Liturgia Dominical

 


Testemunho de Fé é o programa semanal em que o Padre Paulo Ricardo faz um comentário exegético-espiritual das leituras da Liturgia Dominical. É uma fonte de aprofundamento no conhecimento da Palavra proclamada na Santa Missa.

Falar de Deus e falar com Deus são duas acções que devem andar sempre juntas. O anúncio de Deus orienta para a comunhão com Deus na comunhão fraterna, fundada e vivificada por Cristo. Portanto a liturgia (os sacramentos) não é um tema paralelo à pregação do Deus vivo, mas a concretização da nossa relação com Deus. Neste contexto, seja-me permitida uma observação geral sobre a questão litúrgica. O nosso modo de celebrar a liturgia com frequência é demasiado racional. A liturgia torna-se ensinamento, cujo critério é:  fazer-se compreender a consequência é com frequência a banalização do mistério, o prevalecer das nossas palavras, a repetição das fraseologias que parecem mais acessíveis e mais agradáveis ao povo. Mas isto é um erro não só teológico, mas também psicológico e pastoral. A onda do exoterismo, a difusão de técnicas asiáticas de distensão e auto-esvaziamento mostram que nas nossas liturgias falta algo.

"Precisamente no nosso mundo de hoje precisamos do silêncio, do mistério supra-individual, da beleza. A liturgia não é invenção do sacerdote celebrante ou de um grupo de especialistas; a liturgia (o "rito") cresceu num processo orgânico ao longo dos séculos, leva em si o fruto da experiência de fé de todas as gerações. Mesmo se os participantes talvez não entendam todas as palavras, compreendem o significado profundo, a presença do mistério, que transcende todas as palavras. O celebrante não é o centro da acção litúrgica; o celebrante não está em frente do povo em seu nome não fala se si nem para si, mas "in persona Christi". Não contam as capacidades pessoais do celebrante, mas unicamente a sua fé, na qual se Cristo se torna transparente.(Bento XVI) "Ele deve crescer e eu diminuir" (Jo 3, 30).

A inteligência sem amor te faz perverso. A justiça sem amor te faz implacável. A diplomacia sem amor te faz hipócrita. O êxito sem amor te faz arrogante. A riqueza sem amor te faz avarento. A docilidade sem amor te faz servil. A pobreza sem amor te faz orgulhoso. A beleza sem amor te faz ridículo. A autoridade sem amor te faz tirano. O trabalho sem amor te faz escravo. A simplicidade sem amor te deprecia. A lei sem amor te escraviza. A política sem amor te deixa egoísta. A vida sem AMOR... não tem sentido. Fonte (Livro Àgape pag 90) Pe Marcelo Rossi.

Deus é AMOR...