Saber administrar bem o tempo disponível poderá fazer grande diferença na carreira

Gerir bem o tempo pessoal é peça fundamental em nossa carreira, permitindo-nos fazer mais coisas importantes e com isso ter melhores resultados.  Nem todos, porém, administram bem o seu tempo no lado profissional e muito menos no pessoal, até porque a percepção do tempo é relativa segundo Albert Einstein: “Quando pomos a mão em um fogão aceso por um minuto, parece uma hora, e quando estamos sentados ao lado de uma linda rapariga por uma hora, parece um minuto”.

O tempo é “invisível”, “insubstituível”, “Consumido logo que recebemos”, “Não é possível de não se utilizar”, “Não passível de compra, aluguel, fabricação ou reciclagem”.  Enfim, é algo que precisamos saber gerir gostemos ou não, o que fica bem claro na definição de Peter Drucker: “O tempo é o recurso mais escasso e, a não ser que seja gerido, nada mais poderá ser gerido...”.

Normalmente as pessoas que são top de linha em suas respectivas carreiras são profissionais que parecem ter mais de 24 horas em seus relógios, que dão a sensação que fazem coisas além do normal, que se envolvem em mais coisas que um ser humano convencional, porém o que simplesmente acontece é que estas pessoas têm uma disciplina maior com a gestão do que farão,  por ordem de prioridades,  visto que possuem algo importante para a gestão do tempo: sabem DIZER NÃO para coisas que consomem minutos preciosos, sabem priorizar até mesmo a hora de não fazerem nada, de divertirem-se, de relacionarem-se em negócio ou lazer.  É importante observar que dentro das empresas existem pessoas prolixas, que levam 30 minutos para falar coisas que outras levam 5 minutos, o que atrapalha o trabalho desta pessoa, mas também atrapalhará o seu; sendo assim, dê foco para estas pessoas, vá direto ao ponto, não perca tempo com rodeios.

Estas pessoas entendem que “a distribuição do tempo varia em função do tempo disponível e não do tempo necessário”.

Um dos elementos a que precisamos ficar atentos continuamente são os ladrões do tempo, pequenos eventos que acontecem diariamente que nos tiram do foco do trabalho, como mensagens instantâneas, barulhos, telefonemas inesperados, colega ao lado, enfim, elementos que nos distraem no dia a dia.  Não acho que as pessoas tenham que ser um robô que não vê nada ao seu redor, até porque o bom profissional está atento ao ambiente em que está inserido, e é exatamente aí que está uma das grandes virtudes das pessoas que administram bem o que devem fazer, pois a linha é muito tênue entre estar observando o ambiente e estar SOMENTE observando o ambiente.  Quando você está “somente” observando o ambiente, não está fazendo as suas coisas que precisam ser feitas, está prestando mais atenção no todo do que na parte que lhe compete.  O contrassenso é quando você está apenas fazendo a sua parte, sendo assim um bom tarefeiro, mas não está vendo o ambiente mudar, o que pode ser péssimo para a carreira.  Desta forma, é importante aprender a ser excelente executor do que precisa ser feito, e deve dizer NÃO para tudo o que observar que está tomando o seu tempo sem propósito.  Por exemplo, se está executando uma tarefa muito importante e dois colegas que sentam ao seu lado lhe colocam numa conversa que estão tendo, dá para você notar em segundos se o tema é relevante; caso não seja, deve dizer claramente que precisa retornar ao que estava fazendo, desperdiçando assim muito pouco tempo.

Outro consumidor forte de tempo são as reuniões.  Muitas pessoas não sabem preparar e coordenar reuniões, tornando este momento demorado e improdutivo.  É importante se ter uma pauta clara e objetiva, mas mais importante ainda é ter um horário para começar e acabar, sendo seguidos rigorosamente.

Um outro consumidor de tempo relevante são os subordinados que não possuem autoridade ou coragem para tomar decisões.  Em grande parte das vezes o problema está no líder que não se sente confortável em delegar uma tarefa por insegurança ou autoestima, sendo assim muito importante entender o que se pode delegar com segurança para que o tempo seja distribuído entre mais de uma pessoa.  Já tratei deste tópico de delegação em artigo que está publicado no facebook (https://www.facebook.com/ladmir.carvalho/notes).

Como diretor e fundador da Alterdata Software, uma empresa que possui mais de 1.000 funcionários, tendo mais de 100 gerentes e supervisores, preciso estar atento continuamente ao fato de que estes líderes saibam usar o seu tempo de forma inteligente, e por isso observo e estudo bastante sobre o assunto, o que me leva a concluir que um dos maiores problemas da má gestão do tempo é empurrar as coisas que não gostamos de fazer para frente.  Isso acontece com todos os seres humanos: nem tudo o que temos que fazer é o que gostamos de fazer, e aí começa um grande problema, pois se temos uma lista de tarefas para o dia, semana ou mês, a tendência natural é irmos executando o mais legal, bacana, que dominamos mais, em que brilhamos mais, que nos torna mais reconhecidos, jogando para o final da execução o que não gostamos, o que está fora de nossa zona de conforto.  Então, uma dica muito importante é você ter a sua lista de tarefas classificada pelo que precisa ser feito independente de gostar ou não.  Coloque em ordem numérica, e na medida que vá executando, observe se está deixando para trás coisas que grande importância.  Isso o fará refletir o quanto está perdendo o foco no que realmente precisa ser feito.  Isso o ajudará até mesmo a pedir apoio aos outros para executar algo extremamente relevante.  Não jogue para frente o que estiver com grande prioridade, defina as prioridades por dia, semana e mês, para com isso saber o que obrigatoriamente tem que ser feito no dia de hoje.  Lembre-se que ao deixar algo importante para amanhã, esta coisa se tornará urgente nos próximos dias e com isso complicará o seu tempo no futuro.  Procrastinar uma coisa que precisa ser feita traz problemas, o que fica claro pela própria definição de Procrastinação na enciclopédia Wikipedia: “Procrastinação é o diferimento ou adiamento de uma ação. Para a pessoa que está procrastinando, isso resulta em estresse, sensação de culpa, perda de produtividade e vergonha em relação aos outros, por não cumprir com suas responsabilidades e compromissos.”

Um elemento importante que deve ser compreendido é quando  enganamos a nós mesmos com justificativas sem sentido, como acontece quando dizemos: “não iniciarei isso sem ter todas as informações”, apesar de raras vezes esta afirmação ter sentido, na grande maioria dos casos trata-se apenas de uma forma de empurrar a coisa para o amanhã por perfeccionismo, sem observar que o ótimo é inimigo do bom, sem se tocar que o todo é feito de várias partes, sem controlar que tudo tem um começo, meio e fim.  Conheço pessoas que se acham tão boas em algo que nunca se julgam prontas para começar e concluir algo, isso é grave demais na carreira por não usarem o tempo para as coisas que precisam ser feitas.

Como o processo de gestão do tempo tem a ver com disciplina, crie o hábito de analisar no final do dia a sua lista de tarefas executadas, analise o que fez, mas mais importante ainda é analisar o que não fez -  com isso entenderá rapidamente quais foram as coisas que tiraram o seu foco e consumiram o seu tempo.  A cada dia que fizer estas reflexões estará criando um mecanismo mental para se proteger dos ladrões do tempo.  Lembre-se que o ser humano é formado principalmente do que está no seu subconsciente, e este lado do cérebro precisa ser condicionado com o que queremos.  Entender claramente, todos os dias, o que está consumindo o nosso tempo, fará com que no próximo dia a sua gestão melhore.  A grande maioria das pessoas simplesmente passam o dia, e não administram o dia.

Sendo assim forme os seus hábitos de distribuição do tempo com estes elementos:

- O que gostamos e não gostamos?

- O que é mais rápido e o que é mais lento de ser feito?

- O que é mais fácil e mais difícil de ser executado?

- O que sabemos e não sabemos fazer, mas precisa ser feito?

- O que é urgente e o que importante?

Existem inúmeras metodologias para administrar estas tarefas, mas creio que uma bem simples, que pode ser aplicada sem qualquer tecnologia, é usar o quadrante abaixo para estabelecer as prioridades:

 

           +-------------------+-------------------+

          |   Atividade B     |   Atividade A     |

          |                   |                   |

Importante|     Esperar       |    Executar       |

          |     Delegar       | Imediatamente     |

          |                   |                   |

          +-------------------+-------------------+

          |   Atividade D     |   Atividade C     |

          |                   |                   |

Secundário|     Pode ser      |  Executar em      |

          |   procrastinado   | tempo disponível  |

          |                   |                   |

          +-------------------+-------------------+

               Não Urgente            Urgente

Todas as tarefas e atividades que estiverem no quadrante A, deverão ter alta prioridade, pois são Importantes e Urgentes: estas devem ter atenção redobrada.  Cada tarefa que estiver dentro de um determinado quadrante dever ter a atenção proporcional à respectiva importância e urgência.

 

Outro método importante é o GTD ( Getting Things Done), muito aplicado nos EUA, que consiste resumidamente em três elementos:

Use uma agenda: a agenda deve conter tudo que você tem que fazer, lembrar ou cobrar em um determinado dia ou semana. O critério para os agendamentos é "do or die" ("faça ou morra") e não uma lista de desejos.

• Faça um planejamento semanal: escolha uma hora de qualquer dia e faça um planejamento semanal bem estruturado. Revise a semana que passou; cheque quantas reuniões você tem; se precisar preparar algo para reuniões, bloqueie o calendário; revise sua lista de projetos e questione-se o que você precisa fazer para cada um deles na próxima semana; revise outras listas e verifique as respectivas providências. "Se a semana ficou factível, você terá uma semana produtiva. Do contrário, retire algumas tarefas do seu calendário", recomenda Welter.

• Crie uma biblioteca de informações: formule diversas listas – de todos os projetos, com tarefas a fazer ou documentos a providenciar; dos assuntos a tratar com terceiros; das atividades de trabalho pontuais, sem data nem horário; das tarefas da sua vida pessoal; de itens que esperam resposta; de tópicos variados, como livros que deseja ler ou filmes que quer assistir.

Então não deixe que coisas IMPORTANTES se tornem coisas URGENTES -  isso destruirá o seu planejamento e consumirá um tempo excessivo.

Agora, quando vir um profissional fazendo mais do que é possível, não ache que o mesmo é um workaholic (profissional que só pensa em trabalhar); tente entender como o mesmo administra o seu tempo no trabalho e no pessoal.  Tenho certeza absoluta que você aprenderá muito apenas observando os feras na gestão do tempo.

Ladmir Carvalho – Diretor Executivo – Alterdata Software

 

Ter metas claras ajudará a conquistar seus objetivos ! 

Existem inúmeras maneiras de sermos mais eficientes, sendo unânime o conceito de que trabalhar com metas faz os resultados aparecerem com mais frequência.  Quando temos um objetivo a atingir fica mais fácil dar ritmo ao trabalho.

Contudo, se é tão fácil compreender isso, por que será que muitas empresas e profissionais não trabalham com metas claras ?

Segundo o empreendedor Darren Hardy: “Quando éramos crianças, pensávamos que podíamos escrever qualquer coisa que quiséssemos e mandar para o Pólo Norte e então, magicamente, todos os nossos desejos apareceriam, na data prevista, debaixo de nossa árvore em nossa sala de estar, embrulhados em um papel bonito e com um laço.  Quando crescemos, percebemos que não havia um cara gordinho que voava ao redor do mundo em uma única noite em um trenó puxado por renas, que descia espremido em nossa chaminé para entregar os nossos presentes.  Descobrimos que uma pessoa real tinha de ganhar dinheiro, trazer as coisas para casa, embrulhá-las e colocá-las debaixo da árvore.  Eu acho que muitas pessoas ainda acreditam em Papai Noel.  Você não pode simplesmente escrever uma lista de resoluções no Ano Novo, colocá-la na gaveta pelo resto do ano e esperar que a vida mude.  A maioria das pessoas sabe colocar seus objetivos no papel, mas poucas sabem conquistá-los.”

Objetivos ou metas, como achar melhor chamar, são coisas, locais ou momentos que queremos conquistar, estar ou atingir, são balizadores importantes e mágicos que nos faz movimentar o tempo inteiro. 

Como diretor e fundador da Alterdata Software, e com experiência de cerca de 30 anos construindo software de gestão empresarial tenho visto que o fato de muitos empresários não conseguirem fazer suas empresas crescer é porque, simplesmente, não possuem objetivos claros a serem atingidos.  O mesmo acontece com certos profissionais que não conseguem decolar as suas carreiras porque observam os anos se passarem sem coordenar as ações do dia a dia com os objetivos e sonhos.  Vejo empresas terem metas de vendas mensais, mas não vejo terem metas de inadimplência, de produtividade, de tempos de entrega, de satisfação de clientes, de satisfação dos funcionários; enfim: as metas em geral precisam ser mais granuladas do que normalmente são, precisam ser mais monitoradas durante a execução.  Os empresários e profissionais estão acostumados a trabalhar com metas de vendas, e nada mais, o que é muito pouco para a magia acontecer.

Existe um estudo de psicologia que pode explicar bem a importância de metas claras.  Um atleta de saltos com vara, um recordista de sua área, conseguia ultrapassar uma determinada altura 8 vezes em cada 10 saltos, o que era uma marca muito boa.  Um determinado dia foi desafiado a saltar sem o respectivo sarrafo da altura:  precisava saltar sem ver o objetivo - e assim o fez. O atleta comentou que isso não mudava em nada a sua vida, mas o que ele não sabia era que psicólogos haviam instalado sensores de medição nas traves para detectar a altura do salto, para certificar-se de que ele atingira a marca que já conhecia e era capaz de ultrapassar na maioria das vezes. O resultado foi que em dez saltos ele conseguiu ultrapassar sua marca apenas três vezes, deixando claro o baixo rendimento, uma vez que com o sarrafo físico o resultado era oito em dez saltos.  Por mais que o esportista tivesse se esforçado, por mais capaz que fosse, por mais vontade que tivesse, ele não conseguiu atingir a meta de altura, pois não conseguia ver o objetivo.  Este estudo demonstrou de forma inequívoca que as pessoas precisam ter metas claras, visíveis, palpáveis, algo que se consiga saber se estamos perto ou longe.  Não adianta pensar apenas que irá atingir: é importante colocar por escrito, comparar, analisar; é fundamental compartilhar a meta da empresa com todas as pessoas, todas as lideranças, todos os funcionários; é importante que os colaboradores vejam o quanto estão perto ou longe do objetivo.

 

Desta forma acredito que tanto as empresas como os profissionais precisem ter metas, necessitem ter objetivos claros a serem atingidos, tanto corporativos quanto pessoais, e estas metas precisam ser:

- Mensuráveis e Específicas;

- Focadas em Resultados;

- Desafiantes, porém Realistas e Atingíveis;

- Controláveis;

- Definidas no Tempo Certo;

- Estratégicas.

 

Trabalhar sem metas definidas é similar a um navegador sem velas, motor, remo ou leme, que será levado pela correnteza sem qualquer controle.  Segundo Chérie Carter – Scott: “O ato de estabelecer objetivos fornece dois bens valiosos para você: sentido de causalidade e marcar para iluminar o caminho. Os objetivos o põem ao timão da sua vida; persegui-los é reconhecer a causalidade sobre a situação.  Eles permitem determinar o curso, em vez de simplesmente ficar à deriva e deixar que a vida aconteça para você.”

 

Em quesitos pessoais, as metas nos trazem uma questão psicológica importante, pois nos fazem compreender que um objetivo de longo prazo se conquista com ações de curto prazo.  Para entender melhor esta questão, pegue uma folha em branco e escreva no topo: “10 anos”.  Agora, aliste tudo o que você almeja alcançar neste tempo.  Coloque como deseja estar, findo este prazo: ter feito mais um curso superior, comprado uma casa própria, um carro importado, ter 10 filhos, enfim, liste o que achar mais interessante.  Agora pegue uma outra folha de papel em branco e coloque no topo “5 anos”, listando, desta feita, o que pretende nesta fase.  Obviamente que esta segunda folha deverá estar alinhada com a anterior: se colocou como objetivo de 10 anos ter 10 filhos, então deverá ter 5 filhos nos objetivos de 5 anos.  Agora pegue mais uma folha em branco e coloque no topo “1 ano”, listando, em seguida, tudo o que você espera neste período, o que o fará concluir que precisará ter 1 filho para estar alinhado com a meta de 5 e 10 anos.  Isso quer dizer que é importante saber exatamente o que você quer para o futuro para com isso ter ações mais claras no presente, facilitando enormemente atingir seus objetivos. Por exemplo, você entenderá que precisa de um(a) namorado(a) hoje para contribuir para sua meta de 10 anos.  Tenha a certeza absoluta que nada acontece por acaso na vida das pessoas e empresas, as conquistas acontecem porque foram desejadas e planejadas, e não apenas porque as queremos.  Importa ter ações, como diz a célebre frase de Adam Smith: “A sabedoria é saber o que se deve fazer, a virtude é fazê-lo”.

 

A disciplina de trabalhar com metas faz as coisas acontecerem, o problema é que nem todas as pessoas são disciplinadas, o que é um elemento comportamental importante para o sucesso.  Sonhar com algo é fundamental, mas apenas sonhar, sem ter ações planejadas, não traz realização, como acontece nesta fábula:  Era uma vez… num reino distante, um menino que desejava muito casar com a princesa. Sonhava com ela, imaginava como seria o encontro, o que lhe daria de presente, as palavras que diria… O tempo foi passando, o menino continuou sonhando…, crescendo…, tornou-se adulto, sonhando... com a sua princesa… Um dia, já bem velhinho, chorava lembrando do sonho que acalentou tantos anos e não conseguiu realizar. Perguntou: Onde eu errei, Senhor? Sempre acreditei profundamente em ti, que me ajudarias a conquistar a minha amada. Desde menino, sempre quis me casar com a princesa, imaginei tudo que aconteceria, nos mínimos detalhes, até mesmo as juras de amor que iria lhe fazer, mas olha só no que deu! Estou aqui na maior tristeza e a minha princesa nem sabe que existo! Um anjo materializou-se ao seu lado e, com toda a delicadeza, enxugou as lágrimas dos seus olhos e perguntou-lhe: “Meu querido amigo, o que você fez para a princesa saber que desejava casar-se com ela? Que atitude você tomou para conhecê-la e viabilizar o seu sonho?”

 

Esta simples história ilustra o que a maioria das pessoas fazem na vida a respeito daquilo que querem.  Eu quero tanto isso… Mas, e daí? Se fosse assim tão fácil, não teria graça alguma… É necessário objetividade para lidar com os desafios da vida. Enquanto ficamos pensando, sem termos ações concretas, nada realmente acontece.

 

Então, o que é preciso fazer para alcançar o que se quer?

 

Em primeiro lugar, um objetivo bem claro, que realmente identifique o que você deseja. Daí, se perguntar: “o que me impede de ter o que quero?   Isso tanto poderá ser inúmeras metas na empresa, como várias conquistas pessoais.

 

O problema é que, na maioria das vezes, você se depara com mudanças internas que precisam ser realizadas. E aí?  Estará disposto a realizar estas mudanças?   Enquanto você não tiver a disposição de empreendê-las, não terá êxito. Se verdadeiramente quiser mudar, escolherá fazê-lo e assumirá o compromisso de se dedicar ao processo de mudança.  Porém, se confiar no pensamento de que deve mudar, tomará a decisão de fazê-lo e então sentirá que está se sacrificando. Seguir seu ritmo interno resulta em escolha importante, mas não se acanhe de pedir opinião de amigos relevantes, clientes, fornecedores, especialistas no assunto; enfim, este contato com pessoas poderá ajudar a definir suas metas atingíveis e mensuráveis, sem devaneios.

 

E como irá atingir o seu objetivo? Chegamos ao momento decisivo de você traçar a sua estratégia, o seu planejamento das atividades que deverão ser realizadas para alcançar o que pretende. Não importa se o seu objetivo é material, financeiro, espiritual, emocional, ou simplesmente fazer exercício físico.  Você vai precisar de uma estratégia do mesmo jeito! É claro que terá que estar adaptado àquilo que você quer atingir.  Eis aí o real motivo de você ser bem claro com relação ao seu objetivo. Se você quer ser um gerente ou diretor de uma empresa, comece a criar metas pessoais detalhadas no seu departamento, para que consiga mostrar que você tem capacidade de gestão, o que além de ajudar muito a empresa para a qual trabalha, torna-o mais indispensável, conferindo-lhe, assim, valor.

 

Deste modo, toda vez que precisar fazer uma mudança em sua vida, além do objetivo claro, da disposição, você também precisará de paciência, porque todo objetivo leva um tempo para ser realizado. Aí vem a pergunta: em quanto tempo você quer o que se propõe? Estabeleça um prazo, mas um prazo viável: não adianta sonhar com coisas inatingíveis na prática. A paciência é uma demonstração de tolerância enquanto você espera pelo resultado daquela mudança que está sendo trabalhada. E, como você já deve saber, a mudança raramente é fácil - e você precisa praticar a delicadeza e a paciência consigo mesmo, enquanto vai trilhando seu caminho neste processo. Trabalhar um objetivo pode ser um processo lento, meticuloso e a paciência lhe dará o ânimo de que precisa para atingir o que você quer. Lembre-se do prazo que você estabeleceu. Procure cumpri-lo à risca. É muito importante estabelecer um sistema para checar as atividades que denotam a realização da sua meta. Por exemplo, se o seu objetivo levará dois anos para ser realizado, a cada final de mês, sente com o seu plano de ação (que já deve ter sido escrito, juntamente com a sua estratégia).  Avalie o que você já fez, veja quais são as atividades para o próximo mês, coloque-as na sua agenda de ações, veja o que depende dos outros a fim de cobrá-los.  Existe algum item que você não conseguiu realizar? Pergunte-se o que ficou pendente e por quê.  Empenhe-se na conclusão de cada etapa.

 

No meio do caminho, muitas vezes vai batendo o cansaço, uma sensação de que é melhor desistir quem sabe, mudar o objetivo? É justamente neste momento que entram em cena dois outros componentes: o compromisso e a persistência.  Compromisso significa devotar-se a um objetivo ou a alguém e permanecer com ele – não importante o que venha a acontecer. Então estará na hora de renovar o seu compromisso, e aí é importante que você tenha o seu objetivo por escrito, para facilitar o seu contato com ele!  A persistência é que vai levá-lo de um estágio a outro do processo, junto com a paciência, impedindo que você desista do que tanto quer, tomando ao mesmo tempo atitudes bem concretas para a consecução.  Se estamos falando, por exemplo, do objetivo de um empresário de ter mais filiais de sua empresa, certamente foram traçadas ações e etapas a serem cumpridas, que nem sempre são atingidas na prática, sendo necessário compromisso, persistência e replanejamento se for o caso, mas sem desistir no primeiro obstáculo.  Naturalmente que isto não significa que o rumo não poderá ser ajustado em algum momento, dando um passo atrás em outro instante, ou ainda mudar a meta para uma nova realidade, mas sempre com a certeza do que se está realizando.

 

É necessário ser realista: muitas vezes você se depara com questões que sozinho não consegue resolver. Está na hora de ter humildade suficiente para procurar ajuda. Lembre-se que todo planejamento de objetivos é feito a lápis e não a caneta, ou seja, tem que ser feito de uma forma que possa ser refeito a qualquer momento: é muito comum se traçar uma meta com estratégia para atingi-la e, no decorrer, do tempo perceber que, com o caminho imaginado, não se conseguirá atingir a meta.  É hora, portanto, de replanejar.  Lembre-se que o acompanhamento é fundamental para se descobrir que “não irá bater a meta se continuar como está indo”, o que é bem melhor do que concluir tarde demais que não atingiu a meta no tempo estipulado.

 

Se você trilhar estas etapas, com objetividade, clareza e atitudes realistas, com certeza chegará ao ponto desejado. Metas são a BÚSSOLA de que precisamos para nos guiar aonde queremos estar.

 Ladmir Carvalho – Diretor Executivo – Alterdata Software

 
 

Erros de português prejudicam a carreira

Como um dos fundadores da Alterdata Software, empresa que em 2013 estava com cerca de 1.000 funcionários diretos e 24 anos de vida, percebo claramente que temos um problema sério de comunicação que dificulta identificar os verdadeiros talentos.  Sempre que alguém comete um erro de português gritante, isto, por si só, compromete a imagem desta pessoa.  E o problema torna-se tanto mais grave pelo fato de cada dia mais estarmos falando com as pessoas em forma escrita, ora por email, ora por chat, fóruns de debates, fazendo com que a referida má impressão chegue mesmo a comprometer a imagem da empresa em que trabalhamos. 

Isso é tão grave que a Alterdata contratou professores de português para criar um curso especificamente voltado para nossos funcionários, no intuito de melhorar a forma escrita de todos que trabalham nesta empresa.  Porém o problema é nacional, é de todos: notamos funcionários de clientes nos enviando email e comunicações por chat que simplesmente não dá para compreender o que ele está querendo dizer, por má formulação das frases, comprometendo sobremaneira a imagem deste profissional.

 

Lendo alguns artigos a respeito, encontrei um conteúdo muito interessante apresentado pela Revista Exame descrevendo os 100 erros de português mais comuns. A lista de equívocos frequentes no mundo corporativo é grande -  e é bem provável que você já tenha cometido alguns deles. Para chegar aos 100 erros, EXAME.com consultou professores de português e também o livro de Laurinda Grion “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva. De A a Z, confira os tropeços mais comuns e as dicas para nunca mais errar: 

 

1- A/há

Erro: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.

Forma correta: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.

Explicação: Para indicar tempo passado usa-se o verbo haver.

 

2- A champanhe/ o champanhe

Erro: Pegue a champanhe e vamos comemorar.

Forma correta: Pegue o champanhe e vamos comemorar.

Explicação: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “champanhe” provém do francês “champagne” e é um substantivo masculino, como defende a maioria dos gramáticos, explica Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional

 

3 A cores/ em cores

Erro: O material da apresentação será a cores

Forma correta: O material da apresentação será em cores

Explicação: Se o correto é material em preto em branco, o certo é dizer material em cores, explica Laurinda Grion no livro "Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer).

 

4 A domicílio/ em domicílio

Erro: O serviço engloba a entrega a domicílio

Forma correta: O serviço engloba a entrega em domicílio

Explicação: No caso de entrega usa-se a forma em domicílio. A forma a domicílio é usada para verbos de movimento. Exemplo: Foram levá-lo a domicílio.

 

5 A longo prazo/ em longo prazo

Erro: A longo prazo, serão necessárias mudanças.

Forma correta: Em longo prazo, serão necessárias mudanças.

Explicação: Usa-se a preposição em nos seguintes casos: em longo prazo, em curto prazo e em médio prazo.

 

6 A nível de/ em nível de

Erro: A nível de reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo.

Forma correta: Em relação ao reconhecimento de nossos clientes atingimos nosso objetivo

Explicação: De acordo com o professor Reinaldo Passadori, o uso de “a nível de” está correto quando a preposição “a” está aliada ao artigo “o” e significa “à mesma altura”. Exemplo: Hoje, o Rio de Janeiro acordou ao nível do mar. A expressão "em nível de" está utilizada corretamente quando equivale a "de âmbito" ou "com status de". Exemplo: O plebiscito será realizado em nível nacional.

 

7 À partir de/ a partir de

Erro: À partir de novembro, estarei de férias

Forma correta: A partir de novembro, estarei de férias.

Explicação: Não se usa crase antes de verbos

 

8 A pouco/ há pouco

Erro: O diretor chegará daqui há pouco.

Forma correta: O diretor chegará daqui a pouco.

Explicação: Nesse caso, há pouco indica ação que já passou, pode ser substituído por faz pouco tempo. A pouco indica ação que ainda vai ocorrer, a ideia é de futuro.

 

9 À prazo/ A prazo

Erro: Vamos vender à prazo

Forma correta: Vamos vender a prazo.

Explicação: Não se usa crase antes de palavra masculina.

 

10 À rua/ Na rua

Erro: José, residente à rua Estados Unidos, era um cliente fiel.

Forma correta: José, residente na rua Estados Unidos, era um cliente fiel.

Explicação: Os vocábulos residir, morador, residente, situado e sito pedem o uso da preposição em.

 

11 A vista/ à vista

Erro: O pagamento foi feito a vista.

Forma correta: O pagamento foi feito à vista.

Explicação: Ocorre crase nas expressões formadas por palavras femininas. Exemplos: à noite, à tarde, à venda, às escondidas e à vista.

 

12 Adequa/ adequada

Erro: O móvel não se adequa à sala

Forma correta: O móvel não é adequado à sala.

Explicação: Adequar é um verbo defectivo, ou seja, não se conjuga em todas as pessoas e tempos. No presente do indicativo são conjugadas apenas primeira e a segunda pessoa do plural (nós adequamos, vós adequais).

 

13 Agradecer pela/ agradecer a

Erro: Agradecemos pela preferência

Forma correta: Agradecemos a preferência

Explicação: O certo é agradecer a alguém alguma coisa. Exemplo: Agradeço a Deus a graça recebida.

 

14 Aluga-se/ alugam-se

Erro: Aluga-se apartamentos

Forma correta: Alugam-se apartamentos

Explicação: O sujeito da oração (apartamentos) concorda com o verbo.

 

15 Anexo/ anexa/ em anexo

Erro: Segue anexo a carta de apresentação.

Formas corretas: Segue anexa a carta de apresentação. Segue em anexo a carta de apresentação.

Explicação: Anexo é adjetivo e deve concordar com o substantivo a que se refere, em gênero e número. A expressão em anexo é invariável. Laurinda Grion, autora de "Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)" lembra que alguns estudiosos condenam o uso da expressão em anexo. Portanto, dê preferência à forma sem a preposição.

 

16 Ao invés de/ em vez de

Erro: Ao invés de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.

Forma correta: Em vez de comprar carros, compraremos caminhões para aumentar nossa frota.

Explicação: “Ao invés de” representa contrariedade, oposição, o inverso. “Em vez de” quer dizer no lugar de. É uma locução prepositiva, sendo terminada em de normalmente.

 

17 Aonde/onde

Erro: Não sei aonde fica a sala do diretor

Forma correta: Não sei onde fica a sala do diretor

Explicação: O advérbio onde indica lugar em que algo ou alguém está. Deve ser utilizado somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar. Exemplo: Não sei onde fica a cidade de Araguari. O advérbio aonde indica também lugar em que algo ou alguém está, porém quando o verbo que se relacionar com "onde" exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta preposição, formando assim, o vocábulo "aonde". Expressa a ideia de destino, movimento, conforme exemplo a seguir: aonde você irá depois das visitas?

 

18 Ao meu ver/ a meu ver

Erro: Ao meu ver, a reunião foi um sucesso

Forma correta: A meu ver, a reunião foi um sucesso.

Explicação: Não existe a expressão ao meu ver. As formas corretas são: a meu ver, a nosso ver, a vosso ver.

 

19 Às micro/ às micros

Erro: O pacote de tributos refere-se às micro e pequenas empresas

Forma correta: O pacote de tributos refere-se às micros e pequenas empresas

Explicação: Por se tratar de adjetivo, micro é variável e por isso deve ser grafada no plural quando for o caso.

 

20 Através/ por

Erro: Fui avisada através de um email de que a reunião está cancelada.

Forma correta: Fui avisada por email de que a reunião está cancelada.

Explicação: “Para muitos gramáticos, através se refere ao que atravessa”, diz Vivien Chivalski, do Instituto Passadori. Prefira “pelo e-mail”, “por email”.

 

21 Auferir/ aferir

Erro: No fim do expediente, o gestor deve auferir se os valores pagos conferem com os números do sistema.

Forma correta: No fim do expediente, o gestor deve aferir se os valores pagos conferem com os números do sistema.

Explicação: Os verbos aferir e auferir têm sentidos distintos. Aferir: conferir de acordo com o estabelecido, avaliar, calcular. Auferir: colher, obter, ter. Exemplo: O projeto auferiu bons resultados.

 

22 Aumentar ainda mais/ aumentar muito

Erro: Precisamos aumentar ainda mais os lucros.

Forma correta: Precisamos aumentar muito os lucros.

Explicação: Aumentar é sempre mais, não existe aumentar menos, conforme explica Laurinda Grion, no livro “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva. Portanto são formas redundantes: aumentar mais, aumentar muito mais e aumentar ainda mais.

 

23 Bastante/ bastantes

Erro: Eles leram o relatório bastante vezes.

Forma correta: Eles leram o relatório bastantes vezes.

Explicação: Para saber se bastante deve variar conforme o número é preciso saber qual a classificação dele na frase. Quando é adjetivo (como no caso acima) deve variar. Exemplo: Já há provas bastantes para incriminá-lo (= provas suficientes). Se for advérbio é invariável. Exemplo: Compraram coisas bastante bonitas (= muito bonitas). Se for pronome indefinido é variável. Exemplo: Vimos bastantes coisas (= muitas coisas). Se for substantivo, não varia, mas pede artigo definido masculino: Os animais já comeram o bastante (= o suficiente).

 

24 Bi-campeão /bicampeão

Erro: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bi-campeão mundial, sob o comando de Telê Santana.

Forma correta: Em 1993, o São Paulo Futebol Clube foi bicampeão mundial, sob o comando de Telê Santana.

Explicação: A forma correta de usar os prefixos numéricos “bi”, “tri”, “tetra”, “penta”, “hexa”, “hepta” (etc) é sem hífen. “O Novo Acordo Ortográfico nunca exigiu nem exige alteração gráfica”, diz o professor de língua portuguesa do Damásio Educacional, Diogo Arrais.

 

25 Caiu em/ caiu

Erro: O lucro caiu em 10%.

Forma correta: O lucro caiu 10%.

Explicação: O verbo cair, assim como aumentar e diminuir, não admite a preposição “em”. E no sentido de descer, ir ao chão, ser demitido, o verbo cair é intransitivo.

 

26 Chegar em/ chegar a

Erro: Chegamos em São Paulo, ontem.

Forma correta: Chegamos a São Paulo, ontem.

Explicação: o verbo exige a preposição a. Quem chega, chega a algum lugar, ou a alguma coisa.

 

27 Chove/ chovem

Erro: Chove emails com reclamações de clientes.

Forma correta: Chovem emails com reclamações de clientes.

Explicação: Quando indica um fenômeno natural, o verbo chover é impessoal e fica sempre o singular. Mas no sentido figurado, como acontece acima, flexiona-se normalmente.

 

28 Comprimento/cumprimento

Erro: Entrou e não me comprimentou.

Forma correta: Entrou e não me cumprimentou.

Explicação: Comprimento está relacionado ao tamanho, à extensão de algo ou alguém. Exemplo: Não sei o comprimento da sala. Cumprimento relaciona-se a dois verbos diferentes: cumprimentar uma pessoa (saudar) e cumprir uma tarefa (realizar). Exemplos: Cada pessoa tem um jeito de cumprimentar. O cumprimento dos prazos contará pontos na competição.

 

29 Consiste de/ consiste em

Erro: A seleção consiste de cinco etapas.

Forma correta: A seleção consiste em cinco etapas.

Explicação: Consistir é verbo transitivo indireto e requer complemento regido da preposição em.

 

30 Continuidade/ continuação

Erro: O sindicato optou pela continuidade da greve.

Forma correta: O sindicato optou pela continuação da greve.

Explicação: Continuidade refere-se à extensão de um acontecimento. Exemplo: dar continuidade ao governo. Continuação refere-se à duração de algo. Exemplo continuação da sessão.

 

31 Correr atrás do prejuízo/ correr atrás do lucro

Erro: É hora de correr atrás do prejuízo.

Forma correta: É hora de correr atrás do lucro.

Explicação: Pode-se correr do prejuízo, mas nunca deve-se correr atrás dele. A forma correr atrás do prejuízo não faz o menor sentido, diz Laurinda Grion, no livro “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.

 

32 Da onde/ de onde

Erro: Fortaleza é a cidade da onde vieram nossos colaboradores.

Forma correta: Fortaleza é a cidade de onde vieram nossos colaboradores.

Explicação: A forma de onde indica origem. Não existe a forma “da onde”.

 

33 Daqui/ daqui a

Erro: Farei o pagamento daqui 5 dias.

Forma correta: Farei o pagamento daqui a 5 dias.

Explicação: o advérbio daqui é usado para indicar lugar ou tempo e pede a preposição a.

 

34 De encontro aos/ ao encontro dos

Erro: A sua ideia vem de encontro ao que a empresa precisa neste momento.

Forma correta: A sua ideia vem ao encontro do que a empresa precisa neste momento.

Explicação: De encontro a é estar em sentido contrário, em oposição a. Ao encontro de é estar de acordo, ideia de conformidade.

 

35  Debitou na/ debitou à

Erro: O banco debitou na minha conta a taxa.

Forma correta: O banco debitou à minha conta a taxa.

Explicação: quem debita, debita a.

 

36 Desapercebidas/ despercebidas

Erro: As mudanças passaram desapercebidas pelos nossos executivos

Forma correta: As mudanças passaram despercebidas.

Explicação: Desapercebido significa desprovido de, desprevenido. Exemplo: Não parei para cumprimenta-lo porque estava desapercebido. Despercebido significa não notado, não percebido. Exemplo: O erro passou despercebido pela equipe da redação do jornal.

 

37 Descrição/ discrição

Erro: Ela age com descrição.

Forma correta: Ela age com discrição.

Explicação: Descrição refere-se ao ato de descrever. Exemplo: Ela fez a descrição do objeto. (ela descreveu). Discrição significa ser discreto.

 

38 Descriminar/ discriminar

Erro: Descrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os códigos necessários.

Forma correta: Discrimine os produtos na nota fiscal e coloque todos os códigos necessários.

Explicação: Descriminar significa absolver, inocentar. É o que o prefixo “des” faz – indica uma ação no sentido contrário – e, nesse caso, quer dizer tirar o crime. Exemplo: Ele falou em descriminar o uso de algumas drogas Discriminar significa distinguir, separar, diferenciar, especificar. Isso pode ser feito com ou sem preconceito. Quando há preconceito, o sentido é de segregação. Exemplo: A discriminação racial deve ser combatida sempre.

 

39 Devidas providências

Erro: Peço as devidas providências.

Forma correta: Peço providências

Explicação: Trata-se de um vício de linguagem, segundo Vivien Chivalski, do Instituto Passadori - Educação Corporativa. O adjetivo (devidas) é desnecessário e redundante. “Quem pediria providências indevidas”, diz Vivien.

 

40 Dispor/dispuser

Erro: Se ele dispor de tempo, poderá atende-lo em breve.

Forma correta: Se ele dispuser de tempo, poderá atende-lo em breve.

Explicação: A conjugação correta do verbo dispor na terceira pessoa do singular no futuro do pretérito é se ele dispuser. A conjugação acompanha a do verbo pôr.

 

41  Dois por cento/ dois pontos percentuais

Erro: No ano passado, o crescimento foi de 10%. Neste ano, de 8%, tendo havido queda de 2%.

Forma correta: No ano passado, o crescimento foi de 10%. Neste ano, de 8%, tendo havido queda de 2 pontos percentuais.

Explicação: A queda de 10% para 8% não é de 2% e, sim, de 2 pontos percentuais.

 

42 E nem/ nem

Erro: O funcionário não sabe escrever e nem ler.

Forma correta: O funcionário não sabe escrever nem ler.

Explicação: A conjunção nem significa “e não”.

 

43 Em confirmação à/ em confirmação da

Erro: Em confirmação à minha proposta, envio os valores para execução do serviço.

Forma correta: Em confirmação da minha proposta, envio os valores para execução do serviço.

Explicação: Confirmação é um substantivo feminino que pede a preposição “de”.

 

44 Em mãos/ em mão

Erro: O envelope deve ser entregue em mãos.

Forma correta: O envelope deve ser entregue em mão.

Explicação: Ninguém escreve a mãos, nem fica em pés. O correto é em mão, cuja abreviatura é E. M.

 

45 Em vias de/ em via de

Erro: Estou em vias de finalizar o projeto.

Forma correta: Estou em via de finalizar o projeto.

Explicação: A locução é “em via de” e significa “a caminho de”, “prestes a”.

 

46  Eminente/ iminente

Erro: A falência é eminente.

Forma correta: A falência é iminente.

Explicação: Eminente é um adjetivo que significa alto, grande, elevado, saliente, pessoa importante, notável. Exemplos: Era um eminente orador. A montanha eminente surge na paisagem. Iminente também é um adjetivo e indica que algo está prestes a acontecer. Exemplo: A sua morte é iminente.

 

47  Ensinar a executarem/ ensinar a executar

Erro: O bom líder deve ensinar seus colaboradores a executarem as tarefas.

Forma correta: O bom líder deve ensinar seus colaboradores a executar as tarefas.

Explicação: Não se flexiona infinitivo com preposição que funcione como complemento de substantivo, adjetivo ou do próprio verbo principal. Exemplo: As mulheres conquistaram o direito de trabalhar fora de casa.

 

48  Entre eu e ele/ entre mim e ele

Erro: Entre eu e ele não há conversa nem acordo.

Forma correta: Entre mim e ele não já conversa nem acordo.

Explicação: Os pronomes pessoais do caso reto exercem função de sujeito (ou predicativo do sujeito) e não de complemento.

 

49  Falta/faltam

Erro: Falta 30 dias para minhas férias começarem

Forma correta: Faltam 30 dias para minhas férias começarem.

Explicação: O verbo deve concordar com o sujeito da frase. Laurinda Grion, autora de “Os erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva, ensina um macete para encontrar o sujeito: “pergunte, antes do verbo, quem é que...? (para pessoas) ou que é que...? (para coisas)”. No exemplo acima a resposta é: 30 dias faltam.

 

50 Fazem /faz

Erro: Fazem oito semanas que fui promovida.

Forma correta: Faz oito semanas que fui promovida.

Explicação: Verbo fazer quando sinaliza tempo que passou fica na 3ª pessoa do singular.

 

51 Fazer uma colocação/ emitir uma opinião

Erro: Deixe-me fazer uma colocação a respeito do tema da reunião.

Forma correta: Deixe-me emitir uma opinião a respeito do tema da reunião.

Explicação: o padrão formal é emitir uma opinião e não fazer uma colocação, embora esta seja uma forma bastante usada.

 

52 Ficou claro/ ficou clara

Erro: Ficou claro, após a reunião, a necessidade de corte de gastos.

Forma correta: Ficou clara, após a reunião, a necessidade de corte de gastos.

Explicação: A necessidade de corte de gastos é o que ficou clara, durante a reunião.

 

53 Foi assistida/ assistiu à

Erro: A palestra foi assistida por muita gente

Forma correta: Muita gente assistiu à palestra.

Explicação: Verbo assistir no sentido de ver, presenciar, é transitivo indireto e a voz passiva só admite verbos transitivos diretos.

 

54 Fosse... comprava/ fosse...compraria

Erro: Se eu fosse você eu comprava aquela gravata.

Forma correta: Se eu fosse você eu compraria aquela gravata.

Explicação: Atente à correlação verbal. Imperfeito do subjuntivo (se eu fosse) é usado com o futuro do pretérito (compraria). 

 

55 A grosso modo/ grosso modo

Erro: O que quero dizer, a grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.

Forma correta: O que quero dizer, grosso modo, é que há mais chances de dar errado do que de dar certo.

Explicação: A expressão é “grosso modo”, sem a preposição a.

 

56 Guincho/guinchamento

Erro: Sujeito a guincho

Forma correta: Sujeito a guinchamento

Explicação: Guincho é o veículo que faz a ação, isto é, o guinchamento. 

 

57 Há 10 anos atrás/ há 10 anos

Erro: Há 10 anos atrás, eu decidi comprar um imóvel.

Formas corretas: Há 10 anos, eu decidi comprar um imóvel. Dez anos atrás, eu decidi comprar um imóvel.

Explicação: É redundante usar “há” e “atrás” na mesma frase. O verbo haver impede a palavra atrás em seguida sempre que estiver relacionado a tempo, à ação que já se passou. Há, portanto, duas formas corretas para a frase: “há dez anos” ou “dez anos atrás”.

 

58 Hora/ora

Erro: Você pediu minha decisão, por hora ainda não a tenho.

Forma correta: Você pediu minha decisão, por ora ainda não a tenho.

Explicação: A expressão “por hora”, quando escrita com a letra “h”, refere-se ao tempo, a marcação em minutos. Exemplo: O carro estava a cento e vinte quilômetros por hora. A expressão “por ora”, quando escrita sem o “h”, dá a ideia de no momento ou agora. É um advérbio de tempo, expressa sentido de por enquanto, no momento, atualmente. Exemplo: “Por ora estou muito ocupado”.

 

59 Horas extra/ horas extras

Erro: Você deverá fazer horas extra para terminar o relatório.

Forma correta: Você deverá fazer horas extras para terminar o relatório.

Explicação: Neste caso, extra é um adjetivo e, portanto, é variável.

 

60 Houveram/houve

Erro: Houveram rumores sobre um anúncio de demissão em massa.

Forma correta: Houve rumores sobre um anúncio de demissão em massa.

Explicação: Haver no sentido de existir não é usado no plural.

 

61 Implicará em/implicará

Erro: A sua atitude implicará em demissão por justa causa.

Forma correta: A sua atitude implicará demissão por justa causa.

Explicação: o verbo implicar, quando é transitivo direto, significa “dar a entender”, “pressupor” ou “trazer como consequência”, “acarretar”, “provocar”. E se a transitividade é direta, isso quer dizer que não pede preposição.

 

62 Independente/ independentemente

Erro: Independente da proposta, minha resposta é não.

Forma correta: Independentemente da proposta, minha resposta é não.

Explicação: Independente é adjetivo e independentemente é advérbio. O enunciado acima pede o advérbio.

 

63 Insisto que/ insisto em que

Erro: Insisto que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.

Forma correta: Insisto em que é preciso cortar custos na cadeia produtiva.

Explicação: O verbo insistir é transito indireto, quando objeto for uma coisa usa-se a preposição em e a preposição com aparece quando há referência a uma pessoa. Exemplo: Insisto nisso com o diretor.

 

64 Junto a/ no/ ao

Erro: Solicite junto ao departamento de recursos humanos o informe de rendimentos para a Receita Federal.

Forma correta: Solicite ao departamento de recursos humanos o informe de rendimentos para a Receita Federal.

Explicação: As locuções “junto a, junto de” são sinônimas e significam "perto de", "ao lado de". Não cabem na frase acima. Para você lembrar, não desconte cheques junto ao banco e sim com o banco. Não renegocie uma dívida junto aos credores e sim com os credores Evite empregar a expressão “junto a” em lugar de com, de, em e para. Assim, em lugar de “conseguimos apoio junto à equipe” escreva “conseguimos apoio da equipe”, indica Vivien Chivalski, facilitadora do do Instituto Passadori - Educação Corporativa.

 

65 Maiores informações/ mais informações

Erro: Caso precise de maiores informações, entre em contato conosco.

Forma correta: Caso precise de mais informações, entre em contato conosco.

Explicação: Conforme explica Laila Vanetti, diretora da Scritta, o termo “maior” é comparativo, não deve ser utilizado nesse caso.

 

66 Mal/ mau

Erro: Era um mal funcionário e foi demitido.

Forma correta: Era um mau funcionário e foi demitido

Explicação: Reinaldo Passadori, professor e CEO do Instituto Passadori, explica que mau e bom são adjetivos, ou seja, conferem qualidade aos substantivos, palavras que nomeiam seres e coisas. Exemplos: “Ele é bom médico” e “Ele é mau aluno”. Por outro lado, mal e bem podem exercer três funções distintas. Exercem a função de advérbios, modificam o estado do verbo, por exemplo: “Seu filho se comportou mal na escola” e “ele foi bem aceito no novo trabalho”. Como conjunção, servindo para conectar orações, como em “Mal chegou e já se foi”. Essas palavras também têm a função de substantivos, por exemplo: “Você é o meu bem” e “o mal dele é não saber ouvir”.

 

67 Mal humorado/ mal-humorado

Erro: Estava mal humorado e isso afetou a todos da equipe.

Forma correta: Estava mal-humorado e isso afetou a todos da equipe.

Explicação: Diogo Arrais, professor do Damásio Educaional, explica que as formações vocabulares com MAL- exigem hífen caso a palavra principal inicie-se por vogal, h ou l: mal-estar, mal-empregado, mal-humorado, mal-limpo.

 

68 Mão-de-obra/ mão de obra

Erro: A falta de mão-de-obra qualificada é um dos gargalos da economia brasileira.

Forma correta: A falta de mão de obra qualificada é um dos gargalos da economia.

Explicação: Com palavras justapostas (uma após a outra) em que haja um termo de ligação (geralmente uma preposição ou conjunção) não se usa hífen, segundo Vivien Chivalski, facilitadora do Instituto Passadori de Educação Corporativa.

 

69 Meio-dia e meio/ meio-dia e meia

Erro: Entregarei o relatório ao meio-dia e meio.

Forma correta: Entregarei o relatório ao meio-dia e meia.

Explicação: O termo meio pode ter duas funções: adjetivo e advérbio, segundo explica Laurinda Grion no livro Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer). Quando advérbio, meio quer dizer “um pouco” e é invariável. Quando adjetivo, meio quer dizer “metade de” e é variável, ou seja, concorda com o termo a que se refere.

 

70 No aguardo/ ao aguardo

Erro: Fico no aguardo da sua resposta.

Forma correta: Fico ao aguardo da sua resposta.

Explicação: O certo é “ao aguardo de”, “à espera de”, segundo Laurinda Grion, autora do livro Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer).

 

71 No ponto de/ a ponto de

Erro: A demanda da chefia é tão alta, que estou no ponto de mandar tudo às favas.

Forma correta: A demanda da chefia é tão alta, que estou a ponto de mandar tudo às favas.

Explicação: Para dar a ideia de estar “prestes a”, “na iminência de”, use a expressão “a ponto de”, indica Laurinda Grion.

 

72 O mesmo/ele

Erro: Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar.

Forma correta: Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra parado neste andar.

Explicação: De acordo com Laila Vanetti, diretora da Scritta, o termo “o mesmo” não serve para substituir uma palavra anteriormente dita. Quem está nas empresas, portanto, deve preferir os pronomes ele(s) ou ela(s), cuidando para adequar a partícula “se” à nova sentença.

 

73 Onde/ em que

Erro: Vamos à reunião onde decidiremos os rumos da companhia.

Forma correta: Vamos à reunião em que decidiremos os rumos da companhia.

Explicação: de acordo com Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, reunião não é lugar e as palavras onde e aonde se referem apenas a lugares. Prefira “a reunião em que” ou “na qual decidiremos sobre”.

 

74 O quanto antes/ quanto antes

Erro: Voltarei ao escritório o quanto antes.

Forma correta: Voltarei ao escritório quanto antes.

Explicação: Antes da locução adverbial “quanto antes” não se usa artigo definido “o”, diz Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.

 

75 Parcela única/ de uma só vez

Erro: O pagamento será feito em parcela única.

Forma correta: O pagamento será feito de uma só vez.

Explicação: Parcela significa parte de um todo, diz Laurinda Grion. Logo se não há parcelamento, o certo é dizer “de uma só vez”.

 

76 Por que / porque

Erro: Não a vi ontem por que eu estava fora da cidade.

Forma correta: Não a vi ontem porque eu estava fora da cidade.

Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, explica: porque é uma conjunção e serve para ligar duas ideias, duas orações. É usado ando a segunda parte apresenta uma explicação ou causa em relação à primeira. A forma “por que” é um advérbio interrogativo de causa e é usada quando pedimos por uma causa ou motivo. Caso mais incomum para o uso da forma “por que” é quando ela pode ser substituída por “para que”, “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, pelas quais. Exemplos: Lutamos por que (para que) a obra terminasse antes da inauguração. Este é o caminho por que (pelo qual) passamos.

 

77 Porquê/ por quê

Erro: A diretriz mudou, não sei porquê.

Formas corretas: A diretriz mudou, não sei por quê. A diretriz mudou, não sei o porquê.

Explicação: Segundo explicação de Viven Chivalski, “porquê” substitui as palavras razão, causa ou motivo. É um substantivo e, como tal, tem plural e pode vir acompanhado por artigos, pronomes e adjetivos. A palavra geralmente é antecedida de artigo “o” ou “um”.

Use a expressão “por quê” quando ela estiver no fim da frase. Alguns autores dizem que isso vale também quando houver uma pausa, uma vírgula, não importa que seja pergunta ou não, diz Vivien. Exemplos: Não aprovaram a proposta e não sabemos por quê. Não temos o resultado da concorrência. Por quê? Não sabemos por quê, onde e quando tudo aconteceu.

 

78 Penalizado/ punido

Erro: Quem desrespeitar o código de conduta será penalizado.

Forma correta: Quem desrespeitar o código de conduta será punido.

Explicação: Penalizar significa “causar pena”, “magoar”. No sentido de castigar, o certo é usar o verbo punir, indica Laurinda Grion.

 

79 Por causa que/ porque/ por causa de

Erro: Não fui à aula por causa que está chovendo muito.

Formas corretas: Não fui à aula porque está chovendo muito. Não fui à aula por causa da chuva.

Explicação: O certo é usar “porque” ou “por causa de”. 

 

80  Por cento veio/ por cento vieram

Erro: Entre os funcionários, 15% é contra a mudança de sede. 

Forma correta: Entre os funcionários 15% são contra a mudança de sede.

Explicação: Números percentuais exigem concordância.

 

81 Precaver/ prevenir

Erro: É importante que a empresa se precavenha contra invasões.

Forma correta: É importante que a empresa se previna contra invasões.

Explicação: O verbo precaver é defectivo, não tem todas as conjugações. No presente do indicativo só existem a 1ª e 2ª pessoa do plural (precavemos e precaveis) e não existe presente do subjuntivo. 

 

82 Precisam-se/ precisa-se

Erro: Precisam-se de bons vendedores.

Forma correta: Precisa-se de bons vendedores.

Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, explica que sempre que houver uma preposição depois do pronome “se” (de, por, para, com, em, etc.) não haverá plural, apenas singular. Exemplo: Trata-se de ideias inovadoras.

 

83 Prefiro ... do que/ prefiro... a

Erro: Prefiro sair mais tarde do trabalho do que ficar parado no trânsito.

Forma correta: Prefiro sair mais tarde do trabalho a ficar parado no trânsito.

Explicação: Não há necessidade do comparativo “do que” porque, conforme a explicação de Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional, não há comparação. “Não há necessidade de palavras como mais, mil vezes, do que”, diz o professor. 

 

84  Preveram/ previram

Erro: Os analistas preveram tempos de crise.

Forma correta: Os analistas previram tempos de crise.

Explicação: A conjugação do verbo prever segue a do verbo ver. Logo, se o certo é dizer eles viram, é certo dizer eles previram.

 

85 Quadriplicar/ quadruplicar

Erro: O número de funcionários quadriplicou no ano passado.

Forma correta: O número de funcionários quadruplicou no ano passado.

Explicação: Quádruplo é o numeral e significa multiplicativo de quatro, quantidade quatro vezes maior que outra. Quadruplicação, quadruplicar e quádruplo são as formas corretas, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria comete)”, da editora Saraiva.

 

86 Qualquer/ nenhum

Erro: Informo-lhes que não mantenho qualquer tipo de vínculo com a Construtora XYZ Ltda.

Forma correta: Informo-lhes que não mantenho nenhum tipo de vínculo com a Construtora XYZ Ltda.

Explicação: De acordo com a explicação de Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva, qualquer é pronome de sentido afirmativo. “Logo, em construções negativas, deve-se empregar nenhum”, diz Laurinda, no livro.

 

87 Quantia/ quantidade

Erro: Informe a quantia exata de itens no estoque.

Forma correta: Informe a quantidade de itens no estoque.

Explicação: Usa-se quantia para dinheiro e quantidade para coisas, diz Laurinda Grion.

 

88 Que preciso/ de que preciso

Erro: Os documentos que preciso estão na gaveta.

Forma correta: Os documentos de que preciso estão na gaveta.

Explicação: O verbo precisar pede a preposição “de”, explica Vivien Chivalski, facilitadora do Instituto Passadori.

 

89 Reaveu/reouve

Erro: A homenagem reaveu nossa motivação.

Forma correta: A homenagem reouve nossa motivação.

Explicação: Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional, explica que o pretérito perfeito de reaver é reouve. Gramaticalmente, o verbo REAVER é defectivo, só se conjuga nas formas em que o verbo HAVER possui a letra V. Presente do indicativo: reavemos, reaveis. Pretérito perfeito do indicativo: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.

 

90  Responder o/ responder ao

Erro: Vou responder o email daqui a pouco.

Forma correta: Vou responder ao email daqui a pouco.

Explicação: A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta, é sempre indireta, ou seja, pede a preposição “a”.

 

91 Retificar/ ratificar

Erro: O homem retificou as informações perante o juiz.

Forma correta: O homem ratificou as informações perante o juiz

Explicação: Reinaldo Passadori explica o significado dos verbos ratificar e retificar. “Ratificar, do latim medieval, possui os seguintes significados: confirmar, reafirmar, validar, comprovar, autenticar. Retificar, também do latim com base na palavra rectus, se refere ao ato de corrigir, emendar, alinhar ou endireitar qualquer coisa”, explica o professor Passadori.

 

92 Rúbrica/ rubrica

Erro: Ponha a sua rúbrica em todas as páginas do relatório, por favor.

Forma correta: Ponha a sua rubrica em todas as páginas do relatório, por favor.

Explicação: Rubrica é paroxítona, sem acento.

 

93 Senão/ se não

Erro: Senão fizer o relatório, não cumprirá a meta.

Forma correta: Se não fizer o relatório, não cumprirá a meta.

Explicação: Para dar a ideia de “caso não faça o relatório”, como no exemplo acima, o certo é utilizar a forma separada. Senão (em uma só palavra) tem vários significados, segundo explicação de Laurinda Grion: do contrário, de outra forma, aliás, a não ser, mais do que, menos, com exceção de, mas, mas sim, mas também, defeito, erro, de repente, subitamente.

 

94 Seríssimo/ seriíssimo

Erro: O problema é seríssimo.

Forma correta: O problema é seriíssimo.

Explicação: Os adjetivos terminados em io antecedido de consoante possuem o superlativo com ii, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.

 

95 Somos em/ somos

Erro: No escritório, somos em cinco analistas.

Forma correta: No escritório, somos cinco analistas.

Explicação: Não há necessidade de empregar a preposição “em”.

 

96 Tão pouco/ tampouco

Erro: Não fala inglês, tão pouco espanhol.

Forma correta: Não fala inglês, tampouco espanhol

Explicação: Tão pouco equivale a muito pouco. Já tampouco pode significar: também não, nem sequer e nem ao menos.

 

97 Vem/ veem

Erro: Eles vem problemas em todas as inovações propostas 

Forma correta: Eles veem problemas em todas as inovações propostas.

Explicação: Vivien Chivalski, do Instituto Passadori, mostra as conjugações no presente do verbo ver: ele vê (com acento), eles veem (sem acento, segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa). Exemplos: Ele vê os filhos aos sábados. Eles veem o pai uma vez por semana. O verbo vir, no presente, é conjugado assim: ele vem, eles vêm (com acento). Ele não vem sempre aqui. Eles vêm a São Paulo uma vez por ano.

 

98 Vir/ vier

Erro: Se ele não vir amanhã, vai perder mais uma reunião importante.

Forma correta: Se ele não vier amanhã, vai perder mais uma reunião importante.

Explicação: No caso do verbo vir, temos as seguintes formas no futuro do subjuntivo, explica Vivien Chivalski: quando eu vier, ele vier, nós viermos, eles vierem. 

 

99 Visar/ visar a

Erro: Augusto visa o cargo de diretor comercial da empresa.

Forma correta: Augusto visa ao de diretor comercial da empresa.

Explicação: Visar com o sentido de pretender é transitivo indireto, isto é, exige a preposição “a”.

 

100 Zero horas/ zero hora

Erro: O novo modelo entra em vigor a partir das zero horas de amanhã.

Forma correta: O novo modelo entra em vigor a partir da zero hora de amanhã.

Explicação: O adjetivo composto zero-quilômetro é invariável, explica Laurinda Grion, autora de “Erros que um executivo comete ao redigir (mas não deveria cometer)”, da editora Saraiva.

 

 

Espero que estas dicas sejam úteis para que todos entendam o quanto escrever melhor pode contribuir não apenas para sermos melhor compreendidos, mas sobretudo para passarmos uma melhor imagem de nós mesmos.

Ladmir Carvalho
Diretor Executivo - Alterdata Software

 

...Crescer na carreira é entender que comandar um grupo de pessoas é  muito mais ser um exemplo do que apenas mandar, é convencer pessoas mais do que obrigar a fazer, é apontar rumos antes que apenas cobrar resultados. 

Ladmir Carvalho – Diretor Executivo – Alterdata Software