...o amor sempre se comunica, tende sempre à comunicação; nunca ao isolamento! Sempre...

 
...Inesquecível, histórico, emocionante, revolucionário: todos os adjetivos para os bolivianos são poucos para descrever a visita do Papa Francisco...
 
Rafael Correa – “Toda a visita foi muito interessante: as missas e as palavras que Papa Francisco dirigiu ao povo equatoriano são mensagens muito fortes, muito importantes...”
RF – “Para mim, sinceramente, o discurso mais importante foi aquele que pronunciou na Igreja de São Francisco, quando falou da gratuidade, quando disse que recebemos tudo gratuitamente e, por isso, precisamos doar gratuitamente. Falou dos excluídos da sociedade, falou das pobrezas, das riquezas que precisam ser compartilhadas. Enfim, foi muito importante.”... Ouça tmb
 
...“Agradeço o carinho do povo boliviano e agradeço esta fineza, esta delicadeza do presidente. Deixo estas duas condecorações à Padroeira da Bolívia, à Mãe desta nobre nação para que Ela se lembre sempre de seu povo, do Sucessor de Pedro e toda a Igreja, e cuide da Bolívia”, frisou o Papa.

O pontífice pediu à virgem que do seu Santuário em Copacabana ouça os apelos e as necessidades de seus filhos, especialmente os mais pobres e abandonados, e que os proteja...

Pediu à virgem para que escute e conforte o coração de seus filhos e que manifeste a toda Bolívia sua ternura de mulher e Mãe de Deus...Leia mais!
 
 
Cristo abre-nos o caminho da misericórdia, que se baseia na justiça mas vai mais longe e ilumina a caridade, de modo que ninguém fique à margem desta grande família que é o Paraguai, ao qual amais e quereis servir...
 
...Queridos amigos, nesta vontade de serviço e trabalho pelo bem comum, devem ocupar um lugar prioritário os pobres e necessitados. Muitos esforços estão a ser feitos para que o Paraguai avance no caminho do crescimento económico. Deram-se passos importantes no campo da educação e da saúde. Que o esforço de todos os agentes sociais não cesse até que deixe de haver crianças sem acesso à educaçãofamílias sem teto, operários sem trabalho digno, camponeses sem terras para cultivar e pessoas obrigadas a emigrar para um futuro incerto; deixe de haver vítimas da violência, da corrupção ou do narcotráfico. Um desenvolvimento económico que não tem em conta os mais fracos e desfavorecidos não é verdadeiro desenvolvimento. A medida do modelo económico deve ser a dignidade integral do ser humano, especialmente dos mais vulneráveis e indefesos...Leia mais!
 
 
 

«Os que estão fora, quer queiram quer não, são nossos irmãos» Manifestai diante de Deus em seu favor a mais profunda caridade.

Dos comentários de Santo Agostinho, bispo, sobre os salmos
(Ps. 32, 29: CCL 38, 272-273) (Sec. V)

Irmãos, nós vos exortamos ardentemente à caridade, não só para convosco, mas também para com aqueles que estão fora, quer se trate de pagãos, que ainda não acreditam em Cristo, quer se trate dos que estão separados de nós, que acreditam na Cabeça da Igreja como nós, mas estão separados do Corpo. Tenhamos compaixão deles, que são nossos irmãos. Quer queiram quer não, são nossos irmãos. Só deixarão de ser nossos irmãos, se deixarem de dizer: Pai nosso.

A propósito de alguns diz o Profeta: Àqueles que vos dizem: «Não sois nossos irmãos», respondei: «Sois nossos irmãos». [...] E por isso querem baptizar-nos de novo, afirmando que nós não temos o que eles dão. Daí vem o seu erro, ao negarem que somos seus irmãos. Mas por que motivo nos disse o Profeta: Dizei-lhe: sois nossos irmãos, senão porque reconhecemos o seu baptismo, e por isso não o repetimos? Por conseguinte, porque não reconhecem o nosso baptismo, eles negam que somos seus irmãos; nós, porém, não repetindo o baptismo deles, mas reconhecendo-o como o nosso, dizemos-lhes: Sois nossos irmãos.

Poderão eles dizer: «Porque nos procurais? Que quereis de nós?». Respondemos: Sois nossos irmãos. Poderão dizer: «Afastai-vos de nós; não temos nada de comum convosco». Mas nós temos algo de comum convosco: reconhecemos um só Cristo, devemos estar num só Corpo, sob uma só Cabeça.

Por isso, nós vos conjuramos, irmãos, pelas entranhas da caridade de cujo leite nos alimentamos e com cujo pão nos fortalecemos, nós vos conjuramos por Cristo, Nosso Senhor, pela sua mansidão: usemos para com eles de grande caridade e abundante misericórdia, rezando a Deus por eles, para que lhes conceda finalmente o sentido de prudência sabedoria, para que reflictam e compreendam que não podem de modo algum opor-se à verdade; só lhes resta a fraqueza da sua animosidade, que é tanto mais débil quanto mais forte se crê.

Oremos por esses homens débeis, sábios segundo a carne, cativos das paixões humanas, mas que são, apesar de tudo, nossos irmãos; eles celebram os mesmos sacramentos, embora os não celebrem connosco, mas que são na realidade os mesmos sacramentos; eles respondem o mesmo Amen, embora não connosco, mas que é o mesmo Amen. Manifestai diante de Deus em seu favor a mais profunda caridade. Leia Mais,rs

 
 
Não tenho muito mais para lhes dar ou oferecer, mas o que tenho e amo quero dar-vo-lo, quero partilhá-lo: Jesus Cristo, a misericórdia do Pai...
 
...Quem está diante de vós? Poderiam perguntar-se. Gostaria de responder-lhes à pergunta com uma certeza da minha vida, com uma certeza que me marcou para sempre. Aquele que está diante de vós é um homem perdoado. Um homem que foi e está salvo de seus muitos pecados. E é assim como me apresento. Não tenho muito mais para lhes dar ou oferecer, mas o que tenho e amo quero dar-vo-lo, quero partilhá-lo: Jesus Cristo, a misericórdia do Pai...
Ele veio para nos mostrar, fazer visível o amor que Deus tem por nós. Por vós, por mim. Um amor activo, realUm amor que levou a sério a realidade do seus. Um amor que curaperdoalevantacuida. Um amor que se aproxima e devolve a dignidade. Uma dignidade, que podemos perder de muitas maneiras e formas. Mas, nisto, Jesus é um obstinado: deu a sua vida por isto, para nos devolver a identidade perdida...(Fonte)  ...Ouça tmb!!!
 
 
 

Papa: Não somos testemunhas de uma ideologia, mas do amor misericordioso de Jesus...

 

...Mas, "façam neles um carinho, por favor. escutem-nos, digam que Jesus lhes ama. 'Mas não posso, a criança chora na Igreja e estou pregando'. Como se o choro da criança não fosse uma sublime pregação":

“É o drama da consciência isolada, daqueles que pensam que a vida de Jesus é apenas para aqueles que consideram aptos. A seus olhos parece lícito que encontrem espaço apenas os «autorizados», uma «casta de pessoas diferentes» que pouco a pouco se separa, diferenciando-se do seu povo. Fizeram da identidade uma questão de superioridade”.

Ouvem mas não escutam; veem, mas não fixam o olhar. A necessidade de se diferenciar bloqueou- lhes o coração. A necessidade de dizer «eu não sou como ele, como eles» afastou-os não só do grito do seu povo e do seu pranto, mas também e particularmente dos motivos de alegria. Rir com aqueles que riem, chorar com os que choram: está aqui parte do mistério do coração sacerdotal...Leia mais!Ouça tmb..rs

Hoje, logo mais, o Pontífice deixa a Bolívia rumo ao Paraguai, a terceira e última etapa de sua viagem à América Latina. E a despedida será dura para os bolivianos. Mas, até lá, o Papa fará um dos eventos mais aguardados de sua passagem por Santa Cruz de la Sierra: a visita ao cárcere de Palmasola. Enquanto o Brasil se questiona quanto à vantagem de reduzir a idade penal, o Pontífice recorda que a misericórdia de Deus é para todos. Todos, sem exclusão.

Palmasola não é uma prisão convencional. No regime semiaberto, os detentos não vivem em celas, mas em casas, podem circular livremente pelo pavilhão e receber a visita diária dos familiares, que podem inclusive pernoitar ali. Embora diferente no aspecto organizativo, enfrenta as mesmas problemáticas das prisões brasileiras, como superlotaçãoabandono sociojurídico corrupção. Quem nos fala deste cárcere é o responsável nacional da Pastoral Carcerária e organizador desta visita do Papa a Palmasola, o brasileiro Pe. Leonardo da Silva:De Santa Cruz de la Sierra para a Rádio Vaticano, Bianca Fraccalvieri...Ouça...

 
 
 
 
 
...Uma vida memoriosa precisa dos outros, do intercâmbiodo encontro, duma solidariedade real que seja capaz de entrar na lógica do tomar, bendizer entregarna lógica do amor...
 
Jesus nunca ignora a dignidade de pessoa alguma, por maior que seja a aparência de não ter nada para oferecer ou partilhar.
 
...Toma. O ponto de partida é tomar muito a sério a vida dos seus. Fixa-os nos olhos e, nestes, conhece a sua vida, os seus sentimentos. Vê, naquele olhar, o que pulsa e o que deixou de pulsar na memória e no coração do seu povo. Considera-o e valoriza-o. Valoriza todo o bem que possam oferecer, todo o bem a partir do qual se possa construir. Mas não fala dos objectos, dos bens culturais ou das ideias; fala das pessoas...

Com efeito, aqui os índios são a maioria da população...

... A riqueza maior duma sociedade mede-se na vida do seu povo, mede-se nos idosos que conseguem transmitir aos mais novos a sua sabedoria e a memória do seu povo. Jesus nunca ignora a dignidade de pessoa alguma, por maior que seja a aparência de não ter nada para oferecer ou partilhar.(Fonte)
 
 
 
 
 
 
Palavras que falam não somente à Bolívia, mas a toda a América Latina, inclusive ao Brasil, que vive um momento de expansão econômica, mas não de expansão cultural e educacional...

 

 
“Se o crescimento for apenas material, corre-se sempre o risco de voltar a criar novas diferenças, de a abundância de uns ser construída sobre a escassez de outros. Por isso, além da transparência institucional, a coesão social requer um esforço na educação dos cidadãos”...(Fonte)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Papa se despede do Equador...

...o Santo Padre comentou que até teria um discurso pronto, mas que não estava com vontade de lê-lo e preferia falar com o coração sobre os dias que esteve em contato com o povo equatorianosobre a riqueza espiritual das pessoas, a profundidadea valentia e, principalmente, a alegria na recepção – algo raro hoje em dia...

...Veja os registros!

 

 

...o amor sempre se comunica, tende sempre à comunicação; nunca ao isolamento! Sempre...
 
 ... Amamos o nosso país, a comunidade que estamos tentando construir? Amamo-la somente nos conceitos proclamados, no mundo das ideias? 
 
Santo Inácio – permitam-me o aviso publicitário – Santo Inácio nos dizia nos Exercícios que o amor se mostra mais nas obras do que em palavras. Amemos a sociedade mais com as obras do que com as palavras! 
 
Em cada pessoa, em sua situação concreta, na vida que compartilhamos. E além disto nos dizia que o amor sempre se comunica, tende sempre à comunicação; nunca ao isolamento. Dois critérios que nos podem ajudar a olhar a sociedade com outros olhos. Não somente a olhá-la, mas senti-la, pensa-la, tocá-la.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
...“enquanto no mundo, especialmente em alguns países, se reacendem várias formas de guerras conflitosnós, cristãos, insistimos na proposta de reconhecer o outro, de curar as feridas, de construir pontes, de estreitar laços e de nos ajudarmos a carregar as cargas uns dos outros”...
 
...Concluindo, Francisco afirmou que seria belo se todos pudessem admirar como nos preocupamos uns pelos outros; como mutuamente nos animamos e fazemos companhia. “Em qualquer doação, é a própria pessoa que se oferece. ‘Dar-se’ significa deixar atuar em si mesmo toda a força do amor que é o Espírito de Deus e, assim, dar lugar à sua força criadora. Dando-se, o homem volta a encontrar-se a si mesmo com a sua verdadeira identidade de filho de Deus, semelhante ao Pai e, como Ele, doador de vida, irmão de Jesus, de Quem dá testemunho. Isto é evangelizar, esta é a nossa revolução – porque a nossa  é sempre revolucionária – este é o nosso grito mais profundo e constante”.