensão que não é fundamentalmente política, mas que é, sobretudo, humana. O outro aspeto a sublinhar – que naturalmente faz daquele evento uma coisa histórica de todos os pontos de vista, mas também surpreendente – é que esta gigantesca mudança representada pela Queda do Muro tenha acontecido sem derramamento de sangue.”
“Era quase como se ele o aguardasse. Esta possibilidade entrava plenamente no seu modo de pensar e para ele era quase uma não notícia. Naturalmente, havia quase um elemento de surpresa naquela data… Mas em todos aqueles anos, que foram 10 anos – desde 79 com a viagem à Polónia até 89, portanto, 10 anos – em que ele continuava a ir à Polónia com a sua mensagem… Era um trabalho extraordinário, aliás uma obra-prima extraordinária que ele fez em todos aqueles anos.”
“Ele tinha já dito nos inícios, logo a seguir à sua primeira viagem à Polónia em 79, que o mais grave erro, o erro fundamental do socialismo, do socialismo real, era antropológico. Esta era uma coisa surpreendente mesmo ao nível das chancelarias europeias e mesmo aquela americana. Ele tinha compreendido muito bem que o erro de base deste socialismo era de natureza antropológica, ou seja, uma visão errada do homem: aquele homem novo que o comunismo queria recrear, porque a sociedade que eles imaginavam que funcionasse, era um mito, um grande erro. Portanto, ele esperava esta mudança e por isso continuava – em todo este longo período de dez anos – a repetir a sua mensagem, que foi perfeitamente percebida em todo o centro-leste europeu.” (RS)
 

 

 

2014-11-07 Rádio Vaticana


No próximo domingo 9 de Novembro completam-se 25 anos sobre a queda do muro de Berlim, facto que teve grande impacto no mundo inteiro.
Como é sabido, a Alemanha que foi derrotada na II Guerra Mundial, ficou sob a influência, a Ocidente, dos países aliados dos Estados Unidos e, a Este, da URSS. Nasciam assim duas Alemanhas: a DDR, Republica Democrática Alemã a Leste e a Republica Federal Alemã a Ocidente. Esta última desenvolveu-se economicamente muito mais do que a DDR. Então, muitos jovens e quadros fugiam para a parte Ocidental, tornando ainda mais difícil o desenvolvimento da DDR. Para fazer face a isso, a DDR mandou, em 1961, construir o Muro de Berlim, dividindo não só a cidade, mas o país todo em dois. E quem ousasse tentar ultrapassar o muro era morto. Esse muro, símbolo da chamada Guerra fria que se instaurou entre os Estados Unidos e a URSS iria permanecer de pé até 1989, quando na esteira de vários factores, mas sobretudo da politica de reforma e transparência encetada por Mikael Gorbaciov na URSS, as coisas viram a mudar.
Não se sabe bem quem teria dado a ordem para os soldados que vigiavam o muro se retirarem, permitindo assim às famílias separadas por essa cortina de ferro voltar a reabraçar-se depois de 28 anos de dura separação.

 

2014-11-07 Rádio Vaticana


Cidade do Vaticano (RV) – Ainda hoje existem “cristãos pagãos” que se comportam como inimigos da Cruz de Cristo. Esta foi a advertência de Francisco na missa matutina celebrada na Casa Santa Marta. O Papa afirmou que devemos evitar as tentações da mundanidade que nos levam à ruína.
Francisco se inspirou nas palavras de São Paulo aos filipenses e falou sobre os dois grupos de cristãos que ainda existem hoje, como naquela época: “os que persistem na fé e os que se comportam como inimigos. Os dois grupos estavam na Igreja, iam à missa aos domingos, louvavam o Senhor, se diziam ‘cristãos’. Qual era, então, a diferença? Os segundos se comportavam como inimigos da Cruz!”.
“Eram cristãos mundanos, de nome, com duas ou três coisas cristãs, mas nada mais. Cristãos pagãos, com nome cristão, mas vida pagã, ou seja, pagãos com duas pinceladas de verniz cristã, para parecerem cristãos”:
“Ainda hoje existem muitos! E nós também temos que estar atentos para não incorrermos no caminho dos cristãos pagãos, cristãos de aspecto. E a tentação de se acostumar com a mediocridade é uma ruína, porque o coração vai amornando... e aos mornos, o Senhor diz uma palavra forte: “Você é morno e eu estou a ponto de vomitá-lo da minha boca”. É muito forte! São inimigos da Cruz de Cristo. Tomam o nome, mas não seguem as exigências da vida cristã”.

 

 

 

 

 

2014-11-06 Rádio Vaticana


Cidade do Vaticano (RV) – Na missa da manhã desta quinta-feira, 06, o Papa refletiu sobre duas parábolas: a da ovelha perdida e a da moeda perdida. Os fariseus e os escribas se escandalizaram porque Jesus “acolheu os pecadores e comeu com eles, o que era um verdadeiro escândalo naqueles tempos”.
“Estas duas parábolas” – explicou Francisco – “nos mostram como é o coração de Deus. Deus não para, não vai só até certo ponto, mas vai até o fundo, no limite; não para no meio do caminho da salvação. Não diz: “Eu fiz tudo, agora o problema é deles”. Ele vai, sai”. Os fariseus e os escribas, por sua vez, param no meio. Eles se importavam somente que o balanço das perdas e ganhos fosse mais ou menos favorável, e ficavam tranquilos. Isto não entrava na cabeça de Deus, Deus não é um negociante, Deus é Pai e salva até o fim, até o limite. O amor de Deus é isso”.
“É triste o pastor que abre a porta da Igreja e fica ali, esperando. É triste o cristão que não sente dentro, no coração, a necessidade de contar aos outros que o Senhor é bom. Mas quanta perversão existe no coração daqueles que se crêem justos, como os escribas e os fariseus... É, eles não queriam sujar suas mãos com os pecadores. Lembram-se do que pensavam? ‘Se ele fosse profeta, saberia que ela é uma pecadora’. Usavam as pessoas e depois as desprezavam”. “Ser um pastor ‘pela metade’ – disse ainda o Pontífice – é uma derrota. Um pastor deve ter o coração de Deus, ir até o limite, porque não quer que ninguém se perca”.“O verdadeiro pastor, o verdadeiro cristão tem este zelo interior: que ninguém se perca. E por isso não tem medo de sujar as mãos. Não tem medo. Vai aonde tem que ir. Arrisca sua vida, sua fama, arrisca perder a sua comodidade, o seu status, perder também na carreira eclesiástica, mas é bom pastor. Também os cristãos devem ser assim. É tão fácil condenar os outros, como faziam os publicanos, os pecadores. É tão fácil, mas não é cristão, eh? Não é comportamento de filhos de Deus. O Filho de Deus vai ao limite, dá a vida pelo outros, como fez Jesus. Não pode ficar tranquilo, protegendo si mesmo: a sua comodidade, a sua fama, a sua tranquilidade. Lembrem-se disso: que jamais existam pastores e cristãos que ficam no meio do caminho!
“O bom pastor, o bom cristão – conclui o Papa - sai, está sempre em saída: está em saída de si mesmo, em saída rumo a Deus, na oração, na adoração; está em saída rumo aos outros para levar a mensagem de salvação”. E o bom pastor e o bom cristão conhecem o que é a ternura:
“Esses escribas, fariseus não sabiam o que significa carregar a ovelha sobre os ombros, com ternura, e reconduzi-la a seu lugar, junto às outras. Essas pessoas não sabiam o que é alegria. O cristão e o pastor do meio do caminho talvez conheçam a diversão, a tranquilidade, mas não a verdadeira alegria que vem de Deus, que vem para salvar! É belo não sentir medo de quem fala mal de nós para encontrar os irmãos e irmãs que estão distantes do Senhor. Peçamos esta graça para cada um de nós e para a nossa Mãe, a Santa Igreja”.

(BF/CM)

 

2014-11-05 Rádio Vaticana


Quarta-feira, 5 de novembro, muitos milhares de peregrinos na Praça de S. Pedro para acolherem o Papa Francisco para a tradicional Audiência Geral. Tema da Catequese a Igreja hierárquica.
O Santo Padre na sua alocução referiu-se aos diversos ministérios que edificam a comunidade cristã suscitados por Cristo pela ação do Espirito Santo em particular referiu-se ao serviço do Episcopado. Nas palavras do Papa os bispos desenvolvem a maternidade da Igreja – afirmou o Papa Francisco.
“ Esta maternidade da Igreja exprime-se em particular na pessoa do Bispo e no seu ministério. Efetivamente, como Jesus escolheu os Apóstolos e os enviou a anunciar o Evangelho e a apascentar o seu rebanho, assim os Bispos, seus sucessores, são postos à cabeça das comunidades cristãs, como garantes da sua fé e como sinal vivo da presença do Senhor no meio deles.”
“Compreendamos, portanto, que não se trata de uma posição de prestígio, de uma carga honorífica. Não deve haver lugar na Igreja para a mentalidade mundana. Ser Bispo quer dizer ter sempre perante os seus olhos o exemplo de Jesus que, como Bom Pastor, veio não para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida pelas suas ovelhas.”
O Bispo não se deve elevar mas baixar – declarou o Santo Padre.

 

2014-11-04 Rádio Vaticana


Cidade do Vaticano (RV) – Na lei do Reino de Deus, “a recompensa não é necessária” porque Ele doa com gratuidade. Foi o que afirmou o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta terça-feira, 04, na Casa Santa Marta. O Pontífice advertiu que às vezes, por egoísmo ou sede de poder, evitamos a festa à qual o Senhor nos convida gratuitamente.
A partir desta parábola narrada no Evangelho de Lucas, o Papa desenvolveu a sua homilia: um homem dá um grande jantar, mas os convidados inventam desculpas para não ir.
“Todos gostam de ser convidados, mas naquele banquete havia algo que três convidados não gostavam. Um disse que tinha “comprado um terreno e precisava sair para vê-lo para se sentir poderoso; não queria ficar sentado como um entre muitos”. Outro comprou cinco bois e estava concentrado nos negócios; não queria “perder tempo” com as pessoas. Enfim, o último se desculpou dizendo que era casado e não queria levar sua esposa à festa. “No final – prosseguiu Francisco – os três tinham uma preferência por si mesmos, não queriam participar de uma festa: não sabiam o que era uma festa. Há sempre interesse, aquilo que Jesus explicou como “compensação”.

 

2014-11-03 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou na manhã desta segunda-feira a missa na capela da Casa Santa Marta.
Comentando a Carta de São Paulo aos filipenses, o Papa observou que a alegria de um bispo é ver amor, unidade e concórdia na sua Igreja. “Esta harmonia – destacou - é uma graça feita pelo Espírito Santo, mas da nossa parte, nós devemos fazer de tudo para ajudar o Espírito Santo a fazer esta harmonia na Igreja”. Por isso, São Paulo convida os filipenses a não fazerem nada “por rivalidade, vanglória, nem lutar um contra o outro para mostrar ser melhor”. “Vê-se que não se trata somente de comportamentos do nosso tempo, mas que vêm de longe”:

 

 

 

Quem são os santos? – Reflexões na Solenidade de Todos os Santos

2014-11-01 Rádio Vaticana
Fomos criados à imagem do Santo, isto é, de Deus. Sendo assim o nosso modo de ser e de pensar é afinado com o modo de pensar e de agir de Deus. O contrário é aberração, é antinatural. A natureza humana foi feita para receber a divina.
Quando falamos de santos, estamos tendo como referencial o Santo, Deus. É santa aquela pessoa que amou, que fez o bem, que foi feliz. Exatamente por isso soube perdoar, interessou-se pelos outros. Podemos ter como ideário dos santos as Bem-Aventuranças. Viveram o seu agir especialmente a partir dos valores apontados nesse discurso de Jesus.
Celebramos três momentos de santidade: o momento passado em que recordamos aqueles denominados justos, o momento presente em que vivemos a graça de Deus, a santidade como dom, e o momento futuro, quando nos reuniremos, no céu, aos que nos precederam.
A santidade do tempo presente é medida pela vivência das Bem-Aventuranças. Por isso hoje é nosso dia também, dia daqueles que tem em cada uma das bem-aventuranças de Jesus os mandamentos do seu dia a dia.
Quando homenageamos alguém e o intitulamos santo, queremos reconhecer nele a ação da Graça Divina que se concretizou na configuração da imagem do Criador nessa criatura.
E a nossa devoção vai muito além do que colocar flores e acender velas. A nossa devoção será imitar as suas virtudes, o seu testemunho de seguir Jesus Cristo.
Pouco importa a época em que tenham vivido e qual a vocação que Deus lhes tenha dado. Importa como viveram, como responderam aos chamamentos de Deus, como enfrentaram as dificuldades, como superaram os seus próprios limites, como vivenciaram a fé, a esperança e o amor.
Fomos feitos à imagem do Santo, para sermos santos: “ Sede santos porque eu sou santo!” (Lev. 11, 44). (CAS/BS)

 

Novo Catecismo: A iniciativa de Deus

2014-10-31 Rádio Vaticana
 Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço dedicado ao Novo Catecismo, vamos falar na edição de hoje sobre a iniciativa de Deus em ir de encontro do homem.
Por uma decisão totalmente livre, Deus se revela e se doa ao homem, nos diz o Catecismo. E o faz, revelando o seu mistério, seu projeto benevolente, que concebeu desde toda a eternidade em Cristo em prol de todos os homens. No programa de hoje, o Padre Gerson Schmidt vai refletir sobre "a iniciativa de Deus":

“Amado ouvinte!
Falamos no último encontro de que o homem deseja Deus, tem dentro de si fome do Eterno, da autêntica Verdade, que é Deus. Recordo a grande declaração de Santo Agostinho, depois de sua conversão:
"Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu fora. E ai te procurava e lançava-me nada belo ante a beleza que tu criaste. Estavas comigo e eu não contigo. Seguravam-me longe de ti as coisas que não existiriam, se não existisse em ti. Chamaste, clamaste e rompeste minha surdez, brilhaste, resplandeceste e afugentaste minha cegueira. Exalaste perfume e respirei. Agora anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz” 1.
Que tremenda conclusão chega esse homem que se converte só quando adulto, depois de sua mãe rezar muito por ele. Todo o homem tem o anseio de Deus e O procura. O número 30 do CIC aponta assim:
Se o homem pode esquecer ou rejeitar a Deus, este, de sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-lo, para que viva e encontre a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade,"um coração reto", e também o testemunho dos outros, que o ensinam a procurar a Deus .

 

O diabo não é um mito e deve ser combatido com a arma da verdade – o Papa em Santa Marta

 

2014-10-30 Rádio Vaticana

O diabo não é um mito e deve ser combatido com a arma da verdade – esta a mensagem principal do Papa Francisco na homilia da Missa de quinta-feira, dia 30 de outubro celebrada na Capela da Casa de Santa Marta.
Partindo da Carta de S. Paulo aos Efésios, proposta pela liturgia do dia, o Santo Padre reafirmou que o diabo existe e que devemos lutar contra ele com a armadura da verdade:
“De quem me devo defender? O que devo fazer? Revestir-me da armadura de Deus, diz-nos S. Paulo, isto é aquilo que é de Deus defende-nos, para resistir às insídias do diabo. É claro? Claro. Não se pode pensar numa vida espiritual, a uma vida cristã, sem resistir às tentações, sem lutar contra o diabo, sem vestir esta armadura de Deus, que nos dá força e nos defende.”
“ Mas a esta geração – e a tantas outras – fizeram acreditar que o diabo fosse um mito, uma figura, uma ideia, a ideia do mal. Mas o diabo existe e nós devemos lutar contra ele. Di-lo Paulo, não o digo eu! A Palavra de Deus di-lo. Mas nós não estamos tão convencidos. E depois Paulo diz como é esta armadura de Deus, quais são as diversas armaduras, que fazem esta grande armadura de Deus. E ele diz: ‘Estai firmes, portanto, estai firmes, cingindo os vossos rins com a verdade. Esta é uma armadura de Deus: a verdade.”
Num texto pleno de uma linguagem militar, S. Paulo reforça a ideia de que para se ser cristão é necessário trabalhar continuamente pela justiça com a força da fé – sublinhou o Papa Francisco que concluiu a sua homilia exortando os cristãos a não perderem a coragem e a viverem na verdade uma vida que é uma luta, mas é uma luta belíssima:
“A vida é uma milícia. A vida cristã é uma luta, uma luta belíssima, porque quando o Senhor vence em cada passo da nossa vida, dá-nos uma alegria, uma felicidade grande: aquela alegria que o Senhor fez vencer em nós com a sua gratuidade de salvação. Mas sim, todos somos um pouco preguiçosos, na luta, e deixamo-nos levar por paixões e por algumas tentações. É porque somos pecadores, todos! Mas não vos desencorajeis. Coragem e força, porque o Senhor está connosco.” (RS)

 

 

2014-10-28 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – “A Igreja é feita por Jesus”, que não olha ao pecado dos homens, mas a seu coração. Ele o procura e o cura”. Foi a reflexão feita pelo Papa na homilia na missa celebrada na manhã de terça-feira, 28, na Casa Santa Marta. “Os cristãos – completou Francisco – devem se sentir parte da Igreja, sem parar em sua porta”.
Dois mil anos atrás, Jesus construiu a sua Igreja e abriu as portas a todos, sem distinções, porque a Cristo interessa curar os corações e não medir os pecados. Citando o Evangelho do dia, que narra o nascimento da Igreja, e a Carta de Paulo, que descreve a Igreja como um ‘edifício bem ordenado’, o Papa chamou a atenção para as ações que marcaram a fundação da Igreja: Jesus se retira em oração, desce, vai aos discípulos, escolhe doze; simultaneamente acolhe e cura aqueles que tentam tocá-lo:
“Jesus reza, Jesus chama, Jesus escolhe, Jesus envia os discípulos, Jesus cura a multidão. Dentro deste templo, este Jesus, que é a pedra angular, faz todo este trabalho: é Ele que leva adiante a Igreja. Como dizia Paulo, esta Igreja foi edificada sobre o fundamento dos Apóstolos. Ele escolheu doze, doze pecadores. Judas não era o maior pecador, não sei quem era o mais pecador. Judas, pobrezinho, foi o que se fechou ao amor e por isso se tornou traidor, mas todos fugiram no momento difícil da Paixão e deixaram Jesus sozinho. Todos eram pecadores, mas Ele escolheu".

 

 

“É uma palavra hipócrita, um pouco aqui, um pouco ali, para ficar bem com todos? É uma palavra vazia, sem substância? É uma palavra vulgar, trivial, ou seja, mundana?

2014-10-27 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – “O exame de consciência de nossas palavras nos faz entender se somos cristãos da luz, das trevas ou cristãos ‘cinzentos’": foi o que disse o Papa Francisco na homilia matutina desta segunda-feira, 27, na Casa Santa Marta.
“Os homens se reconhecem por suas palavras. São Paulo, convidando os cristãos a se comportarem como filhos da luz e não como filhos das trevas, ‘faz uma catequese sobre a palavra’. Existem quatro palavras para entender se somos filhos das trevas”:
“É uma palavra hipócrita, um pouco aqui, um pouco ali, para ficar bem com todos? É uma palavra vazia, sem substância? É uma palavra vulgar, trivial, ou seja, mundana? Ou é uma palavra suja, obscena? Estas quatro palavras não são dos filhos da luz, não vêm do Espírito Santo, não vêm de Jesus, não são palavras evangélicas... este modo de falar, de falar de coisas sujas, mundanidade ou vacuidades, de falar hipocritamente”.
Qual é, então, a palavra dos Santos, ou seja, dos filhos da luz?
“Paulo diz: ‘Sejam imitadores de Deus: caminhem na caridade; caminhem na bondade; caminhem na mansidão’. Sejam misericordiosos – diz Paulo – perdoando-se mutuamente, como Deus os perdoou em Cristo. Sejam imitadores de Cristo e caminhem na caridade, ou seja, caminhem na misericórdia, no perdão e na caridade. Esta é a palavra de um filho da luz”.
“Existem cristãos luminosos, repletos de luz – observou o Papa –, que tentam servir o Senhor com esta luz”. E “existem cristãos tenebrosos”, que conduzem “uma vida de pecado, uma vida distante do Senhor” e usam aquelas quatro palavras que “são do maligno”. “Mas há um terceiro grupo de cristãos”, que não são “nem luminosos nem sombrios”:
“São os cristãos cinzentos. E esses cristãos cinzentos uma vez estão de um lado; outra vez, de outro. As pessoas comentam: ‘Mas esta pessoa está bem com Deus ou com o diabo?’ Eh? Sempre cinzentos. Mornos. Não são nem luminosos nem sombrios. Deus não ama esse tipo de pessoa. No Apocalipse, o Senhor diz a esses cristãos cinzentos: ‘Não és quente nem frio. Quem dera fosses quente ou frio. Assim, porque és morno – cinzento – estou para te vomitar de minha boca’. O Senhor é duro com os cristãos cinzentos. ‘Mas eu sou cristão, mas sem exagerar!’ dizem eles, e fazem tão mal, porque seu testemunho cristão é um testemunho que, no final, semeia confusão, semeia um testemunho negativo”.
Não nos deixemos enganar pelas palavras vazias – exortou o Papa. “Ouvimos tantas coisas, algumas belas, bem ditas, mas vazias, sem conteúdo”. Ao invés, comportemo-nos como filhos da luz. “Nos fará bem hoje pensar na nossa linguagem, concluiu o Papa – e nos perguntar: “Sou cristão da luz? São cristão da escuridão? Sou cristão cinzento? E assim podemos dar um passo avante para encontrar o Senhor”. (Fonte)
(CM/BF)

 

 

Comunhão com Cristo e entre nós

 A nossa fé católica, imbuída dum sentido profundo da presença de Deus, maravilhada pela beleza da criação que nos rodeia, e purificada pela penitência pessoal e a certeza do perdão de Deus, é uma herança que seguramente se aperfeiçoa e alimenta quando regularmente é colocada sobre o altar do Senhor no Sacrifício da Missa. A gratidão e a alegria por uma história tão grande de fé e amor foram recentemente abaladas de maneira horrível pela revelação de pecados cometidos por sacerdotes e consagrados contra pessoas confiadas aos seus cuidados. Em vez de lhes mostrar o caminho para Cristo, para Deus, em vez de dar testemunho da sua bondade, abusaram delas e minaram a credibilidade da mensagem da Igreja. Como se pode explicar o facto de pessoas, que regularmente receberam o Corpo do Senhor e confessaram os seus pecados no sacramento da Penitência, terem incorrido em tais transgressões? Continua um mistério. Evidentemente, porém, o seu cristianismo já não era alimentado pelo encontro jubiloso com Jesus Cristo: tornara-se meramente uma questão de hábito. A obra do Concílio tinha realmente a intenção de superar esta forma de cristianismo e redescobrir a fé como uma profunda relação pessoal com a bondade de Jesus Cristo. O Congresso Eucarístico tem um objectivo semelhante. Nele desejamos encontrar o Senhor ressuscitado. Peçamos-Lhe para nos tocar profundamente. Ele que, na tarde de Páscoa, soprou sobre os Apóstolos, comunicando-lhes o seu Espírito, possa de igual modo conceder-nos também nós o seu sopro, a força do Espírito Santo, ajudando-nos assim a tornar-nos verdadeiras testemunhas de seu amor, testemunhas da sua verdade. A sua verdade é amor. O amor de Cristo é verdade. (Fonte)

 

 

“Os cristãos são um povo que sabe esperar e na espera, cultivam uma sólida esperança”. 

2014-10-21 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – “O cristão é um homem ou uma mulher que sabe esperar Jesus, e por isso, é um homem ou uma mulher de esperança”. Foi este o centro da homilia da missa da manhã de terça-feira, 21, presidida pelo Papa na Casa Santa Marta.
“Os cristãos são um povo que sabe esperar e na espera, cultivam uma sólida esperança”. Francisco refletiu ligando o Evangelho de Lucas e a Carta de São Paulo aos Efésios: no primeiro, Cristo fala aos discípulos comparando-se ao patrão que volta tarde de uma festa de casamento e chama os servos que o aguardavam acordados e com as lâmpadas acesas de ‘beatos’. Na cena seguinte, Jesus se faz servo de seus servidores e lhes serve o almoço na mesa. (Fonte)

 

 

Homilia do Papa Francisco na Missa de encerramento do Sínodo e beatificação de Paulo VI (19 out 2014)

2014-10-19 Rádio Vaticana
Acabámos de ouvir uma das frases mais célebres de todo o Evangelho: «Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» (Mt 22, 21).
À provocação dos fariseus, que queriam, por assim dizer, fazer-Lhe o exame de religião e induzi-Lo em erro, Jesus responde com esta frase irónica e genial. É uma resposta útil que o Senhor dá a todos aqueles que sentem problemas de consciência, sobretudo quando estão em jogo as suas conveniências, as suas riquezas, o seu prestígio, o seu poder e a sua fama. E isto acontece em todos os tempos e desde sempre.A acentuação de Jesus recai certamente sobre a segunda parte da frase: «E [dai] a Deus o que é de Deus». Isto significa reconhecer e professar – diante de qualquer tipo de poder – que só Deus é o Senhor do homem, e não há outro. Esta é a novidade perene que é preciso redescobrir cada dia, vencendo o temor que muitas vezes sentimos perante as surpresas de Deus.
Ele não tem medo das novidades! Por isso nos surpreende continuamente, abrindo-nos e levando-nos para caminhos inesperados. Ele renova-nos, isto é, faz-nos «novos» continuamente. Um cristão que vive o Evangelho é «a novidade de Deus» na Igreja e no mundo. E Deus ama tanto esta «novidade»!«Dar a Deus o que é de Deus» significa abrir-se à sua vontade e dedicar-Lhe a nossa vida, cooperando para o seu Reino de misericórdia, amor e paz. (Fonte)

 

Domingo dia do Senhor!

Ele nos criou por amor e por amor nos redimiu. Somos de Deus.

2014-10-18 Rádio Vaticana

 Cidade do Vaticano (RV) - A primeira leitura nos fala de como um rei estrangeiro, não pertencente ao povo judeu, recebe de Deus a missão de salvá-lo.

Ciro, o rei persa, sente-se imbuido de justiça e realiza a missão messiânica de libertar os judeus. Isso, à luz do Evangelho que veremos em seguida, significou dar a Deus o que é de Deus, ou seja a seu Povo. Os judeus, sendo libertados, poderão voltar para casa, para o Templo e, com mais facilidade prestarão culto a Javé.

Deus é o Senhor da História, por isso pode tocar no coração de quem não O conhece, para que exerça a missão confiada por Ele, na História da Salvação.

No Evangelho, os judeus para apanharem Jesus em algum erro desastroso, preparam-lhe uma armadilha. Seja qual for a resposta do Senhor, ele se dará mal. Mas Jesus, conhecendo os corações das pessoas, intuiu a malícia e devolveu a pergunta com outra, altamente inteligente, que eles respoderão caindo na própria armadilha, e só o perceberão depois.

Para os judeus, por causa da proibição de fazer imagem de qualquer criatura, a moeda com o retrato do imperador era uma transgressão, no entanto, certamente por causa das necessidades econômicas, se esqueciam disso e a utilizavam normalmente.

Jesus lhes pergunta de quem é a efígie, ou seja, quem está retratado na moeda. Ingenuamente colocam a mão no bolso, tiram uma moeda e dizem que o retrato é de César, do imperador. Ora, só o fato de trazerem consigo um objeto, no caso a moeda, com o retrato de alguém, demonstra a conivência deles em relação ao não cumprimento do preceito de não fazer imagens ou outros objetos que retratem criaturas. Jesus nada fala a esse respeito, pois o constrangimento é geral...(Fonte)

 

“o Senhor me escolheu ant

es da criação do mundo. Mas isso não se pode entender!”:

O mistério não se pode controlar: é o Mistério! Eu entro”.

2014-10-16 Rádio Vaticana

 Cidade do Vaticano (RV) - 

É fácil rezar para pedir graças, mas mais difícil é a oração de louvor: foi o que disse o Papa Francisco na missa desta manhã, na Casa Santa Marta.
O Papa dedicou sua homilia à Carta aos Efésios, em que São Paulo eleva com alegria a sua bênção a Deus. Trata-se de uma oração de louvor – observou – uma oração “que nós não fazemos tão habitualmente, mas que, na verdade, é pura gratuidade:
“Nós sabemos rezar muito bem quando pedimos coisas, ou mesmo quando agradecemos a Ele, mas a oração de louvor é um pouco mais difícil para nós: não é tão comum louvar o Senhor. E isso nós podemos sentir melhor quando fazemos memória das coisas que o Senhor fez na nossa vida: ‘Nele - em Cristo – nos escolheu antes da criação do mundo’. Bendito és tu, Senhor, porque me escolhestes! É a alegria de uma proximidade paterna e terna”.
“A oração de louvor – prosseguiu – nos leva a esta alegria, a sermos felizes diante do Senhor. Devemos nos esforçar para recuperá-la!” – exclamou Francisco – mas “o ponto de partida” é justamente “fazer memória” desta escolha: “o Senhor me escolheu antes da criação do mundo. Mas isso não se pode entender!”:
“Não se pode entender e também não se pode imaginar: que o Senhor tenha me conhecido antes da criação do mundo, que o meu nome estava no coração do Senhor. Esta é a verdade! Esta é a revelação! Se não acreditamos nisso, não somos cristãos, hein! Talvez estejamos impregnados de uma religiosidade teísta, mas não cristã! O cristão é alguém que foi escolhido, eleito no coração de Deus antes da criação do mundo. Também este pensamento enche de alegria o nosso coração: eu sou eleito! E nos dá segurança”.
“O nosso nome - observou o Papa - está no coração de Deus, precisamente nas entranhas de Deus, como a criança está dentro de sua mãe. Esta é a nossa alegria de sermos eleitos”É algo - continuou - que não se pode entender sozinho com a cabeça. Nem mesmo só com o coração. Para entender isso, é necessário entrar no mistério de Jesus Cristo. O mistério do Seu Filho amado: “Ele derramou o seu sangue em abundância sobre nós, com toda a sabedoria e inteligência, dando-nos a conhecer o mistério da sua vontade’. E esta é uma terceira atitude: entrar no Mistério”:
“Quando nós celebramos a Eucaristia, entramos neste Mistério, que não se pode entender totalmente: o Senhor está vivo, está conosco, aqui, na sua glória, na sua plenitude e doa mais uma vez a sua vida por nós. Esta atitude de entrar no Mistério devemos aprender a cada dia. O cristão é uma mulher, é um homem, que se esforça para entrar no Mistério. O mistério não se pode controlar: é o Mistério! Eu entro”.

A oração de louvor - concluiu o Papa - é, portanto, antes de tudo “oração da alegria”, depois, “oração de memória”: ‘Mas o que o Senhor fez por mim! Com quanta ternura me acompanhou, como se abaixou; curvou-se como o pai se curva para a criança, para fazê-la caminhar’. 

E, enfim, a oração ao Espírito Santo que nos conceda a “graça de entrar no Mistério, especialmente quando celebramos a Eucaristia”.
(BF/SP)

 

 

 

Da Carta de São Francisco de Assis a todos os fiéis: «Devemos ser simpleshumildes puros»

O Pai altíssimo, pelo seu arcanjo São Gabriel, anunciou à santa e gloriosa Virgem Maria que o seu Verbo, tão santo, digno e glorioso, ia descer do Céu. Do seio de Maria tomou Ele a carne verdadeira da nossa humanidade e fragilidade. Sendo Ele mais rico que tudo, quis no entanto escolher a pobreza com sua Mãe bem-aventurada. [...]

Sejamos caridosos humildes e dêmos esmola, porque a esmola lava as almas da imundície do pecado. Na verdade, os homens perdem tudo o que deixam neste mundo, mas levam consigo o preço da sua caridade e das esmolas que fizeram, e por elas receberão do Senhor recompensa e digna remuneração.

Não devemos ser sábios prudentes segundo a carne, mas procuremos antes ser simpleshumildes puros. Nunca devemos desejar estar acima dos outros, mas devemos antes ser servos e súbditos de toda a criatura humana por amor de Deus. E sobre todos aqueles que assim procederem e perseverarem até ao fim, repousará o Espírito do Senhor, que neles fará sua habitação e morada, e serão filhos do Pai celeste.

(Opuscula, ed. Quaracchi, 1949, 87-94) (Sec. XIII)

 

 

 

Houve um dia na minha vida em que decidi ser professor, deixei a carreira militar, a AMAN, e comecei a lecionar, há 45 anos,obrigado Senhor!

 

O Pontífice recordou 4 pontos da espiritualidade da Santa que viveu no século XVI: alegria, oração, fraternidade e inserção no próprio tempo.

 

2014-10-15 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – “Teresa de Ávila nos ensina que o caminho em direção a Deus é também um caminho em direção aos homens”. Foi o que escreveu o Papa Francisco na mensagem enviada ao Bispo de Ávila, no dia em que a Igreja recorda a memória litúrgica de Santa Teresa de Jesus e no âmbito dos festejos do Ano Jubilar pelo 5º centenário de nascimento da santa, Carmelita descalça e Doutora da Igreja (28 de março 1515 – 15 de outubro de 1582). Francisco pede para “percorrer as estradas do nosso tempo com o Evangelho na mão e o Espírito no coração”.
“O Evangelho não é uma bolsa de chumbo que se arrasta pesadamente, mas uma fonte de alegria que preenche de Deus o coração e o impele a servir os homens”, disse ainda o Santo Padre na mensagem, que recorda Teresa de Ávila como um exemplo de santa. “Ela sai pelos caminhos do próprio tempo com o Evangelho na mão e o espírito no coração”, disse Francisco.
O Pontífice recordou 4 pontos da espiritualidade da Santa que viveu no século XVI: alegria, oração, fraternidade e inserção no próprio tempo. Sublinha o valor da alegria da descoberta do amor de Deus, a conseqüente motivação em amarem-se uns aos outros, tudo isto sustentado pela oração. “A oração – escreve o Papa – supera o pessimismo e gera boas iniciativas”. (Fonte)

 

“Aquilo que vale é a fé. Qual fé? Aquela que se faz obra por meio da caridade.”

2014-10-14 Rádio Vaticana

 

Na missa de dia 14 de outubro em Santa Marta o Papa Francisco deixou esta mensagem muito concreta: não a uma vida de aparências, a uma espiritualidade de cosmética, porque o conta é a caridade.
Partindo da passagem do Evangelho de Lucas no capítulo 11 em que o fariseu se admira pelo facto de Jesus não se ter lavado antes da refeição, o Santo Padre recorda que Jesus condena aquela atitude do fariseu que se considera justo apenas porque cumpre pontualmente os rituais:
“Jesus condena esta espiritualidade de cosmética, parecer bons, belos, mas a verdade de dentro é outra coisa! Jesus condena as pessoas de boas maneiras mas de maus hábitos, aqueles hábitos que não se veem mas que se fazem às escondidas. Mas a aparência é certa: esta gente que gostava de passear nas praças, mostrar que rezavam, maquilhar-se com um pouco de debilidade quando jejuavam… Porquê, o Senhor é assim? Vede que são dois os adjetivos que usa aqui, mas que estão ligados: avidez e maldade.”
Também Paulo na outra leitura do dia discute com os Gálatas pelo mesmo motivo: o da sua única preocupação com o cumprimento da lei sem tratar da conversão interior. A lei sozinha não salva e o que vale é a fé que faz obra na caridade – afirmou o Santo Padre:
“Aquilo que vale é a fé. Qual fé? Aquela que se faz obra por meio da caridade.” (Fonte)

Não percebiam que Deus é o Deus das surpresas, que Deus é sempre novo.

2014-10-13 Rádio Vaticana

Abrir-se às surpresas de Deus, sem se fechar aos sinais dos tempos – pediu o Papa Francisco na missa desta minha na Casa de Santa Marta. Comentando as palavras de Jesus aos doutores da lei, o Papa exortou os fiéis a não permanecerem apegados às próprias ideias mas a caminharem com o Senhor, encontrando sempre coisas novas…

Porque estes doutores da lei não percebiam os sinais dos tempos e pediam um sinal extraordinário…E por que é que não percebiam? Antes de mais, porque estavam fechados. Fechados no seu sistema, tinham sistematizado muito bem a lei, uma obra prima. Todos os judeus sabiam o que que se podia fazer e o que não se podia fazer, até onde se podia ir. Tudo bem arrumado. E assim estavam seguros.

Não percebiam que Deus é o Deus das surpresas, que Deus é sempre novo. Nunca se renega a si mesmo, nunca diz que o tinha dito era errado, nunca, mas sempre nos surpreende. Eles não percebiam isto e fechavam-se naquele sistema feito com tanta boa vontade e pediam a Jesus: ‘Dá-nos um sinal! E não percebiam os muitos sinais que Jesus fazia e que indicavam que o tempo estava maduro. Fechados!

Em segundo lugar, tinham esquecido que eram um povo a caminho. Em caminho. E quando se caminha, quando uma pessoa vai pelo caminho, sempre encontra coisas novas, que não conhecia.

Os doutores da lei, fechados em si mesmos, “não tinham percebido que a lei que defendiam e amavam era uma pedagogia que havia de levar a Jesus Cristo. “Se a lei não nos aproxima de Jesus Cristo é uma lei morta. (Fonte)

 
a gratuidade da sua amizade, a alegria, a salvação,

014-10-12 Rádio Vaticana

Após a celebração da Eucaristia na Basílica de S. Pedro em acção de graças pela canonização dos dois evangelizadores do Canadá, e como de costume aos domingos, às 12 horas de Roma o Santo Padre apareceu à janela do Palácio Apóstólico sobre a Praça de São que se encontrava repleta de peregrinos vindos de toda a parte, para a participar na oração mariana do Ângelus.

“No Evangelho deste domingo, disse o Santo Padre, Jesus fala-nos da resposta que foi dada ao convite de Deus, representado na figura do Rei, para participar de um banquete das núpcias. O convite tem três características fundamentais: a gratuidade, a extensão e a universalidade”.

São três características que nos revelam a bondade de Deus para connosco, a gratuidade da sua amizade, a alegria, a salvação, não obstante o facto que muitas vezes nós não acolhemos os seus dons e colocamos em primeiro lugar as nossas preocupações materiais, os nossos interesses...(Fonte)

 
 
Os ricos e os acomodados na religião dizem não porque possuem outros “compromissos inadiáveis”;

 

2014-10-12 Rádio Vaticana

 Cidade do Vaticano - (RV) - Deus, o Rei por excelência, organiza a festa de casamento de seu Filho Jesus com a Humanidade, que apesar de ter perdido a beleza original por causa das guerras, das injustiças cometidas, das lágrimas amargas que provocou em tantas pessoas, continua a ser muito amada por seu noivo.
Por ocasião das núpcias, o Pai oferece um grande banquete comemorativo. Ele envia os convites através de pessoas capacitadas para isso: são os Profetas do Antigo Testamento, os Apóstolos do Novo Testamento e aqueles homens e mulheres que recebem essa missão. Os homens do mundo inteiro, sem distinção, são os convidados.
Os ricos e os acomodados na religião dizem não porque possuem outros “compromissos inadiáveis”; os pobres e os pecadores respondem sim, não porque não tenham compromissos, mas porque sabem que esse convite de Deus é gratuito.
Essas respostas deveriam provocar em nós a abertura de nossas comunidades a qualquer tipo de pessoa, especialmente aos que são rejeitados.
Podemos aprender dessa parábola que o Reino de Deus não fracassa por causa da recusa das elites em construir uma sociedade justa e fraterna. Os convivas que são arrancados da festa e colocados na rua são aqueles que não estão com a roupa da justiça, ou seja, revestidos com ações de justiça.
Como anda o meu guarda-roupa espiritual? Quais as obras de justiça que tenho praticado? Como andam minhas atitudes de afeto? Voltadas para os demais, descentralizadas de minha pessoa ou sendo compensação afetiva de uma pseudo caridade?
Nenhum de nós é perfeito, é santo. Quanto mais nos aproximamos de Deus, de Sua luz, mais enxergamos nossos limites e defeitos.
Essa foi a experiência de grandes santos, de muitos místicos, que – justamente por causa desta proximidade com o divino – se sentiam grandes pecadores!
Por outro lado, se a humildade nos leva a enxergar nossas qualidades e dons, ela também nos leva a atribuí-las à generosidade de Deus. Tudo é dom! Tudo é bondade do Senhor!
Esses dons, esses atributos fazem parte do convite que Deus nos faz para o banquete das bodas eternas.Só aceita o convite de Deus aqueles que estão em sintonia com o Reino de Justiça, de Amor e de Paz. Essas pessoas sempre estarão vestidas adequadamente porque, naturalmente, praticam obras de justiça. A qualquer hora podem ingressar no recinto do banquete, não importa o momento da vida em que são chamadas!
Estejamos preparados para o banquete nupcial do Cordeiro! Será sempre o Amor aquele que nos vestirá adequadamente para as núpcias! (Fonte)

 

 

O exame de consciência

2014-10-10 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou uma Santa Missa, na manhã desta sexta-feira, na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano.

Em sua homilia, o Papa partiu do Evangelho do dia, dizendo que o demônio jamais deixa de tentar o homem. Para que o mal não entre em nosso coração, - recordou – há uma prática antiga, mas muito eficaz e conhecida: o exame de consciência. O tentador tem sempre paciência e não deixa em paz a nossa alma, que quer toda para si.

De fato, depois das tentações no deserto, quando Jesus foi atormentado pelo demônio, Lucas afirma que o demônio deixou de tentar Jesus, por certo tempo, mas, depois, durante a vida terrena, voltou a importuná-lo várias vezes, colocando-o à prova e preparando-lhe armadilhas até à Paixão e morte na Cruz: “Se és o Filho de Deus, desça da cruz e volte entre nós, para que possamos acreditar". (Fonte)

 

 

o amigoo Pai e o dom.

2014-10-09 Rádio Vaticana

Na vida – observou ainda Francisco – existem amigos ‘de ouro’, que realmente dão tudo; e outros ‘mais ou menos’ bons. E isso ensina se formos inoportunos e intrometidos, a relação de amizade fará com que sejamos atendidos”, disse o Papa, citando o trecho do Evangelho.

“Assim – prosseguiu Francisco – não só o amigo que nos acompanha em nossas vidas nos ajuda e nos dá o que lhe pedimos: também o Pai do Céu nos ama tanto. Jesus queria despertar a confiança na oração, e disse: “Peçam e lhes será dadobusquem e achareisbatam e se abrirá; porque quem pede, recebe; quem procura, encontra; e a quem bate, será aberto. Isto – afirmou o Papa – é a oração: pedirtentar entender, bater à porta do coração de Deus. E o Pai dará o Espírito Santo a quem lhe pedir”.

“Este é o verdadeiro dom, este é o ‘algo mais’ de Deus. Deus jamais te dará um presente assim, sem alguma coisa que o torne mais bonito. O que Deus nos dá ‘a mais’ é o Espírito: é o verdadeiro dom do Pai é o que a oração não ousa esperar”.
“A oração – concluiu o Pontífice – se faz com o amigo, o companheiro de caminho da vidase faz com o Pai e no Espírito Santo. O amigo é Jesus”:
“É Ele que nos acompanha e nos ensina a rezar; e a nossa oração deve ser assim, trinitária. Às vezes dizem: ‘Creio em Deus’. Mas Deus não existe! Existe o Pai, o Filho e o Espírito Santo: são pessoas, não são uma idéia no ar... Este Deus-spray não existe! Existem pessoas! Jesus é o companheiro de caminho que nos dá o que pedimos; o Pai que cuida de nós e nos ama, e o Espírito Santo é o dom, é o ‘algo mais’ que nos dá o Pai, aquilo que a nossa consciência não ousa esperar”. (Fonte)

 

...Esquecemos as coisas, vivemos o momento e depois esquecemos a história. 

2014-10-07 Rádio Vaticana


Na missa de terça-feira, dia 7 de outubro, na Capela da Casa de Santa Marta, o Papa Francisco na sua homilia deixou clara uma mensagem concreta: rezar é fazer memória.
Tomando como inspiração a leitura do dia em que S. Paulo aos Gálatas faz memória da sua vida, recordando as suas atitudes e não escondendo os seus pecados, o Santo Padre considerou não ser este um hábito muito comum nas nossas vidas: fazer memória não esquecendo a história.
“Este hábito de fazer memória da nossa vida não é muito comum entre nós. Esquecemos as coisas, vivemos o momento e depois esquecemos a história. E cada um de nós tem uma história: uma história de graça, uma história de pecado, uma história de caminho, tantas coisas... E faz bem rezar com a nossa história.”
Fazer memória sobre a nossa vida é dar glória a Deus – afirmou o Santo Padre. S. Paulo tinha vaidade só de duas coisas: dos seus pecados e da graça de Deus. Esta é a memória que nós somos convidados por Jesus a fazer – afirmou o Papa Francisco:
“Fazer memória da nossa escolha, aquela que Deus fez sobre nós. Fazer memória do nosso caminho de aliança. Esta aliança foi respeitada, ou não? Somos pecadores e fazemos memória, fazer memória da promessa que faz Deus e que nunca desilude, que é a nossa esperança. Esta é a verdadeira oração.” (RS) 

 

 

"Tantos projetos, exceto para os próprios pecados, mas tantos, tantos projetos de desumanização do homem, são obra dele, simplesmente porque odeia o Homem."

2014-10-06 Rádio Vaticana


Dia 29
Satanás apresenta as coisas como boas, mas quer destruir a humanidade – esta a principal mensagem do Papa Francisco em Santa Marta na segunda-feira, dia 29, dia em que a Igreja celebra os Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael...

(Fonte)

 

 

Domingo dia Senhor!!!

Sínodo

2014-10-05 Rádio Vaticana

Nas leituras de hoje, é usada a imagem da vinha do Senhor tanto pelo profeta Isaías como pelo Evangelho. A vinha do Senhor é o seu «sonho», o projecto que Ele cultiva com todo o seu amor, como um agricultor cuida do seu vinhedo. A videira é uma planta que requer muitos cuidados!

O «sonho» de Deus é o seu povo: Ele plantou-o e cultiva-o, com amor paciente e fiel, para se tornar um povo santo, um povo que produza muitos e bons frutos de justiça. Mas, tanto na antiga profecia como na parábola de Jesus, o sonho de Deus fica frustrado. Isaías diz que a vinha, tão amada e cuidada, «produziu agraços» (5, 2.4), enquanto Deus «esperava a justiça, e eis que só há injustiça; esperava a rectidão, e eis que só há lamentações» (5, 7). Por sua vez, no Evangelho, são os agricultores que arruínam o projecto do Senhor: não trabalham para o Senhor, mas só pensam nos seus interesses.

Através da sua parábola, Jesus dirige-se aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, isto é, aos «sábios», à classe dirigente. Foi a eles, de modo particular, que Deus confiou o seu «sonho», isto é, o seu povo, para que o cultivem, cuidem dele e o guardem dos animais selvagens. Esta é a tarefa dos líderes do povo: cultivar a vinha com liberdadecriatividade diligência.

Mas Jesus diz que aqueles agricultores se apoderaram da vinha; pela sua ganância soberba, querem fazer dela aquilo que lhes apetece e, assim, tiram a Deus a possibilidade de realizar o seu sonho a respeito do povo que Ele escolheu. A tentação da ganância está sempre presente. Encontramo-la também na grande profecia de Ezequiel sobre os pastores (cf. cap. 34), comentada por Santo Agostinho num famoso Discurso que lemos, ainda nestes dias, na Liturgia das Horas. ganância de dinheiro e de poder. E, para saciar esta ganância , os maus pastores carregam sobre os ombros do povo pesos insuportáveis, que eles próprios não põem nem um dedo para os deslocar (cf. Mt 23, 4).

Também nós somos chamados a trabalhar para a vinha do Senhor, no Sínodo dos Bispos. As assembleias sinodais não servem para discutir ideias bonitas e originais, nem para ver quem é mais inteligente… Servem para cultivar e guardar melhor a vinha do Senhor, para cooperar no seu sonho, no seu projecto de amor a respeito do seu povo . Neste caso, o Senhor pede-nos para cuidarmos da família, que, desde os primórdios, é parte integrante do desígnio de amor que ele tem para a humanidade. A nós também nos pode vir a tentação de «nos apoderarmos» da vinha, por causa da ganância que nunca falta em nós, seres humanos. O sonho de Deus sempre se embate com a hipocrisia de alguns dos seus servidores. Podemos «frustrar» o sonho de Deus, se não nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo. O Espírito dá-nos a sabedoria, que supera a ciência, para trabalharmos generosamente com verdadeira liberdade e humilde criatividade.

Irmãos, para cultivar e guardar bem a vinha, é preciso que os nossos corações e as nossas mentes sejam guardados em Cristo Jesus pela «paz de Deus que ultrapassa toda a inteligência», como diz São Paulo (Flp 4, 7). Assim, os nossos pensamentos e os nossos projectos estarão de acordo com o sonho de Deus: formar para Si um povo santo que Lhe pertença e produza os frutos do Reino de Deus (cf. Mt 21, 43).

‘Ao meu filho eles vão respeitar’.

O Senhor nos deu um belo mundo com recursos imensos e variados, além disso nos deu inteligência, capacidade de discernimento e sabedoria e tudo que é necessário para sermos seus colaboradores na criação de um mundo belo e feliz. O Senhor enviou seu Filho nas pessoas dos pobres, dos carentes, das crianças, dos idosos; e qual foi nossa resposta? Qual a resposta que demos?

2014-10-04 Rádio Vaticana

 Cidade do Vaticano - (RV) - Quando fazemos corretamente nossa obrigação, esperamos resultados positivos. Usamos nossa inteligência, nossos recursos e empregamos o melhor e da melhor forma.
Aí sentamos e esperamos os resultados que, de acordo com nossa idéia, tem de dar certo. Fizemos o que devíamos e o fizemos da melhor forma. É esperar para usufruir do trabalho realizado. Mas para nossa surpresa o resultado não é o esperado, pelo contrário, é de péssima qualidade. O que fazer?A primeira leitura da liturgia deste domingo nos conta algo parecido. O proprietário de uma vinha faz tudo o que pode e o resultado é negativo. No caso, ele fica revoltado e destrói a vinha. O Profeta Isaías, autor desse texto, diz que Deus é o agricultor e nós somos a vinha. Deus colocou em nós e em nosso redor o melhor e nos mandou produzir bons frutos, mas na hora da colheita encontrou injustiça e opressão no lugar de obras de bondade e de solidariedade.
No Evangelho encontramos Jesus contando a parábola dos vinhateiros. O Senhor se encontra no Templo de Jerusalém, no meio dos doutores da Lei e lhes conta a parábola onde um proprietário plantou uma vinha, cercou-a e também construiu um lagar para produzir o vinho excelente que ele esperava obter. Arrendou a propriedade e viajou para o estrangeiro. Na época da colheita enviou seus empregados para receber seus frutos, contudo, os arrendatários maltrataram e feriram gravemente os enviados. Por fim, ele enviou seu filho com a esperança de que ele fosse respeitado, mas tal não aconteceu. O herdeiro foi morto. E o Senhor termina o relato perguntando o que o proprietário fará quando retornar. Os doutores da Lei responderam que o proprietário mandará matar, de modo violento, os assassinos, e entregará a vinha a outros arrendatários.
Jesus concluiu dizendo que o Pai irá entregar o Reino a um povo que produza frutos e não mais aos judeus, aqueles com quem foi realizada a primeira aliança, mas que crucificaram o herdeiro.
Quais são esses frutos que deverão ser produzidos? Como vimos na primeira leitura, os frutos são justiça bondade. Sem eles não se pode entrar no Reino de Deus.
O Pai, como bom agricultor, dedicou-se de modo excelente à sua vinha. Deu-lhe condições para produzir frutos de justiça e de direito. Mas a realidade encontrada foi outra. Também em nossa realidade, olhemos para nosso mundo, nossa cultura, nossa ciência, nosso progresso, nosso século.
Temos tudo para uma vida plena de justiça sem fomepobreza, sem guerras e destruições, mas não é assim nossa realidade. Já tivemos duas grandes guerras com mortes e destruições. Nossa sociedade, apesar de ter inúmeros restaurantes e colocar sobras de comida no lixo, tem uma imensa porcentagem de pessoas que passam fome, que é desnutrida; fazemos transplantes de órgãos de um modo impressionante, mas também é impressionante o número gigantesco de pessoas pobres que morrem por causa de um simples vírus; temos uma elite privilegiada que usufrui de todas as benesses de uma cultura ocidental, mas, ao mesmo tempo, temos um número ingente de pessoas que morrem por falta de atendimento médico, por desconhecerem cuidados elementares de higiene. Temos recursos econômicos, mas desaparecidos nas mãos dos administradores corruptos.
O Senhor nos deu um belo mundo com recursos imensos e variados, além disso nos deu inteligênciacapacidade de discernimento sabedoria e tudo que é necessário para sermos seus colaboradores na criação de um mundo belo feliz. O Senhor enviou seu Filho nas pessoas dos pobres, dos carentes, das crianças, dos idosos; e qual foi nossa resposta? Qual a resposta que demos?
“Pecador, ainda é tempo!”, assim fala um antigo canto penitencial. Ainda é tempo de mudança, tempo de conversão, tempo de entregar a Deus os frutos por Ele desejados. Deixemos nosso coração falar mais alto e construamos um mundo de justiça e fraternidade: Minhas capacidades para Deus, para um mundo mais justo e mais irmão!CAS  Veja

 

 

"...De que as palavras, às vezes, são até desnecessárias..."

Sínodo: Papa espera inteligência, coragem e amor...

2014-10-04 Rádio Vaticana

O Papa Francisco é o primeiro a convocar uma assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos desde 1985 e espera que a terceira reunião deste género promova uma “pastoral inteligente, corajosa e cheia de amor” por todas as famílias.

A temática escolhida para esta reunião magna de representantes dos episcopados católicos, com novo encontro marcado para 2015, foi abordada pelo Papa em várias ocasiões nos últimos meses, com destaque para o consistório extraordinário que reuniu cerca de 185 cardeais no Vaticano, entre 20 e 21 de fevereiro deste ano.Francisco sublinhou que a família é “a célula fundamental da sociedade humana”, convidando os participantes nesta reunião a ter “sempre presente a beleza da família e do matrimónio”, evitando a “casuística”...Leia mais!

 

 

Jesus é nosso Salvadornão um  "líder" do povo...

2014-10-03 Rádio Vaticana

 

“Eu creio que Jesus é o Mestre que nos ensina a salvação, ou vou a todos os lugares para alugar um guru que me ensine outra? Um caminho mais seguro ou me refugio sob o teto das prescrições e dos muitos mandamentos feitos por homens? E então eu me sinto seguro com isso - é um pouco difícil dizer isso – segurança, compro a minha salvação, que Jesus dá de graça com a gratuidade de Deus? Vão nos fazer bem hoje essas perguntas. E a última: eu resisto à salvação de Jesus?”.

 ...salvação trazida por Jesus. Salvação que, ao contrário, para os líderes do povo se reduz essencialmente à realização dos 613 preceitos criados, afirma o Papa, pela “febre intelectual e teológica deles”:

...Nesta comparação, observou o Papa, se resume toda a história da salvação. Assim como rejeitaram e mataram os profetas antes dele, “porque eram incômodos”, estavam fazendo o mesmo com Jesus. “É o drama da resistência em ser salvo”, provocado pelos líderes do povo:

“É justamente a classe dirigente aquela que fecha as portas ao modo com o qual Deus quer nos salvar. E assim se entendem os diálogos de Jesus com a classe dirigente do seu tempo: brigam, o colocam à prova, pregam armadilhas para ver se cai, porque é a resistência em ser salvo. Jesus diz a eles: ‘Mas eu não os compreendo! Vocês são como aquelas crianças: tocamos a flauta e não dançaram; cantamos uma lamentação e não choraram. Mas o que querem?’; ‘Queremos fazer a salvação do nosso modo!’. É sempre este fechamento ao modo de Deus”.

Uma atitude que o Papa Francisco difere daquela do “povo crente” que, segundo ele, entende e “aceita” a salvação trazida por Jesus. Salvação que, ao contrário, para os líderes do povo se reduz essencialmente à realização dos 613 preceitos criados, afirma o Papa, pela “febre intelectual e teológica deles”: ...Leia...

 

Ninguém caminha sozinho

...Duas imagens: o menino e o anjo. "Aqueles que estão mais próximos da atitude de uma criança, estão" mais perto da contemplação do Pai " e ouvem com o coração aberto e dócil o anjo da guarda – afirmou o Papa Francisco:
"Todos nós, de acordo com a tradição da Igreja, temos um anjo connosco, que nos protege, faz-nos ouvir as coisas. Quantas vezes já ouvimos: 'Mas, isto ... eu deveria fazer assim, isto não está bem, tem cuidado … tantas vezes! É a voz deste nosso companheiro de viagem. Estejamos seguros que ele nos levará até ao fim da nossa vida com os seus conselhos e, por isso devemos escutar a sua voz e não rebelando-nos… Porque a rebelião, o desejo de ser independente, é algo que todos nós temos; é a soberba, aquela que teve o nosso pai Adão no Paraíso: a mesma. Não sejas rebelde: segue os seus conselhos"...leia mais@

Oração ao Anjo da Guarda

Santo Anjo do Senhor meu zeloso guardador já que a ti me confiou a piedade Divina:

hoje e sempre me governa, rege, guarda e ilumina. Amém.

Ou:

Anjo da Guarda, minha companhia, guardai a minha alma de noite e de dia.

...sempre!

 

 

...Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar-vos um caminho mais excelente...

...pra você!

Da autobiografia de Santa Teresa do Menino Jesus«No coração da Igreja eu serei o amor»

Não obstante a minha pequenez, quereria iluminar as almas como os Profetas, os Doutores, sentia a vocação de ser Apóstolo... Porque durante a oração estes desejos me faziam sofrer um autêntico martírio, abri as epístolas de São Paulo a fim de encontrar uma resposta... e encontrei esta frase que me confortou profundamente: Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar-vos um caminho mais excelente. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade.

Ao considerar o Corpo Místico da Igreja, não conseguira reconhecer-me em nenhum dos membros descritos por São Paulo; melhor, queria identificar-me com todos eles. A caridade ofereceu-me a chave da minha vocação. Compreendi que, se a Igreja apresenta um corpo formado por membros diferentes, não lhe falta o mais necessário e mais nobre de todos; compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que só o amor fazia actuar os membros da Igreja e que, se o amor viesse a extinguir-se, nem os Apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno.

Então, com a maior alegria da minha alma arrebatada, exclamei: Ó Jesus, meu amor! Encontrei finalmente a minha vocação. A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e este lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes: no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor; com o amor serei tudo; e assim será realizado o meu sonho  (Fonte)

 

... porque rezar é se tornar verdade diante de Deus.

 “Reza-se com a verdade; a verdadeira oração vem do coração, do momento que vivemos; é a oração dos momentos da escuridão, quando não vemos esperanças, não vemos o horizonte”.
“Muita gente, hoje, está na situação de Jó. Muita gente boa, como Jó, não entende o que lhe aconteceu, porque está assim. Muitos irmãos e irmãs estão sem esperança. Pensemos nas grandes tragédias, por exemplo, nestes nossos irmãos que por serem cristãos são expulsos de suas casas e ficam sem nada. ‘Senhor, eu acreditei em você. Por que? Crer foi uma maldição, Seenhor?’”
O Papa continuou convidando a pensar nos anciãos deixados de lado, nos doentes, nas pessoas sozinhas, em hospitais. A Igreja reza por todas estas pessoas, e também por nós, quando caminhamos pelas trevas. A Igreja assume esta nossa dor e reza. Mas nós, quando estamos sem doenças, sem fome, sem necessidades urgentes – advertiu – quando temos a escuridão na alma, pensamos que somos mártires e paramos de rezar. Alguns até dizem: ‘Não vou mais à Igreja! Francisco recordou que Santa Teresa do Menino Jesus, nos últimos meses de sua vida, tentava pensar no céu, dentro de si, como se uma voz lhe dissesse: ‘Não seja boba, não invente coisas; sabe o que te espera? Nada!’
"Tantas vezes passamos por esta situação, vivemos esta situação. E tanta gente que somente pensa em acabar no nada. E ela, Santa Teresa, orava e pedia força para seguir em frente, na escuridão. Isto se chama 'entrar na paciência'. A nossa vida é muito fácil, as nossas lamentações são lamentações de teatro. Diante das lamentações de tanta gente, de irmãos e irmãs que estão na escuridão, que quase perderam a memória, a esperança - que vivem aquele 'exílio de si mesmo', estão exilados também de si próprios - nada! E Jesus percorreu este caminho: da noite no Monte das Oliveiras até a última palavra na Cruz: 'Pai, porque me abandonaste?'".
Francisco, então, indicou duas "coisas" que podem servir. "Primeiro: preparar-se, para quando vier a escuridão", que talvez não será tão dura como foi para Jó, "mas teremos um tempo de escuridão. Preparar o coração para este momento". E segundo: "Rezar, como reza a Igreja, com a Igreja, por tantos irmãos e irmãs que sofrem o exílio de si próprios, na escuridão e no sofrimento, sem uma esperança palpável". É a oração da Igreja - concluiu - por estes 'Jesus sofredores', que existem por tudo". Leia mais...

 

    1. A divisão numa comunidade cristã constitui um pecado gravíssimo; é obra do diabo.

 

"Quero muito...
Quero muito ser honesta comigo mesma até a última gota.
Quero muito ver mais as qualidades que os defeitos de quem me cerca.
Quero muito entender que, para tudo, há seu tempo. Mas, quero entender e não, aceitar simplesmente.
Quero muito ser mais amiga dos meus amigos, surpreendendo positiva e construtivamente.
Quero muito entender que há pessoas interesseiras e pessoas interessantes, e entender exatamente a diferença, precocemente, antes que me firam.
Quero muito ter fé para fazer preces e agradecer antes de pedir. Sempre entendendo que a ordem dos pensamentos constrói ou destrói uma prece lúcida e leal.
Quero muito me aproximar da justiça, já que a injustiça é irmã da ingratidão.
Quero muito fazer amigos e respeitar meus não-amigos, sem que os veja como inimigos e algozes da minha vida. O poder da inimizade é muito grande para ser dado a qualquer pessoa.
Quero muito responder à altura os desafios da vida, e das pessoas que, conscientemente ou não, se esforçam para torná-la mais complexa que o suficiente, muitas vezes me tornando mais dura do que, naturalmente, sou.
Quero muito aprender a desconectar quando isso for essencial para retornar à minha essência.
Quero muito entender que meu corpo é meu templo e meu cérebro é merecedor de descanso.
Quero muito..."
FONTE
Cláudia Dornelles
art by Hsin-Yan Tseng

...pra sempre!

Por isso, a Igreja honra os Anjos, porque são aqueles que estarão na glória de Deus – estão na glória de Deus - porque defendem o grande mistério oculto de Deus, ou seja, que o Verbo veio em carne.”

 

2014-09-29 Rádio Vaticana

Satanás apresenta as coisas como boas, mas quer destruir a humanidade – esta a principal mensagem do Papa Francisco em Santa Marta nesta segunda-feira em que a Igreja celebra os Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

As leituras do dia apresentam-nos imagens muito fortes: o arcanjo Miguel e os seus anjos lutando contra "o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo" e "engana toda a terra habitada", mas é derrotado, como indicado no Livro do Apocalipse; e no Evangelho do dia descobrimos Jesus que diz a Natanael: "Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem." O Papa Francisco falou sobre a "luta entre Deus e o diabo": Leia aqui...

 

Amar é sair de si, a partir de onde o egoísmo começa a mostrar suas raízes e seus brotos.

2014-09-28 Rádio Vaticana

...O Profeta Ezequiel vai em defesa do Senhor dizendo que o Senhor não quer a morte do pecador, pois Ele é vida e, muito pelo contrário, o Senhor oferece a seu povo a oportunidade de um recomeço. Deus sempre está disposto a ajudar aqueles que, se convertendo, reconstroem a própria vida. “Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida; não morrerá,” nos fala a leitura...sempre mais

 

 

“ Sê leal e acabarás louco de amor a Deus”.

2014-09-27 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) - 

A Igreja da Albânia depois de décadas de sofrimento, vinte anos atrás conheceu a luz da liberdade, abandonou o longo inverno da perseguiçãodo silêncio de catacumba, imposto por um regime que se dizia ateu. A liberdade de um país que teve sua fé machucada pela opressão, tem hoje o rosto, o sorriso e a paz expressa pelos dois religiosos que deram seu testemunho diante do Papa e do mundo. Dois religiosos que, até o fim, contra a corrente, jamais abandonaram aquele amor que tudo consola, o amor a Jesus Cristo. São os rostos envelhecidos e os corpos curvados de padre Ernest Simoni, 84 anos e da irmã Marije Kaleta, 85 anos.

 

...A Albânia conheceu o horror da guerra e das perseguições, mas hoje percorre o caminho da paz , da convivência e da colaboração. O Pontífice deixou o país dos Bálcãs com um recipiente de cristal com terra deste país que deu ao mundo Madre Teresa de Calcutá, um presente entregue pelo primeiro-ministro em nome de todos os albaneses. Quase para recordar que o mundo da solidariedade moderna nasceu neste país, com aquela que se dizia “o lápis nas mãos de Deus”: ela o símbolo daquela abnegação que tanto Francisco prega.


O Papa chorou em terras albanesas, porque pôde ouvir da voz de mártires, que contaram as indizíveis atrocidades que o homem é capaz de fazer contra o homem... e falaram com a serenidade de alguém que encontrou a paz e recebeu o consolado de Deus. Assim o testemunho que chega do povo da Albânia e da sua história é precioso neste tempo em que o nome de Deus é usado para justificar a violência e o desvio do autêntico sentido da religião. (Silvonei José)

FONTE

 

 

2014-09-26 Rádio Vaticana

“passo a passo”, Jesus “nos prepara para entendê-lo”

...“É tanto o amor de Deus, é tão ruim o pecado, que Ele nos salva assim: com esta identidade na Cruz. Não se pode entender Jesus Cristo Redentor sem a Cruz: não se pode! Podemos até chegar a pensar que é um grande profeta, que faz coisas boas, é um santo. Mas o Cristo Redentor sem a Cruznão se pode entender. Mas os corações dos discípulos, os corações das pessoas, não estavam preparados para entendê-lo. Não haviam entendido as Profecias, não haviam entendido que justamente Ele era o Cordeiro para o sacrifício. Não estavam preparados”...leia mais!

 

 

 

Jesus compreende as nossas fraquezas, os nossos pecados; e nos perdoa, se nós nos deixarmos perdoar.

 

Uma história real de alguém que você conhece

 

..."Peçamos ao Senhor a graça de não sermos vaidosos, de sermos verdadeiros, com a verdade da realidade e do Evangelho”...

...“Os Padres egípcios do deserto diziam que a vaidade é uma tentação contra a qual devemos lutar toda a sua vida, porque sempre retorna para nos tirar a verdade. E para fazer entender isso diziam: é como a cebola, você a pega e começa a descascar - a cebola - e descasque a vaidade hoje, um pouco de vaidade amanhã e toda a vida vai descascando a vaidade para vencê-la. E no final você fica feliz: eu removi a vaidade, eu descasquei a cebola, mas o cheiro permanece em sua mão. Peçamos ao Senhor a graça de não sermos vaidosos, de sermos verdadeiros, com a verdade da realidade e do Evangelho”. ...Leia sempre!

... a força da Igreja não vem da sua capacidade organizativa nem das estruturas, mas do amor de Cristo.

...“Eles não são os vencidos, mas os vencedores. Seu heróico testemunho reflete o poder absoluto de Deus, que sempre consola seu povo, abrindo novos caminhos e horizontes de esperança. Isto tudo nos confirma que a força da Igreja não vem da sua capacidade organizativa nem das estruturas, mas do amor de Cristo. Este amor nos sustenta nas dificuldades e nos inspira bondade e o perdão, e demonstra a misericórdia de Deus...Leia sempre!

 

...Vivamos de modo digno deste dom que recebemos, a fim de não tornarmos inútil tão grande graça. 

...Somos verdadeiramente felizes, se pomos em prática o que ouvimos cantamos. De facto, o que ouvimos é a semente, e o que pomos em prática é o fruto da semente. Com esta introdução quero advertir a vossa caridade, para que não frequenteis a igreja de maneira infrutuosa, ouvindo tantas coisas boas e não praticando o bem. [...]

Na verdade, não havia anteriormente na nossa vida qualquer mérito que pudesse atrair a complacência e o amor de Deus... E Ele compadeceu-Se de nós e enviou o seu Filho para morrer, não pelos bons mas pelos maus, não pelos justos mas pelos ímpios. [...] Talvez se encontre alguém que ouse morrer por um homem de bem. Mas por um injusto, por um ímpio, por um iníquo, quem aceitaria a morte senão Cristo, que era de tal modo justo que pôde justificar os injustos? [...] Reflexão...

 

É simples”. 

Quando falta Deus numa sociedade, mesmo a prosperidade aparece acompanhada por uma terrível pobreza espiritual.

 

...Para ouvir a Palavra de Deus é suficiente abrir a Bíblia, o Evangelho. Mas estas páginas não devem ser lidas, mas ouvidas. “Ouvir a Palavra de Deus – repetiu o Papa – é ler e se perguntar: ‘O que ela diz ao meu coração? O que Deus está me dizendo, com estas palavras? E a nossa vida vai mudando”...Leia mais!

...pra você, sempre!

 
 “A vida cristã é simples: ouvir a Palavra de Deus e a por em prática; não se limitar a ‘ler’ o Evangelho, mas questionar-se sobre como suas palavras falam à nossa vida”. Este foi o ponto central da homilia do Papa Francisco, na missa da manhã desta terça-feira, 23, na Casa Santa Marta...