Ecce Homo

    Oração

Senhor nosso Bom Deus! Que o silêncio desse dia, nos leve a contemplar nossa salvação, adquirida por Vós, por um preço tão alto, Vossa Vida.

Fazei Senhor que a nossa vida seja a continuação da Vossa. Não permita Senhor que eu desvie de seu Caminho, sua Verdade e de sua Vida.

Dai-nos a Graça de participar, sempre, sempre mais da sua Vontade, desfaz de nossos caminhos, a inveja, o egoísmo, a devassidão, a imoralidade e toda a maldade. Enche-nos com Vossa Virtudes: a Oração, a Caridade, a Verdade,  a Fé...

Senhor hoje nesse silêncio te continuo a implorar Vossa Graça, ficai sempre conosco, sempre, sempre...Amém!  

 

Nem todas as palavras do mundo bastariam para exprimir o mistério desta Noite!

 "Caríssimos, consideremos a Ressurreição de Cristo:  de facto, como a sua Paixão significou a nossa vida antiga, assim a ressurreição é sacramento de vida nova... Acreditaste, foste baptizado:  a vida antiga morreu, morta na cruz, sepultada no Baptismo. Foi sepultada a vida antiga na qual viveste:  ressurja a nova. Vive bem:  vive de modo que tu vivas, para que quando morreres, não morras" ...(Sto Agostinho)

Cristo ressuscitou, Aleluia! Cristo, nosso Caminho, abriu-nos o caminho da vida!  Vivamos vida nova, porque agora nossa vida tem rumo, sentido e plenitude: na treva humana brilhou em Cristo a luz de Deus! 

     Feliz Páscoa! Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

     Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.

(Fonte)

 
Hoje, quando Isaac estava para entrar na noite da morte, pois nosso Pai Abraão tinha decidido sacrificá-lo a Deus, a luz brilhou e o Senhor disse: “Abraão, não estendas a mão contra o teu filho”! E Isaac viu a luz da vida (Gn 22,12)! 
 
Ainda hoje, nesta Noite, Deus, com o braço estendido, fez o seu povo atravessar o Mar Vermelho e deixar a escravidão de Faraó, no Egito (Ex 14,1-31).
 
Foi também hoje, nesta Noite bendita – nesta mesma Noite! –, que o Pai derramou seu Espírito Santo sobre o nosso Jesus que estava morto e O arrancou das trevas da morte, fazendo-O passar para a luz da plenitude da vida. 
 
Finalmente, numa noite como esta, num hoje como hoje, no meio da noite deste mundo em plena escuridão da história, o Pai enviará o Cristo ressuscitado, pleno de glória, e brilhará no meio da noite deste mundo, o Dia eterno, da glória eterna, na plenitude do Reino! E já não haverá mais noite, e o Cordeiro imolado e ressuscitado será nosso sol, nosso dia eterno (Ap 22,5).     
 
Todas estas noites que se transformam em dia de luz fulgurante se resumem e estão presentes misteriosamente nesta Noite de Páscoa! 
 
Porque nesta Noite Cristo ressuscitou, todas as noites da história da salvação e todas as noites deste mundo, e todas as noites da nossa vida e do nosso coração são transformadas em Dia pleno, Dia triunfante, Dia resplendente de glória! 
 
«A partir do momento em que nos deu o Seu Filho, que é a Sua única e definitiva Palavra, Deus disse-nos  tudo ao mesmo tempo e duma só vez, e nada mais tem a acrescentar» (S. João da Cruz).
 
 

 

"Eis o homem!”

...Entre as muitas pinturas que retratam o Ecce Homo, há uma que sempre me impressionou. É de Jan Mostaert, pintor flamengo do século XVI, e está na National Gallery de Londres. Tentarei descrevê-la. Ela nos ajudará a imprimir melhor na mente o episódio, já que o pintor transcreve fielmente, em cores, os dados do relato evangélico, especialmente do relato de Marcos (Mc 15,16-20).

...Então, indagará alguém, seguir a Cristo é sempre um resignar-se passivamente à derrota e à morte? Pelo contrário! "Tende coragem", disse Ele aos apóstolos antes da Paixão: "Eu venci o mundo" (Jo 16, 33). Cristo venceu o mundo vencendo o mal do mundo. A vitória definitiva do bem sobre o mal, que se manifestará no fim dos tempos, já aconteceu, de fato e de direito, na cruz de Cristo. "Esta é hora do juízo deste mundo" (Jo 12, 31). Desde aquele dia, o mal é o perdedor: tanto mais perdedor quanto mais parece triunfar.

 O mundo já foi julgado e condenado em última instância, com sentença inapelável.

Jesus derrotou a violência sem opor a ela uma violência maior ainda, e sim sofrendo-a e revelando toda a sua injustiça e inutilidade. Ele inaugurou um novo tipo de vitória, que Santo Agostinho resumiu em três palavras: “Victor quia victima” – “vencedor porque vítima”. Foi ao "vê-lo morrer assim" que o centurião romano exclamou: "Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus!" (Mc 15, 39). Os outros se perguntavam o que significava o alto brado que Jesus tinha dado ao morrer (Mc 15, 37). O centurião, que era experiente em lutas e lutadores, reconheceu de imediato que aquele era um grito de vitóriaviii. O problema da violência nos persegue, nos choca, inventando formas novas e espantosas de crueldade e de barbárie. 

Nós, cristãos, reagimos horrorizados à ideia de que se possa matar em nome de Deus. Alguém poderia objetar: mas a Bíblia também não está cheia de histórias de violência? Deus mesmo não é chamado de "Senhor dos Exércitos"? Não é atribuída a Ele a ordem de exterminar cidades inteiras? Não é Ele quem decreta, na Lei mosaica, numerosos casos de pena de morte?

Se tivessem dirigido a Jesus, durante a sua vida, esta mesma objeção, Ele certamente teria respondido o que respondeu sobre o divórcio: "Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas no princípio não foi assim" (Mt 19,8). Também sobre a violência, "no princípio não foi assim". O primeiro capítulo do Gênesis mostra um mundo onde a violência não é sequer pensável, nem dos seres humanos entre si, nem entre homens e animais. Nem sequer para vingar a morte de Abel, e assim punir um assassino, é lícito matar (cf. Gn 4, 15). (Fonte)

 

A CRUZ,

ÁPICE LUMINOSO DO AMOR DE DEUS
QUE NOS GUARDA

Chamados, também nós, a sermos guardiões por amor

MEDITAÇÕES 
preparadas por
Sua Excelência Reverendíssima
D. Renato Corti 
Bispo Emérito de Novara (Itália)

[AlemãoÁrabe, EspanholFrancêsInglêsItalianoPortuguês]

Adoramus te, Christe

Schola cantorum:

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi,
quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum.
Domine, miserere nobis.

 

...“a palavra que atravessa todas as meditações é custódia, guardar. ... a cruz é o vértice luminoso do amor de Deus que nos protege. Portanto parece-me que também nós somos chamados a ser protetores por amor para com o homem”.

A CRUZ ÁPICE LUMINOSO DO AMOR DE DEUS QUE NOS GUARDA

Chamados, também nós, a sermos guardiões por amor
 
... – disse  - e recordei também algum fato grave que se passa na nossa sociedade contemporânea e que vai na direção oposta àquela do guardaro mal cometido aos jovens, o abandono dos pobres, o esquecimento dos pilares da paz já evocados por João XXIII (a verdade, a justiça, a liberdade, o amor). Fala também de temas quentes que preocupam o mundo: da pena de  morte que deve ser abolida; da tortura que deve ser cancelada; da desumanidade para com os inocentes e de gente barbaramente assassinada;  do tráfico de pessoas. Mas fala também positivamente, das belíssimas experiências de quem leva a esperança: por exemplo as missionarias que resgatam as crianças-soldado e as reconduzem à sua dignidade”. (SP)

 

Adoração da Cruz: Descobrir Deus nos reveses da vida

 

 

 

Papa aos detentos : “Eu também preciso ser lavado pelo Senhor"

2015-04-02 Rádio Vaticana

Roma (RV) - Aplausos, beijos e abraços acolheram no final da tarde desta Quinta-feira Santa o Papa Francisco no complexo penitenciário de Rebibbia, zona leste de Roma, onde celebrou a Missa da Ceia do Senhor, com o rito do Lava-pés. Francisco chegou à Penitenciária pouco depois das 17h locais (meio-dia no Brasil) e se deteve por alguns momentos na parte interna do complexo, antes de entrar para celebrar a Santa Missa. No pátio o aguardavam mais de 300 detentos, o pessoal da polícia penitenciária, pessoal administrativo, os voluntários e capelães. O Pontífice cumprimentou quase um por um dos detentos, abraçando-os e beijando-os.

“Agradeço a todos vocês pela acolhida tão calorosa e sincera, muito obrigado!”, disse Francisco antes de entrar na Igreja do Pai-Nosso dentro do complexo penitenciário. (Fonte)

Lava-pés: o Papa no "porão" da humanidade

 

mandamento novo do Senhor.

É novo porque sempre será uma novidade para os homens, acostumados aos seus egoísmos e às suas rotinas".

 

"O modo como tratarmos servirmos os que nos rodeiam será o sinal pelo qual nos hão de reconhecer como discípulos do Senhor:"que vos ameis uns aos outros" Muitos querem saber se amam a Cristo e procuram sinais pelos quais possam descobri-Lo. O sinal que nunca engana é a caridade fraterna (...). 

Dou-vos um  mandamento novo: que vos ameis...É um mandamento novo porque são novos os seus motivos o próximo é uma coisa só com Cristo, e por isso é objeto de um especial amor do Pai. É um mandamento novo porque o Modelo é sempre atual.  É um mandamento novo porque estabelece relações novas entre os homensporque o modo de cumpri-lo será sempre novo: como eu vos ameis; porque se dirige a um povo novo e requer corações novos; porque estabelece os alicerces de uma ordem diferente e desconhecida até então. É novo porque sempre será uma novidade para os homens, acostumados aos seus egoísmos e às suas rotinas".

...Podemos perguntar-nos se procuramos não cometer faltas contra a caridade por pensamentos, palavras ou atos; se sabemos pedir desculpas quando tratamos mal a alguém; se temos manifestações de carinho com os que estão ao nosso lado: cordialidadeestimaumas palavras animadoras, a correção fraterna quando for necessária, o sorriso habitual e o bom humor, serviços que prestamos, preocupação verdadeira pelos problemas dos outros, pequenas ajudas que passam despercebidas.... (Fonte)

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos (Ioh XV, 13)

 

XIII ESTAÇÃO
Jesus é descido da cruz
A estrada régia da Igreja

V/. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
R/. Quia per sanctam Crucem tuam redemisti mundum.

... a vida não termina na pedra de um sepulcro. Vai além...

Quarta-feira, 1 de Abril: Audiência Geral com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro repleta de fiéis numa manhã primaveril em Roma.  Nesta audiência que decorre durante a Semana Santa o Papa concentrou a sua catequese no Tríduo Pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, ponto culminante de todo o ano litúrgico e da vida cristã, e que começa com a Missa “na Ceia do Senhor” na Quinta-feira Santa à tarde.
 
...“É um serviço, o serviço do testemunho cristão até o sangue. Serviço que nos fez Cristo. Este é o significado da expressão ‘está consumado’. Que belo será que todos nós, no final de nossa vida, com nossos erros, nossos pecados, com nossas boas obras, com nosso amor ao próximo, possamos dizer ao Pai: ‘Está consumado’. Certamente, não com a perfeição de Cristo, mas: “Senhor, fiz tudo o que pude”. Adorando a Cruz, olhando Jesus, pensemos no amor, no serviço, na nossa vida, nos mártires cristãos e nos fará bem pensar no final da nossa vida. Ninguém de nós sabe quando isso vai acontecer, mas podemos pedir a graça de poder dizer: Pai, fiz o que pude. Está consumado.(Fonte)

 

XI ESTAÇÃO
Jesus é pregado na cruz

A suprema cátedra do amor de Deus

V/. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
R/. Quia per sanctam Crucem tuam redemisti mundum.

O vosso Evangelho é a mais firme defesa do homem, de cada homem...

Vamos servir...

(Fonte)

 

 

...“Não posso responder à pergunta sobre o porquê, mas sublinhou que a fé em Deus ajuda quando não existem palavras”. 

“Há espaço para indignação e lamento a Deus” – disse o Cardeal Rainer Woelki, de Colônia – “quando um homem causa uma dor tão infinita a tanta gente”. (Fonte)

 
 

X ESTAÇÃO

Jesus despojado das vestes
A túnica

V/. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
R/. Quia per sanctam Crucem tuam redemisti mundum.

 

OREMOS

Os dois caminhos

«Feliz homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos; antes põe o seu enlevo na lei do Senhor e nela medita dia e noite. É como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz, é bem sucedido». Cf. Mt 27, 35.  (Fonte)

 

V ESTAÇÃO
O Cireneu ajuda Jesus a levar a cruz

Ao voltar do campo

V/. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
R/. Quia per sanctam Crucem tuam redemisti mundum.

«O amor e a verdade vão encontrar-se».

...Senhor Jesus, dissestes que «a felicidade está mais em dar do que em receber» (Act 20, 35). Tornai-nos disponíveis, também a nós, para cumprirmos a tarefa do «cireneu». Quem observar o nosso estilo de vida, sinta-se encorajado vendo-nos cultivar o que é belojustoverdadeiroessencial. Quem for frágil ver-nos-á humildes, porque, em muitos aspectos, também nós somos frágeisQuem receber de nós sinais de gratuidade, perceberá que nós mesmos temos mil motivos para dizer «obrigado». Mesmo quem não puder correr, poderá estar tranquilo porque nos é querido; encontrar-nos-á prontos a abrandar: não queremos deixá-lo para trás. (Fonte)

...Guarda e consola hoje, amanhã e sempre!

 

«O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de DeusPalavra encarnada. 

Jesus não redimiu o mundo com palavras bonitas, mas com o seu sofrimento e a sua morte. Esta sua paixão é a fonte inexaurível de vida para o mundo; a paixão dá força à sua palavra(Bento XVI).
 

I ESTAÇÃO
Jesus é condenado à morte


Intimidadetraiçãocondenação

«Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós (…). Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós... (Fonte)

 

Oração

Ó Pai, que quisestes salvar os homens com a morte do vosso Filho na Cruz, concedei-nos que, tendo conhecido na terra o seu mistério de amor, sejamos suas testemunhas, por palavras e obras, junto de todos aqueles que nos fazeis encontrar na vida diária. Por Cristo Senhor Nosso. Amen.

 

 

VIA-SACRA PRESIDIDA PELO PAPA FRANCISCO

COLISEU
ROMA, 3 DE ABRIL DE 2015

Via Crucis 2015 presieduta dal Santo Padre Francesco

A CRUZ,
ÁPICE LUMINOSO DO AMOR DE DEUS
QUE NOS GUARDA

Chamados, também nós, a sermos guardiões por amor

MEDITAÇÕES 
preparadas por
Sua Excelência Reverendíssima
D. Renato Corti 
Bispo Emérito de Novara (Itália)

[Árabe, FrancêsInglêsItalianoPortuguês]

INTRODUÇÃO

Adoramus te, Christe

Schola cantorum:

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi,
quia per sanctam crucem tuam redemisti mundum.
Domine, miserere nobis.

Santo Padre:

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

R/. Amen.

 

 

GAUDIUM ET SPES 

...a humildade é o antídoto ao mundanismo

 

«ROSTO DE CRISTO,ROSTO DO HOMEM»

III ESTAÇÃO

Jesus cai pela primeira vez
A fragilidade que nos abre ao acolhimento

...Mas nesta queda, cedendo ao peso e à fadiga, uma vez mais Jesus faz-Se Mestre de vida. Ensina-nos a aceitar as nossas fragilidades, a não desanimar com os nossos fracassos, a reconhecer com lealdade as nossas limitações: «Querer o bem – diz São Paulo – está ao meu alcance, mas realizá-lo, isso não» (Rm 7, 18).

Com esta força interior, que Lhe vem do Pai, Jesus ajuda-nos a acolher também as fragilidades dos outros; a não escandalizarmos contra quem está caído, a não ficar indiferente perante os que caem. E dá-nos a força para não fechar a porta a quem bate às nossas casas, pedindo asilo, dignidade e pátria. Cientes da nossa fragilidade, acolheremos no nosso meio a fragilidade dos imigrantes, para que encontrem apoio e esperança.

De facto, é na água suja da bacia do Cenáculo, isto é, na nossa fraqueza que se reflecte o verdadeiro rosto do nosso Deus! Por isso, «todo o espírito que confessa Jesus Cristo que veio em carne mortal é de Deus» (1 Jo 4, 2)...Leia mais!Ouça tmb!

 

“O amor é forte como a morte”, ...sempre!
 

Nós temos a possibilidade de tomar, neste dia, a decisão mais importante da vida, aquela que nos abre de par em par os portões da eternidade: acreditar!

Acreditar que "Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação" (Rm 4, 25)! Numa homilia pascal do século IV, o bispo proclamava estas palavras excepcionalmente contemporâneas e, de certa forma, existenciais: "Para cada homem, o princípio da vida é aquele a partir do qual Cristo foi imolado por ele. Mas Cristo se imola por ele no momento em que ele reconhece a graça e se torna consciente da vida que aquela imolação lhe proporcionou" (Homilia de Páscoa no ano de 387; SCh 36, p. 59 s.).

Semana Santa Mas o que quer dizer a Semana Santa para nós?

...entramos na Semana Santa, onde aprofundaremos nosso conhecimento no amor de Cristo por nós e, consequentemente seremos agraciados com mais amor. Que possamos chegar à Páscoa da Ressurreição mais assemelhados ao Cristo obediente!

“Verdadeiramente este homem era Filho de Deus”.

 
Jesus dividiu conosco as experiências dramáticas da vida!
...Ele chorou, pediu conforto ao Pai e que o consolasse. Marcos apresenta um Jesus fraco e que experimentou quão é exigente e difícil obedecer ao Pai. Por que Jesus não discutiu? Ele sabia que a sentença já estava decididaPor isso seu silêncio não demonstra covardia e sim, superioridade, não se perturbando com a calúnia, não se colocando no mesmo nível de seus acusadores, mas confiando na vitória final da verdade.Jesus não temeu a derrota, mas confiou plenamente no Pai. Leia mais!Ouça tmb...

«Bendito o que vem em nome do Senhor»

Às portas de Jerusalém quando Jesus sobe para um jumento, o animal símbolo da realeza davídica, explode espontaneamente entre os peregrinos a jubilosa certeza: Este é o Filho de David! Por isso saúdam Jesus com a aclamação messiânica: «Bendito o que vem em nome do Senhor», e acrescentam: «Bendito o Reino que vem, o Reino do nosso pai David! Hossana nas alturas!» (Mc 11, 9s). Não sabemos com precisão o que os peregrinos entusiasmados imaginavam que fosse o Reino de David que vem. E compreendemos nós verdadeiramente a mensagem de Jesus, Filho de David? Compreendemos nós o que é o Reino de que Ele falou durante o interrogatório de Pilatos? Compreendemos o que significa que o seu Reino não é deste mundo? Ou o nosso desejo não seria porventura o contrário: que fosse deste mundo? (Fonte)

“Tudo”, dizia o sábio do Antigo Testamento, “acontece para o justo e para o ímpio... Percebi que, sob o sol, em vez da lei existe a iniquidade, e, no lugar da justiça, a maldade” (Eclesiastes 3, 16; 9, 2). Em todos os tempos, de fato, viu-se a maldade triunfante e a inocência humilhada. Mas para que não se pense que no mundo não há nada de fixo e de certo, observa Bossuet, às vezes se vê o oposto, ou seja, a inocência no trono e a maldade no cadafalso. Mas o que o Eclesiastes concluía? "Então eu pensei: Deus julgará o justo e o ímpio, porque há um tempo para cada coisa" (Eclesiastes 3, 17). Ele encontra o ponto de observação que devolve a paz à alma.
 

O que o Eclesiastes não podia saber, mas que nós sabemos, é que esse juízo já aconteceu: “Agora”, diz Jesus, caminhando para a sua paixão, “é o julgamento deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo; e eu, quando for levantado da terraatrairei todos para mim" (Jo 12, 31-32).bEm Cristo morto e ressuscitado, o mundo chegou ao seu destino final. 

morte não é mais um muro contra o qual se parte toda esperança humana; ela se tornou uma ponte para a eternidade. Uma "ponte dos suspiros", talvez, porque ninguém gosta do fato de morrer, mas uma ponte, não mais um abismo que engole tudo. “O amor é forte como a morte”, diz o Cântico dos Cânticos (8,6). Em Cristo, ele é mais forte do que a morte!

 
ORAÇÂO.

...Ajudai-nos a acompanhar-Vos não somente com nobres pensamentos, mas a percorrer o vosso caminho com o coração, antes, com os passos concretos da nossa vida diária. Ajudai-nos para que sigamos com todo o nosso ser o caminho da cruz, e permaneçamos no vosso caminho para sempre.

Livrai-nos do medo da cruz, do medo perante o julgamento alheio, do medo de poder fugir-nos a nossa vida se não agarrarmos tudo o que ela nos oferece. Ajudai-nos a desmascarar as tentações que prometem vida, mas cujas ofertas no fim nos deixam apenas vazios e desiludidos. Ajudai-nos a não querer apoderarmo-nos da vida, mas a dá-la.

Ajudai-nos, acompanhando-Vos pelo percurso do grão de trigo, a encontrar, no «perder a vida», o caminho do amor, o caminho que verdadeiramente nos dá a vida, e vida em abundância (Jo 10, 10) Amém...

 
 

Muitos católicos afirmam que para ser cristão basta ir à missa aos domingosEntretanto, e nos recordam os nossos pastores, o compromisso vai além das portas da Igreja. O cristão que se diz cristão e age como tal é aquele que se preocupa com o próximo, olha para as suas necessidades, caminha ao lado, não aceita as injustiças.

A força da fé

...por você!..sempre.

Francisco já falou de cristãos de sofá, cristãos de museu, cristãos de fachada, cristãos de confeitaria, mas eu gosto de uma expressão que ajuda a refletir a dimensão da palavra, cristão: o cristão deve espalhar pelo mundo o sal que é dado pelo Senhor, fazendo com que a vida tenha seu verdadeiro sabor.
 
O sal dos cristãos deve fazer sentir o verdadeiro sabor da vida e não apenas o gosto do sal. “O sal tem sentido quando dá sabor às coisas. O sal mantido num recipiente, disse Francisco, com a humidade, perde força”. O sal que recebemos deve ser doado, para dar sabor. Do contrário, se torna insípido e não serve.

Mas o sal tem também outra particularidade: quando bem usado, todos nós sabemos, não se sente o seu gosto, sente-se o sabor do alimento: o sal ajuda que o alimento seja mais saboroso. Esta é a originalidade cristã!

De acordo com o Papa, o sal deve ser usado de duas formas: primeiro, dar o sal a serviço das refeições, ou seja, a serviço das pessoas, a serviço dos outros; segundoa transcendência para o autor do sal, o Criador, através da oração e da adoração. Ação oração...

Estamos para iniciar a Semana Santa, durante a qual meditaremos a PaixãoMorte Ressurreição de CristoVamos viver esta semana como verdadeiros cristãos, recordando-nos sempre de nossos irmãos que padecem por causa da fé. Confiemos no Senhor, pois a vida de um cristão só é possível através da fé n’Aquele que tudo pode e tudo faz.

E que a Páscoa de Cristo, para a qual nos preparamos nesta Quaresma, seja também para nós o início de uma vida nova, aberta ás sugestões do Espírito – a própria Ressurreição; Boa Semana Santa a todos. (Silvonei José)

(from Vatican Radio)

 

 

"Antes de te conhecer, eu não existia". (Hilário de Poitiers)

...por você!..sempre.

Jesus Cristo, OntemHoje Sempre...

...Era o final de uma manhã de primavera entre os anos 30 e 33 da nossa época. Numa estrada de Jerusalém – que nos séculos sucessivos receberia o nome emblemático de «Via Dolorosa» - acontecia um pequeno cortejo: um condenado à morte, escoltado por uma divisão do exército romano, se encaminhava, trazendo o patibulum, ou seja, o braço transversal da cruz cuja haste principal já estava colocada no alto, entre as pedras de um pequeno promontório rochoso chamado em aramaico Gólgota e em latim Calvário, isto é, «crânio».

... As sombras noturnas desceram sobre Roma como naquela noite sobre as casas e jardins de Jerusalém. Também nós nos aproximaremos das oliveiras do Getsêmani e começaremos a seguir os passos de Jesus de Nazaré nas últimas horas da sua vida terrena.

Será uma viagem na dor, na solidão, na crueldade, no mal e na morte. Mas, será igualmente um percurso na fé, na esperança e no amor, pois a sepultura da última etapa do nosso caminho não permanecerá selada para sempre.

Passadas as sombras, na alvorada da Páscoalevantar-se-á a luz da alegria, o silêncio será substituído pela palavra de vida, à morte sucederá a glória da ressurreição.

Senhor Jesus concedei-nos as lágrimas que no momento não possuímos, para lavar os nossos pecados. Dai-nos a coragem de suplicar a vossa misericórdia. No dia do último juízo, arrancai as páginas que enumeram os nossos pecados e fazei que não existam mais (1).

Senhor Jesus, vós repetis também para nós, nesta noite, as palavras que um dia dissestes a Pedro: «Segue-me». Obedecendo ao vosso convite, queremos seguir-vos, passo a passo, no caminho da vossa Paixão, para também nós aprendermos a pensar segundo Deus e não segundo os homens. Amém.

(1) Nil Sorkij (1433-1580), da Orazione Penitenziale.

...Na sua "História Eclesiástica do Povo Inglês", Beda, o Venerável, relata como a fé cristã chegou até o norte da Inglaterra. Quando os missionários vindos de Roma chegaram a Northumberland, o rei do lugar convocou um conselho de notáveis ​​para decidir se permitia ou não que eles divulgassem a nova mensagem. Alguns dos presentes foram a favor, outros contra. Era um inverno rigoroso, açoitado pela nevasca lá fora, mas a sala estava iluminada e aquecida. Em dado momento, um pássaro entrou por um buraco na parede, pairou assustado na sala e desapareceu por outro buraco, na parede oposta. Então, levantou-se um dos presentes e disse: “Rei, a nossa vida neste mundo é como aquele pássaro. Viemos não sabemos de onde, desfrutamos por um breve instante da luz e do calor deste mundo e depois desaparecemos de novo na escuridão, sem saber para onde estamos indo. Se estes homens podem nos revelar alguma coisa do mistério da nossa vida, devemos ouvi-los”.

A fé cristã poderia voltar ao nosso continente e ao mundo secularizado pela mesma razão por que já entrou nele antes: como a única que tem uma resposta segura para dar às grandes questões da vida e da morte...

 

Esta era a última etapa de uma história conhecida por todos, em cujo centro se destaca a figura de Jesus Cristo, o homem crucificado e humilhado e o Senhor ressuscitado e glorioso. Uma história iniciada no silêncio profundo da noite precedente, junto das oliveiras de um jardim denominado Getsêmani, isto é «lagar para as azeitonas».

Uma história que se desenrolou de modo acelerado nos palácios do poder religioso e político e que se concluiu por uma condenação à pena capital. Até mesmo a sepultura, oferecida generosamente por um proprietário chamado José de Arimatéia, que não teria concluído a vicissitude daquele condenado, como aconteceu para tantos corpos martirizados no cruel suplício da crucifixão, destinado pelos romanos ao julgamento dos revolucionários e dos escravos.

Teria havido uma etapa posterior, surpreendente e inesperada: aquele condenado, Jesus de Nazaré, revelou de modo fulgurante uma outra sua natureza sob o perfil do seu rosto e do seu corpo de homem, o ser Filho de Deus. A cruz e a sepultura não foram o destino final daquela história, mas sim a luz da sua ressurreição e da sua glória.Como cantaria poucos anos depois o apóstolo Paulo, aquele que se despojou do seu poder, tornando-se impotente e fraco como os homens e humilhando-se até à morte infame por crucifixãofoi exaltado pelo Pai divino que o tinha constituído Senhor da terra e do céu, da história e da eternidade (cf. Carta aos Filipenses 2, 6-11). (Fonte)

 

Para o Fr. Cantalamessa, este é o campo em que é mais necessário para os latinos dirigirem seu olhar para o Oriente, “a fim de enriquecer e, em parte, corrigir o nosso modo difuso de conceber a redenção operada por Cristo”...Leia Mais.

 
 
 
 
 

"Aceitar o estilo divino de salvação"...24-03-2015 Rádio Vaticana

...é a fé em Jesus que dá alegria, não a doutrina fria...26-03-2015 Rádio Vaticana

...onde não há misericórdia não há justiça

“Queria somente dizer uma das palavras mais bonitas do Evangelho que me comove tanto: ‘Ninguém te condenou?’ – ‘Não, ninguém, Senhor’ – ‘Tampouco eu te condeno’. Tampouco eu te condeno: uma das palavras mais bonitas porque está cheia de misericórdia”.
 

 

Responsório (Sl 22)

— Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.

— Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!

— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo, com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.

— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.

(Fonte)

... Santo Agostinho pôs em evidência como o homem se move espontaneamente, e não constrangido, quando encontra algo que o atrai e nele suscita desejo. Perguntando-se ele, uma vez, sobre o que poderia em última análise mover o homem no seu íntimo, o santo bispo exclama: « Que pode a alma desejar mais ardentemente do que a verdade? » (2) De facto, todo o homem traz dentro de si o desejo insuprimível da verdade última e definitiva. Por isso, o Senhor Jesus, « caminhoverdade vida » (Jo 14, 6), dirige-Se ao coração anelante do homem que se sente peregrino e sedento, ao coração que suspira pela fonte da vida, ao coração mendigo da Verdade. Com efeito, Jesus Cristo é a Verdade feita Pessoa, que atrai a Si o mundo. « Jesus é a estrela polar da liberdade humana: esta, sem Ele, perde a sua orientação, porque, sem o conhecimento da verdade, a liberdade desvirtua-se, isola-se e reduz-se a estéril arbítrio. Com Ele, a liberdade volta a encontrar-se a si mesma ».(3) No sacramento da Eucaristia, Jesus mostra-nos de modo particular a verdade do amor, que é a própria essência de Deus. Esta é a verdade evangélica que interessa a todo o homem e ao homem todo. Por isso a Igreja, que encontra na Eucaristia o seu centro vital, esforça-se constantemente por anunciar a todos, em tempo propício e fora dele (opportune, importune: cf. 2 Tm 4, 2), que Deus é amor.(4) Exactamente porque Cristo Se fez alimento de Verdade para nós, a Igreja dirige-se ao homem convidando-o a acolher livremente o dom de Deus.

SACRAMENTUM CARITATIS

 
1. Sacramento da Caridade, (1) a santíssima Eucaristia é a doação que Jesus Cristo faz de Si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. Neste sacramento admirável, manifesta-se o amor « maior »: o amor que leva a « dar a vida pelos amigos » (Jo 15, 13). De facto, Jesus « amou-os até ao fim » (Jo 13, 1)...
 
 

Domingo dia do Senhor!!! 

 

"QUEREMOS VER JESUS.” Este é o desejo dos discípulos gregos de João Batista ao se dirigirem a Filipe e, certamente também nosso. Quando Filipe André levaram esse desejo ao Senhorescutaram a seguinte declaração: “Quem se apega à sua vida, perde-a; Se alguém me quer servir, siga-me.” 

...Quando os gregos pediram para ver Jesus, estavam pedindo para ver a Vida e a Vida se apresentou a eles como serviçoentregadoação.

Ver Jesus, encontrar Jesus são atos libertadores, atos de vida...

 

  1. vida diz que ela não se coaduna com a morte e nem com seus sinais, ou seja, egocentrismopersonalismo, e seus familiares.
  2. Aceitamos renúnciasabnegações para que a vida do outro seja mais saudável e feliz?
  3. Como é nossa relação conjugalfamiliar e de amizade? É relação libertadora, de doação, de crescimento ou nós a privatizamos e subordinamos o outro às nossas necessidades e caprichos, ou nós aos dele?