2015-10-03 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano - A Liturgia deste domingo nos fala da dignidade do ser humano, ao relatar a formação da mulher como término da criação do homem.
A posição do ser humano como o rei de tudo que foi criado, está explicitado no fato de todos os animais terem sido levados, por Deus, à presença de Adão, para que ele nominasse um por um.
O fato de Deus conceder ao homem a faculdade de dar nome aos animais, significa atribuir-lhe uma senhoria sobre os demais seres criados. Contudo nenhum deles completava Adão, que continuava só, sem ter alguém com quem dialogar, alguém que fosse companheiro.
Deus então vai completar sua criação criando a companheira do homem, Eva. Deus o faz tirando da costela de Adão, de seu lado, exatamente porque é companheira. A criação está terminada. Agora tudo irá depender do ser humano.
O relato finda com a seguinte orientação: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne.” Na visão do autor do Livro do Gênesis, a união do homem e da mulher é mais forte que a própria geração.
Deixar aqueles que geraram, que deram a vida para se unir a uma outra pessoa, e ser com ela uma só carne, o ser humano completo, eis a orientação do autor do Gênesis. Com o passar do tempo os legisladores judeus foram relaxando esta visão de complementação e possibilitando a cada um, homem e mulher, a troca de parceiros de caminhada. Jesus, ao ser interrogado sobre isso, corrige tal costume dizendo que esse não era o projeto de Deus e retoma a questão da indissolubilidade da união conjugal, mais forte que os laços que unem pais e filhos. Homem e mulher, unidos em matrimônio formam uma unidade corpórea indissolúvel.
Ao final Jesus elogia as crianças e diz que o Reino dos céus são das pessoas que são como elas, ou seja, pessoas simples de coração, abertas à Palavra de Deus, obedientes por amor.
Para se entender porque o matrimonio é indissolúvel é necessário ter o coração, o acolhimento de uma criança e deixar-se moldar pelo coração de Deus.
No dia de hoje, especialmente, rezemos pelos casais que passam por dificuldades e por aqueles que se preparam para o matrimônio, para que o tempo de noivado cumpra seu papel, sendo propício à elaboração de um projeto de vida.
(Reflexão do Padre César Augusto dos Santos para o XXVII Domingo do Tempo Comum)
(from Vatican Radio)2015-10-03 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco iniciou suas atividades na manhã deste sábado (03/10) presidindo na Capela do Governatorato, no Vaticano, a uma Santa Missa para a Gendarmaria - agentes que zelam pela segurança e ordem pública vaticanas.
Em sua homilia, o Santo Padre partiu da liturgia do dia, citando a passagem do Apocalipse: “Eclodiu uma guerra no Céu”! Trata-se de uma guerra entre os anjos de Deus, comandados por São Miguel, contra Satanás. Esta foi a última guerra. Permaneceu somente a paz do Senhor com todos os seus filhos, que lhe foram fiéis.
Durante a história da humanidade, afirmou o Papa, esta guerra continuou, todos os dias, no coração dos homens e das mulheres, dos cristãos e não-cristãos. É a guerra do bem e do mal.
O método do diabo são as insídias que prepara para o homem. Satanás procura seduzir o homem. Os três degraus do método do diabo são: ter coisas, vaidade e poder, acompanhado do orgulho e da soberba. Estes três degraus, diz o Pontífice, podem ser subidos também por nós, em nossos dias.
Por isso, nesta celebração, adverte o Santo Padre, devemos pedir a intercessão do Arcanjo São Miguel que nos livre das insídias do demônio. E dirigindo-se, em particular, ao Corpo da Gendarmaria Vaticana, ponderou:
“Vocês, que trabalham, que prestam um serviço um pouco difícil, onde sempre existem contraste, devem colocar as coisas em seus devidos lugares e evitar, tantas vezes, delitos e crimes. Peçam ao Senhor a intercessão de São Miguel Arcanjo, para que os defenda de toda tentação de corrupção por dinheiro, riquezas, vaidades e soberba. Quanto mais humilde for o seu serviço, mais fecundo e útil será para todos nós”. (MT)
(from Vatican Radio)2015-10-02 Rádio Vaticana
Sexta-feira, dia 2 de outubro – cada um de nós tem um Anjo perto de si que nos aconselha e protege. Um Anjo que devemos escutar com docilidade – esta a mensagem principal do Papa Francisco na Missa em Santa Marta na Festa dos Anjos da Guarda.
Na sua homilia, o Santo Padre citou orações e salmos para recordar como a figura do Anjo da Guarda sempre esteve presente nos acontecimentos da relação entre o Homem e o Céu. A liturgia do dia propõe uma passagem do Livro do Êxodo que nos diz: “… mando-te um anjo contigo para te guardar no caminho e para te fazer entrar no lugar que eu preparei.” O Anjo da Guarda está sempre connosco – afirmou o Papa Francisco:
”Está sempre connosco! E esta é uma realidade. É como um embaixador de Deus connosco. E o Senhor aconselha-nos: ‘Tem respeito pela sua presença!’ E quando nós, por exemplo, fazemos uma maldade e pensamos que estamos sós: não, está ele. Ter respeito pela sua presença. Dar escuta à sua voz, porque ele nos aconselha. Quando ouvimos aquela inspiração: ‘Mas faz isto… isto é melhor… isto não se deve fazer…’ Escuta! Não te rebeles contra ele!”
O Anjo da Guarda defende-nos sempre do mal – assegurou o Papa que recordou que, às vezes, queremos esconder coisas feias que fizemos mas, no final, vêm a ser conhecidas, e o Anjo da Guarda está ali para nos aconselhar, tal e qual, como faria um amigo, “um amigo que um dia estará connosco no Céu, na glória eterna”:
“Apenas pede para ser escutado, de ser respeitado. Apenas isto: respeito e escuta. E este respeito e escuta a este companheiro de caminho chama-se docilidade, O cristão deve ser dócil ao Espírito Santo. A docilidade ao Espírito Santo começa com esta docilidade aos conselhos deste companheiro de caminho.”
“Peçamos ao Senhor a graça desta docilidade, de escutar a voz deste companheiro, deste embaixador de Deus que está ao nosso lado no Seu nome, que somos suportados pela sua ajuda. Sempre em caminho… E também nesta Missa, com a qual nós louvamos ao Senhor, recordamos como é bom o Senhor… não nos deixou sós, não nos abandonou.”
(RS)
- "Tudo é permitido, menos o pecado e a tristeza." (S.Felipe Neri)
- "Em tudo que fizer, olhe para o Paraíso!" (S.Felipe Neri).